“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da
morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu
cajado me consolam.” (Salmo 23:4)
A DISCIPLINA E AMOR CERTOS NO MEIO DOS PERIGOS “... a tua vara e teu cajado me consolam”. (terceira)
Por
que Deus permitiu o sofrimento de Jacó? Três coisas precisavam acontecer nos
planos do Deus eterno: Primeiro Deus tinha um plano através de José no Egito, e
se Jacó soubesse do paradeiro de José antes, ele atrapalharia os planos de
Deus. Segundo, Jacó foi um homem que passou boa parte de sua vida enganando, e
agora, eis que está sendo enganado pelos seus próprios filhos. Nessa disciplina
Deus daria ao seu servo um coração compassivo, para tratar também com seus onze
filhos, com perdão e com aceitação. Terceiro nesses anos de sofrimento para
Jacó, Deus também atuou nas vidas de seus filhos que lhe enganaram. Aqueles
homens haviam, não somente feito um jovem indefeso sofrer atirando-o a uma
situação desesperadora de escravo e distante do lar, como também empurraram seu
idoso pai num sofrimento pior do que a morte. Como eles poderiam suportar isso
por tanto tempo? Talvez por estarem sofrendo muito com uma consciência pesada,
talvez seja essa a razão de Judá ter se afastado da casa de seu pai.
Caro leitor, o
trabalho da graça consiste em usar aquilo que parece mal aos nossos olhos, para
mostrar-nos o bem eterno que Deus operou em nossas vidas, quando em Cristo nos
salvou. Foi assim com Paulo e com milhares de santos que andaram neste mundo. E
nós somos melhores do que esses homens e mulheres que mostraram ser triunfantes
em enfrentar as provações e não sair delas?
É lógico e claro que não vamos sair à busca de provações, isso seria
puramente insensatez de nossa parte. As provações aparecem em nossas vidas como
visitantes inesperados. Veja o que o Espírito Santo diz por meio de Pedro:
“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a
provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo”, (1
Pedro 4:12).
Caro leitor, eis aí a
bendita “vara” do Bom Pastor. Ela traz consolo ao coração. Paulo experimentou
isso em sua vida, por isso pode afirmar: “É Ele que nos conforta em toda nossa
tribulação...”. Que você possa gozar das maravilhosas bênçãos provenientes da
graça de Deus quando estiver enfrentado as duras lutas desta vida, e assim
poder glorificar Cristo em seu viver.
Ainda no Salmo 23, no verso quatro temos o “cajado”.
Não somente a “vara”, mas o “cajado” aparece para mostrar o glorioso amor que
mostra a aceitação de Deus. O cajado que o pastor usava difere da vara, porque
possuía uma curva numa das extremidades, e servia para que o pastor pegasse a
ovelha pelo pescoço e a puxasse para si.
Que ilustração poderosa do
amor de Deus pelo crente! Creio que esse assunto é de extremo valor para uma
vida espiritual salutar. Falamos a respeito da vara da disciplina, mas o Deus
que nos salvou é o Deus de amor. “Ele nos amou em Cristo”, e todos os salvos
devem estar conscientizados e familiarizados com o amor eterno de Deus.
Infelizmente, não entendemos muito a respeito de “amor”, porque durante nossa
vida, provavelmente não tivemos nenhuma demonstração disso por parte de
qualquer pessoa que nos cercou. Realmente, o termo “amor” em nossos dias traz-nos
uma idéia de atitude mais egoísta do que altruísta e quão diferente é do amor
de Deus pelo Seu povo! (continua)
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