Sim, os santos haverão de ter paz. A passagem, da qual esta graciosa palavra é tomada, fala de aliança “com as bestas-feras do campo, e com as aves do céu e com os répteis da terra.” Isto é ter paz com inimigos terrestres, com males misteriosos, e com pequenas moléstias! Qualquer destas coisas poderia tira-nos o sono, porém nenhuma delas o fará. O SENHOR destruirá completamente aquelas coisas que ameaçam o Seu povo: “E da Terra quebrarei o arco, e a espada, e a guerra.” A paz será de fato profunda quando todos os instrumentos que produzem inquietação forem feitos em pedaços.
Com esta paz haverá descanso. “Pois assim dá Ele aos Seus amados o sono.” Plenamente providos e divinamente aquietados, os crentes dormem em calmo descanso. Este descanso será seguro. Uma coisa é dormir, mas algo muito diferente é “deitar-se em segurança.” Somos trazidos à Terra da Promessa, à Casa do Pai, ao aposento do amor e ao seio de Cristo: de fato, agora, podemo-nos “deitar em segurança.” Para um crente é mais seguro deitar-se em paz do que estar vigilante e preocupado.
“Deitar-me faz em verdes pastos.” Nunca descansaremos senão quando o Consolador nos faça “deitar em segurança.”
C. H. Spurgeon – Livro de Cheques do Banco da Fé”
Tradução de Carlos António da Rocha
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