“Porque
o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e
cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jeremias 2:13).
Prezado leitor voltemos de todo coração
ao texto, porque o que Israel fez nos dias de Jeremias é o que faz o homem no
pecado em todos os lugares e em qualquer ocasião. Com o avanço da mentira vemos
como os atos ímpios e perversos dos homens estão sendo encobertos com práticas
religiosas e evangélicas em nossos dias. Por essa razão o texto de Jeremias
2:13 precisa ser trazido à lume; precisa ser exposto aos ouvidos das multidões
dentro e fora da igreja; do púlpito pregadores devem erguer suas vozes e
proclamar a solene verdade que homens e mulheres deixaram o manancial de águas vivas
e estão tentando cavar para eles cisternas rotas.
Meu trabalho hoje consiste em mostrar
aos meus leitores como os homens no pecado abandonaram o Senhor; como nossa
real história é contada de forma dramática desde o Éden e como agora no pecado
homens e mulheres provam pelos seus atos que deram às costas ao Senhor da
glória. Notemos bem como a bíblia mostra em linguagem simples, clara e franca
revela pelos atos como os homens e mulheres fazem exatamente o que Israel fazia
nos dias do profeta Jeremias.
Tomo agora o termo mais usado nas
Escrituras: “iniquidades”. Essa é a palavra mais usada em toda bíblia para
designar os atos dos homens no pecado; o que eles fazem usando os membros dos seus
corpos, a fim de praticar maldade contra seus semelhantes. Mas a palavra “iniquidade”
focaliza a atitude dos homens num total e franco desrespeito à lei de Deus. No
Novo Testamento é a tradução do vocábulo grego “anomia”, que literalmente
significa “sem lei”.
Essencialmente a prática de iniquidade
é uma afronta à lei do Senhor; é uma atitude de rebelião contra o Rei da
glória; é uma afronta ao reino de Deus; é uma declaração de guerra contra o
Santo Senhor, criador do céu e da terra; é na prática uma declaração de que não
aceita nem tolera a justiça, a santidade, a sabedoria e o juízo de Deus. A
prática da iniquidade é o homem afirmando que é livre para pensar, agir e viver
como ele deseja viver. É o homem declarando que não aceita a interferência de
Deus.
Vemos isso no Salmo 2. Ali Deus mostra
como a população mundial está unida, em pé de guerra contra o Senhor, afirmando
que estão dispostos a quebrar os laços e algemas. Eles querem uma sociedade
onde não há censura e proibições. Os homens estão cônscios de que o reino é
Deus, que Ele é soberano e santo, mas estão prontos a destruir Seu trono de
glória. Foi provado isso na crucificação do Senhor. Ali estava a população
mundial representada nos judeus e gentios ordenando o desaparecimento do Justo
e Santo; no engano do pecado pensavam que o Autor da vida teria o mesmo fim que
os homens normais têm.
Caro leitor, aquilo que os homens no
pecado cometem com suas palavras e atos, são práticas feitas propositalmente.
São os homens dando às costas para Deus e declarando que preferem curtir suas
maldades neste mundo; que anseiam viver em suas imoralidades e adultérios; que
amam e preferem adorar seus ídolos; que detestam o Senhor da glória e estão
dispostos a servir ao pecado, ao mundo e ao diabo; que sentem o prazer em
caminhar pelas vias tortuosas em direção ao inferno. Em Adão consagraram suas
bocas para as palavras torpes, indignas e vis; suas mãos são instrumentos para
servir ao pecado e líder mentiroso deste mundo; suas mentes tramam e urdem a
maldade e suas emoções são usadas extravasarem em seus prazeres.
Caro leitor, somente o Senhor Jesus
pode libertar pecadores dessa condição tão deplorável, separados da glória de
Deus (Romanos 3:23). Quando o Senhor chama homens e mulheres da morte para a
vida (João 5:24), seus olhos espirituais são abertos e eles passam a ver a
verdade; passam a ver a desgraça do pecado; muitos choram e lamentam a condição
tão triste, então se arrependem sinceramente a confessam seus pecados, crendo
no Salvador Fiel e Justo, capaz de perdoar e purificar o homem de toda essa imundície.
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