terça-feira, 3 de dezembro de 2019

HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (1)



“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías 53:6)
      INTRODUÇÃO:
        Amado leitor que tanto preza pela Palavra de Deus, que alegria tenho poder levar mais uma mensagem ao seu coração. Parece que quanto mais leio Isaías, as maravilhas da graça brilham com diamante em plena escuridão da lei de Moisés Que livro maravilhoso! O tão conhecido capítulo 53 é a profecia clara do sofrimento do Servo de Jeová; é um anúncio do que ocorreria com Ele, desde o Seu nascimento até Sua morte na cruz. Esse deslumbrante capítulo mostra em poucas palavras o povo de Deus proclamando junto a mais poderosa, gloriosa e triunfante confissão de todos os tempos. Funciona como uma filmagem do futuro; é Deus mostrando 700 anos antes quem e como seria o Senhor Jesus ao vir a este mundo; sua aparência e vida aqui; sua morte na cruz e os resultados de sua morte na vida de homens e mulheres, eleitos de Deus, pelos quais ele daria sua vida na cruz, a fim de salvá-los de seus pecados.
        Outro detalhe de impressionante verdade é que também a filmagem mostra os eleitos, todos os que seriam salvos, perante ele na cruz, confessando o que o Filho de Deus faria na cruz em lugar deles. Quero tomar esse texto, a fim de mostrar como essa confissão tem incrível importância na vida daqueles que hoje declaram que são crentes, e naqueles que realmente anseiam a salvação. Podemos ouvir a voz dos eleitos aparecendo nas palavras: “nós, nossas, nos, fomos (verso 5), todos nós”. Assim percebemos o quanto essas lições são de grande significado na vida do povo crente.
        Vemos hoje um cristianismo que decola em orgulho. Muitos afirmam que são salvos, que têm certeza de salvação, mas não há nenhum sinal de humilhação diante das realidades daquilo que ocorreu na história da redenção. Parece que a certeza de salvação é como que “empurrada pela barriga” no afã de segurar tal salvação. Já lidei com alguns que ficaram bravos, porque achavam que na pregação eu estava duvidando da salvação deles. Creio que a certeza de que o Senhor me salvou deve me levar à mais profunda atitude humilhação perante Ele, justamente porque Ele usou de misericórdia para comigo. O Espírito Santo usa Sua palavra para trazer certeza ao crente, mas essa certeza toma posse não só de nossas mentes, como também de nossas emoções e vida. Caso isso não está acontecendo; se minha reação é de orgulho, é porque algo está errado e que há incerteza nessa certeza.
        Para que livremo-nos dos perigos de um coração soberbo e enganoso, precisamos voltar nossa atenção para a Palavra da verdade, especialmente nesse texto tão revelador e tão confrontador de Isaías 53:6. Não tenho nenhuma intenção de duvidar da autenticidade da fé; prego a palavra porque sei que os santos se firmam na verdade que nos foi entregue. Sei que nossa fé deve estar afiada como uma espada de dois gumes, pronta para ser usada num mundo de mentiras. Na salvação Deus não entrega flores aos salvos; não fomos chamados sentir a felicidade da carne.
        Na salvação recebemos a felicidade que há em Cristo Jesus e participamos dessa santa festa juntamente com os outros salvos. Mas agora, os fieis devem saber que há uma estrada estreita para ser trilhada; há um caminho de santidade e justiça e que estão cercados de perigosos inimigos e terríveis perigos:
“Eu sou um peregrino, da estrada pouco sei; dizem que perigos mais tarde encontrarei. Apertos e trabalhos penosos para mim, mas quero andar com Cristo até da vida ao fim”.

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