“Guia-me
pelas veredas da justiça por amor do Seu nome.” (verso 3)
A
CERTEZA DE SER GUIADO NO CAMINHO CERTO “Guia-me pelas veredas da justiça...” (primeira)
Já
pudemos ver a liderança certa de Cristo na vida de cada salvo. Mas o verso 3
ainda mostra a certeza de guiar-nos no caminho onde de fato, como crentes devemos
andar. Esse é o trabalho da gloriosa graça e certamente apresenta nosso triunfo,
porquanto, uma vez cientes da liderança do Senhor em nossas vidas, o que se
espera é que vai nos guiar pelo caminho que Ele bem sabe onde devemos andar.
Está estampado no verso 3 que Ele guia Sua ovelha pelas veredas da justiça.
Como é impressionante a harmonia das Escrituras! Num
sentido prático temos aí a exposição da poderosa doutrina da justificação,
doutrina que brilha de forma gloriosa na carta de Paulo aos Romanos. Devemos
saber que todas as doutrinas têm um efeito prático nas vidas dos crentes.
Cremos na doutrina da justificação, que Deus toma o culpado, e pelo sangue do
seu Filho bendito torna-lhe inculpável, justo, perfeitamente aceitável perante
Deus. Cremos na doutrina da santificação, que Deus torna aquele que Ele salva,
numa pessoa santa. Mas pela Bíblia, deve se esperar que o justo há de andar no
caminho da justiça, e o santo há de viver em santidade. Deus não põe rótulos em
pessoas. Ao perdoar o pecador de todas as suas culpas, Ele também lhe purifica
o coração (1 João 1:9). Amado irmão, no
livro dos Salmos, o crente é comumente chamado de “justo”. E não devemos ficar
pensando que o justo apresentado nos Salmos, refere-se aquele que no Velho
Testamento exibia a justiça que há na lei. A lei não pode justificar ninguém,
nem tampouco pode tornar alguém justo no viver. A obra da justificação sempre
foi algo realizado pelo milagre da graça e o que Deus fez com Abraão, tornou o
modelo do que Ele haveria de fazer com todos quantos fossem salvos em todas as
nações. Paulo, para dar a estrutura necessária a essa preciosa doutrina no cap.
4 de Romanos, toma por base o Salmo 32 versos 1 e 2: “Bem-aventurado aquele
cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto”, (conferir com Romanos 4:7).
Ao justificar alguém, Deus há de guiar tal pessoa por
onde mesmo? “Pelas veredas da justiça”. O andar continuamente numa vida que
exibe as marcas da injustiça prova claramente que jamais ocorreu qualquer obra
de justificação. Deus jamais irá chamar o injusto de justo, nem irá chamar o
profano de santo, nem tampouco dirá que ser “filho da desobediência” é igual a
ser “filho da obediência”. Isso não significa que o crente não comete
injustiça, pois todos os verdadeiros crentes têm experiências de tropeços no
viver. Há pessoas que mostram justiça natural produzida pela natureza, mas
jamais Deus teve intenção de recuperar o homem como se recupera um carro velho.
A justiça humana cheira mal às narinas de Deus.
O que a Palavra de Deus está tratando é sobre a justiça de Cristo
implantada no coração da alma que nasceu de novo. Esse é de fato justo, e vai
odiar qualquer injustiça. Mas o que é injusto manifestará continuamente as
marcas da injustiça em seu proceder. Paulo afirma que o injusto não herdará o
reino de Deus, (1 Coríntios 6:9). (continua)
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