“Porque
o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e
cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jeremias 2:13).
Caro leitor estamos vendo pelos
vocábulos bíblicos quão intensamente a Palavra de Deus mostra a triste decisão
do homem em deixar o Senhor Deus. A mais triste história a respeito do homem é
contada ali no Éden. Que histórico de terror e maldade! A partir do Éden nada
vemos no mundo senão o curso de destruição; só provas claras de corações
rebeldes contra Deus e das claras manifestações dos efeitos do pecado no mundo
e dos justos juízos de Deus. Caro leitor, não fosse a história da cruz não
haveria qualquer sombra de esperança; qualquer sinal de escape para a pobre
raça que abraçou a serpente e se atirou à vergonha e o desprezo.
Prosseguindo tomo agora a palavra
delito: “Ele vos deu vida estando vós mortos em vossos delitos e pecados”
(Efésios 2:1). No grego é a palavra “paraptoma”, que literalmente significa “queda”.
O termo focaliza o curso errado que tomamos e sua consequência tão drástica;
mostra em que situação o pecado nos deixou. Na queda em Adão os homens tombaram,
estão caídos, imobilizados pela morte e impossibilitados de caminhar pela
direção certa, afastados da glória, da verdadeira justiça e tragados pela
miséria onde a desobediência lhes colocou. O homem que fora criado como coroa
da criação, agora não passa de um estranho; a própria natureza criada voltou-se
contra aquele que deveria ser o sacerdote na adoração a Deus, porque agora está
em pleno estado de rebelião contra o Criador.
Caro leitor sei que preciso expor essa
verdade aos meus leitores, devido o fato que habitamos no meio do engano e
somos levados pelas peripécias de um coração enganoso e enganado (Jeremias
17:9). A mensagem do evangelho da glória de Cristo vem para anunciar que no
pecado o homem se encontra em completo desamparo; não há no seu ser qualquer
desejo de buscar a Deus (Romanos 3:10) e
tudo nele está espiritualmente paralisado no que tange às coisas eternas. Todo
seu ser está em plena escuridão, jaz inerte em trevas (Efésios 4:18), está
completamente entregue aos poderes das trevas, do engano, da mentira e pela
disposição de caminhar rumo ao desespero eterno.
Prossigo em afirmar de forma prática
que separado da vida de Deus e da glória de Deus, o homem no pecado tem todo
seu ser, todos os membros do corpo, sua mente e emoções trabalhando contra
Deus, porque na queda abandonaram o manancial de águas vivas, porque no
pecado cada homem que ser ele mesmo um deus. No pecado homem quer formatar sua
glória; é um assaltante no território sagrado. Cada pecado é uma confissão de
sua própria divindade e da liberdade de viver usando de uma criação santa, pura
e justa a fim de alavancar suas maldades.
No pecado a glória de Deus é uma ofensa
ao pecador; é uma luz que deve apagada de
uma vez por todas. No pecado o homem ignora que está pisando em
propriedade exclusiva de Deus. Irradiado pelo orgulho de sua própria vanglória,
o homem no pecado trabalha a todo vapor para expulsar da criação a glória do
Criador. Ele trabalhar para estruturar seu próprio sistema de vida, de família,
de governo, de religião, etc. por esse fato não pode tolerar a ideia da
presença dessa Divindade intrusa num ambiente consagrado ao pecado.
Caro leitor, pobres são minhas
palavras, porquanto não sou capaz de averiguar a profundidade do poço da
perdição. Não sou capaz de medir a largura, o comprimento nem a profundidade do
pecado. Caro leitor, o mundo realmente jaz no maligno e toda essa tragédia que
transformou num gigantesco ambiente de escravidão e miséria foi causada por
nossa culpa.
Está você, caro leitor, consciente disso? Já
pode perceber onde foi que o pecado lhe colocou? Já pode perceber em sua vida
esse desastre que lhe afastou da glória de Deus? Mesmo assim o amor do Senhor e
Sua inefável graça alcança o perdido e lhe salva da punição eterna merecida.
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