sexta-feira, 21 de setembro de 2012

AS DUAS PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (5)




Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Caro leitor estamos vendo pelos vocábulos bíblicos quão intensamente a Palavra de Deus mostra a triste decisão do homem em deixar o Senhor Deus. A mais triste história a respeito do homem é contada ali no Éden. Que histórico de terror e maldade! A partir do Éden nada vemos no mundo senão o curso de destruição; só provas claras de corações rebeldes contra Deus e das claras manifestações dos efeitos do pecado no mundo e dos justos juízos de Deus. Caro leitor, não fosse a história da cruz não haveria qualquer sombra de esperança; qualquer sinal de escape para a pobre raça que abraçou a serpente e se atirou à vergonha e o desprezo.
         Prosseguindo tomo agora a palavra delito: “Ele vos deu vida estando vós mortos em vossos delitos e pecados” (Efésios 2:1). No grego é a palavra “paraptoma”, que literalmente significa “queda”. O termo focaliza o curso errado que tomamos e sua consequência tão drástica; mostra em que situação o pecado nos deixou. Na queda em Adão os homens tombaram, estão caídos, imobilizados pela morte e impossibilitados de caminhar pela direção certa, afastados da glória, da verdadeira justiça e tragados pela miséria onde a desobediência lhes colocou. O homem que fora criado como coroa da criação, agora não passa de um estranho; a própria natureza criada voltou-se contra aquele que deveria ser o sacerdote na adoração a Deus, porque agora está em pleno estado de rebelião contra o Criador.
         Caro leitor sei que preciso expor essa verdade aos meus leitores, devido o fato que habitamos no meio do engano e somos levados pelas peripécias de um coração enganoso e enganado (Jeremias 17:9). A mensagem do evangelho da glória de Cristo vem para anunciar que no pecado o homem se encontra em completo desamparo; não há no seu ser qualquer desejo de buscar a Deus (Romanos 3:10)  e tudo nele está espiritualmente paralisado no que tange às coisas eternas. Todo seu ser está em plena escuridão, jaz inerte em trevas (Efésios 4:18), está completamente entregue aos poderes das trevas, do engano, da mentira e pela disposição de caminhar rumo ao desespero eterno.
         Prossigo em afirmar de forma prática que separado da vida de Deus e da glória de Deus, o homem no pecado tem todo seu ser, todos os membros do corpo, sua mente e emoções trabalhando contra Deus, porque na queda abandonaram o manancial de águas vivas, porque no pecado cada homem que ser ele mesmo um deus. No pecado homem quer formatar sua glória; é um assaltante no território sagrado. Cada pecado é uma confissão de sua própria divindade e da liberdade de viver usando de uma criação santa, pura e justa a fim de alavancar suas maldades.
         No pecado a glória de Deus é uma ofensa ao pecador; é uma luz que deve apagada de  uma vez por todas. No pecado o homem ignora que está pisando em propriedade exclusiva de Deus. Irradiado pelo orgulho de sua própria vanglória, o homem no pecado trabalha a todo vapor para expulsar da criação a glória do Criador. Ele trabalhar para estruturar seu próprio sistema de vida, de família, de governo, de religião, etc. por esse fato não pode tolerar a ideia da presença dessa Divindade intrusa num ambiente consagrado ao pecado.
         Caro leitor, pobres são minhas palavras, porquanto não sou capaz de averiguar a profundidade do poço da perdição. Não sou capaz de medir a largura, o comprimento nem a profundidade do pecado. Caro leitor, o mundo realmente jaz no maligno e toda essa tragédia que transformou num gigantesco ambiente de escravidão e miséria foi causada por nossa culpa.
          Está você, caro leitor, consciente disso? Já pode perceber onde foi que o pecado lhe colocou? Já pode perceber em sua vida esse desastre que lhe afastou da glória de Deus? Mesmo assim o amor do Senhor e Sua inefável graça alcança o perdido e lhe salva da punição eterna merecida.

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