sexta-feira, 5 de abril de 2024

TESOUROS DA SALVAÇÃO EM CRISTO (2)


Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28)

INTRODUÇÃO:

Chegou o momento para que conheçamos os tesouros da salvação, tesouros esses achados em Cristo. Obviamente, estarei tratando dos tesouros eternos, os quais, absolutamente em nada combinam com os interesses mundanos. Assim como Esaú trocou a primogenitura por medíocre prato de lentilhas, assim o homem natural nada verá em Cristo que venha satisfazer seus interesses mundanos. Para o mundo, os tesouros da salvação são “bênçãos” que eles buscam em seus ídolos, usando superstições e das mais absurdas crendices.

Os tesouros de Cristo são tesouros que satisfazem a alma sim, e nosso Senhor mostrou tais riquezas da glória ao expor Seus ensinos, os quais eram embasados de parâmetros que perpassam esta vida presente e tão ambicionada pela natureza carnal. Mas será que as riquezas achadas em Cristo destroem esta vida presente com seus valores mesmo sendo temporários? Claro que não! O fato é que tudo o que é visto como valores corretos, puros e justos aqui tem sua explicação eterna em Cristo. É o pecado que transtorna tudo e desmancha o verdadeiro conceito e significado desta vida presente.

Assim, as riquezas da salvação não há de desprezar os valores terrenos, porque em Cristo tudo é posto sob a luz que vem da cruz e avaliado pelo espírito de adoração. Quando Noé saiu da arca, a primeira coisa a fazer foi fazer um altar e oferecer animais puros em sacrifício em adoração a Deus (Gênesis 8:20-22). Noé não contemplou a terra para ser aquisição sua, mas sim para servir ao Senhor, Criador de todas as coisas. Vemos na vida de Jó o quanto suas riquezas não estavam acima dos interesses eternos, pois quando tudo foi tomado por satanás, ainda assim pode erguer adoração a Deus: “O Senhor e o Senhor tomou, bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21).

Para os crentes o que ficou para trás foi o mundo com suas paixões e concupiscências e não as coisas que Deus usa para suprir suas necessidades terrenas. Mas em Cristo todas essas coisas terrenas são vistas como dons da bondade de um Deus que prometeu cuidar do Seu povo. O Salmo 37 nos mostra a diferença de como deve ser a vida de um justo e um ímpio na face da terra. Enquanto os ímpios lutam para obter as coisas, a fim de viver em seus pecados, o crente é exortado a confiar no Senhor, habitar na terra e alimentar-se da verdade. Notemos como esse ensino é de tremendo valor para nós. Deus não fechou a porta para os crentes. Ele afirma que os justos são os herdeiros da terra, enquanto os ímpios querem aproveitar daquilo que fatalmente hão de perder.

Mas a diferença está na forma como os crentes devem viver, pois há neles uma confiança naquele que é absoluto dono da terra. Deus ordena aos justos: “Habita na terra”. Noutras palavras, Deus está dizendo aos crentes: “Sintam-se em casa, a terra é minha e vocês são herdeiros”. Mas em seguida Ele ordena: “alimenta-te da verdade”. Noutras palavras o Senhor está dizendo para que eles não vejam a vida do ponto de vida avarento e gananciosos dos ímpios. Para estes, a vida consiste nos bens que eles mesmos não poderão segurar. Eles vivem fascinados por isso, mas os crentes são diferentes, porque veem a vida do ponto de vista da verdade eterna: “Alimenta-te da verdade”. Eles veem que tudo isso aqui acaba e que em Cristo há riquezas infinitamente melhores. Eles agem com sabedoria no uso das coisas aqui, mas sabem que elas podem ser tiradas. Cristo não destruiu os valores terrenos. Ele veio para destruir este sistema anti Deus e mostrar como a verdadeira vida está Nele e que é isso o que o mundo precisa ver: “Cristo em vós, esperança da glória!”

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