quinta-feira, 25 de abril de 2024

TESOUROS DA SALVAÇÃO EM CRISTO (10)

 

Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mateus11:28).
O VIVER FIRMADO NESSA PURA JUSTIÇA.

Na minha insignificância, eu realmente não sei se estou seguindo uma linha de raciocínio bíblico, mas sei que o Senhor fará com que meus esforços resultem em fruto para a glória Dele. Eu estou convicto que os tesouros da salvação em Cristo não são assuntos abstratos, os quais servem para fortalecer nossos conceitos teológicos. É verdade que carecemos de convicções firmes no que cremos, mas por outro lado, sei que fomos salvos para usufruir das maravilhas da tão grande salvação.

A bíblia apresenta as verdades teológicas no afã de encher nosso ser. Hoje vejo muito escolaticismo no ambiente evangélico, mas o evangelho tem o propósito tomar o homem interior e enchê-lo de Cristo. Vemos isso no Salmo 32:2: “Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade em cujo espírito não há dolo”. Veja bem que o verso 1 trata do objetivo da salvação, mas o verso 2 mostra a salvação de um modo experimental: “...em cujo espírito não há dolo”. Vemos em Atos o espanto que causa o evangelho, pois os salvos se tornavam pessoas alegres, tementes, contritas e cheias de louvores (Atos 2).

Por que isso acontece? A razão é que os crentes são apresentados ao mundo como sendo eles a justiça de Deus (2 Coríntios 5:21). É certo que eles foram aceitos na justificação e que a perfeita justiça de Cristo foi imputada ao salvo, de modo que ele é aceito sem a culpa legal que o condenaria à perdição eterna. Mas o fato é que a justiça de Cristo brilha no homem interior e isso envolve o modo de viver. O mundo precisa ver quem é o Justo que crucificou, mas que ressuscitou e vivo está. Mas onde pode ver e saber que o Justo Jesus está vivo? Nos crentes. É a justiça perfeita de Cristo nos crentes que faz a graça de Deus brilhar através de suas vidas.

Sem dúvida, a justiça de Cristo é realçada imediatamente no novo crente. Onde a glória de Deus entrou na salvação é porque brotou a justiça desconhecida de um mundo cruel. Assim que Jesus saiu da casa de Zaqueu, ele deixou atrás de si um homem justo: “Hoje houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão” (Lucas 19:9). O que aconteceu ali? Eis a resposta na confissão de um homem convertido: “...Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais” (verso 8).

Em todos os aspectos e diversas circunstâncias em que Deus opera salvação, o resultado imediato é justiça. Mesmo o ladrão que se converteu ali na cruz conheceu justiça; mesmo que não desceu da cruz para brilhar no mundo, mas o acesso ao Paraíso foi a prova disso, porque ninguém pode entrar no céu sem a justiça de Cristo. Mas podemos ver em seu testemunho que atacou a incredulidade do antigo colega: “Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, pois que recebemos o castigo que nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez” (Lucas 23:40,41). Veja como o homem justificado condena a si mesmo e justifica Deus. Quando a pessoa é religiosa, mas não convertida de coração a Cristo, seus lábios mostrarão o quanto está cheia de justiça própria.

Quando Davi caiu no pecado com Bate-Seba e matou o marido para ficar com ela, ao ser descoberto vemos como ele se atira em desespero à busca do perdão de Deus. Vemos suas palavras incríveis no Salmo 51 onde ele está carregado de confissão e nessa confissão ressalto as palavras dele justificando a Deus: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar” (Salmo 51:4). Veja então que quando o homem se converte de coração, em sua confissão ele lança no lixo sua justiça própria, para enaltecer a justiça de Deus.


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