“Porque
o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e
cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jeremias 2:13).
Caro leitor continuemos meditando nesse
verso tão incrível, revelador e tão importante para que venhamos a discernir
biblicamente as condições de nossos dias. Vejamos as lições tão impressionantes
e ilustrativas, porque sei que será de grande proveito para aqueles que amam a
verdade de todo coração.
Vemos no texto que nosso Senhor
simplifica todos os hediondos erros da nação judaica em dois e almejo
considerar esses erros como causa e efeito. Primeiramente veremos a CAUSA: “...a mim
me deixaram...”. Eis aí a causa de tudo; eis aí a prova da triste
condição do homem no pecado em todos os lugares, em todas as épocas desde o
Éden e em no mundo inteiro. O que Deus mostra à nação de Judá nos dias de
Jeremias é exatamente aquilo que a mensagem santa e pura do evangelho publica
em toda Escritura: “Pois todos pecadores e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos
3:23). A causa de todos os males, tragédias, maldades e destruições que ocorrem
e já ocorreram na história humana jaz no fato que os homens deixaram o Senhor: “...a mim
me deixaram...”.
Certamente os homens no pecado não
pensam assim, porque seus corações arrogantes não reconhecem Deus como Deus; o
barro é mobilizado pelo pecado a sentir-se como se fosse o próprio oleiro. Por
essa razão, enfeitiçados pelo espírito soberbo da sinuosa serpente, homens e
mulheres acreditam que podem viver sem Deus, e de fato lutam corajosamente para
encarar a vida assim: “...sem Deus no mundo” (Efésios 2:12).
Se estivéssemos em Jerusalém nos dias de Jeremias e olhássemos a vida
espiritual da nação, aparentemente nada de errado veríamos, porque o povo
estava bem ocupado com as tradições da religião judaica e praticava os rituais,
conforme a lei. Mas era só aparência e os falsos mestres, ocupados em obter
lucros com seus falsos ensinos mantinham a multidão entretida com uma falsa paz.
A mensagem deles era sempre esta: “...Não vereis espada,
e não tereis fome; antes vos darei paz verdadeira neste lugar” (Jeremias 14:13).
Caro leitor examinemos
juntos o ensino que a bíblia apresenta a respeito de nosso definido afastamento
de Deus. Estou certo que em nossos dias são milhões e milhões de almas que
desconhecem essa verdade. Em nossos dias aumentou drasticamente o número de
falsos mestres que aproveitam da ignorância do povo a fim de obterem lucros
materiais. Por isso a verdade do evangelho da glória de Cristo deve ser
pregada, a fim de mostrar às multidões que a bíblia não esconde o pecado; que a
bíblia mostra a miséria do homem em Adão; que a bíblia na santa lei xinga o
homem; que os homens estão numa condição de completo desamparo, são vistos como
vermes e são merecedores da condenação eterna.
Quero agora tomar alguns
vocábulos bíblicos que expressam exatamente a condição do homem no pecado desde
sua queda. Estou certo que a natureza enganosa do coração alimenta no íntimo
que tudo está bem com Deus; que nada há de errado; que não obstante alguns
pecados no final vai dar tudo certo; que Deus é o paizão de todos e que irá
receber a todos no céu. Esse espírito ecumênico faz parte dos sentimentos
religiosos dos homens no pecado.
Mas, não queremos
fundamentar nossa fé naquilo que cada pessoa individualmente pensa e acha. A Palavra
de Deus é a suprema autoridade: “Assim diz o Senhor!”. Homens e mulheres
precisam conhecer a verdade; precisam ir ao médico dos médicos nas sagradas
letras, a fim de verem que estão cheios de chagas da cabeça aos pés (Isaías
1:6); que são terrivelmente culpados e que não serão tidos como inocentes caso
não se arrependam e creiam na suficiência do Sangue do Cordeiro. A santa lei
mostra o terrível diagnóstico dos homens em Adão e declara que são malditos e
que não há esperança a não ser no verdadeiro e perfeito substituto que Deus
escolheu para ser o Salvador benditos dos perdidos.
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