quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

AS ARMADILHAS DO PECADO (5)



“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço” (Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
        Além dos nomes que descrevem o pecado como algo terrível e eternamente desastroso, a bíblia também usa expressões que mostram o horror causado pelo pecado. Que saibamos o quanto Deus não hesita em mostrar os trágicos resultados do pecado, até mesmo para Seu povo, tendo em vista o fato que precisamos ser humildes. Ele fez assim com Israel e mesmo após a longa jornada no deserto, Moisés relembrou os acontecimentos da jornada, em especial lembrou da rebeldia do povo e da necessidade que teve de interceder diante de Deus para que a nação não fosse destruída pela ira do Senhor (Deuteronômio 9). Que saibamos o quanto é um livro não somente revelador, como também confrontador e que muitas vezes nos aterroriza com suas palavras as quais revelam nossa triste condição em Adão.
        Em Efésios vemos nas palavras de Deus as duras expressões usadas para mostrar aos crentes que a graça não os achou como pessoas finas, educadas, bondosas e religiosas. Ficamos fascinados quando lemos o capítulo 1 daquela carta e até mesmo somos levados às emoções. Mas, de repente tudo muda quando deparamo-nos com o capítulo 2. Logo de cara Paulo afirma que nós não passávamos de defuntos diante de Deus e que foi preciso a mão forte do Deus que dá vida, a fim de nos tirar dessa condição de mortos, assim como Jesus fez com Lázaro (João 11). Deus não diz que o pecado foi algo simples, que foi uma mera queda; que tornamo-nos pessoas diferentes e estranhas. O texto mostra que o pecado trouxe a morte. Não tínhamos meia vida; diante de Deus éramos defuntos, da mesma forma que vemos um defunto num caixão. É essa a condição de cada ser humano neste mundo. Nós olhamos a aparência, mas Deus vê os ossos e podridão lá dentro.
        Ainda em Efésios 2, olhando o destino eterno, eis que éramos chamados de “filhos da ira”: “...e éramos por natureza filhos da ira como também os demais (verso 3). Como pensamos diferentes! Como temos a tendência de depreciar as palavras do Senhor e no íntimo torcê-las! Somos por natureza humanistas e queremos proteger a todos, achando que Deus está sendo cruel naquilo que Ele fala. Uma das lutas insanas do engano do pecado é fazer com que os homens creem que todos são filhos de Deus; que todos os homens não merecem um sofrimento eterno. Em nossa ignorância sempre estão desejando um “bom lugar” para os que morrem e expressões são comumente usadas, a fim levar o pecador para um lugar de eterna paz: “Descanse em paz”, “vá para os braços do pai”, etc.
        Mas, quão perigoso é voltar contra as Escrituras! Somos chamados a crer que Deus é verdadeiro, fiel e justo, e nós pobres mentirosos. No texto Paulo afirma que éramos “filhos da ira” e não “filhos do amor”. Paulo quer dizer que por natureza, isto é, por nascimento, por sermos provenientes da queda, eis que nós éramos destinados à raiva de Deus; que éramos marcados para ser atirados ao furor de Deus no inferno e lago de fogo. Por natureza os homens tentam abrandar o terror da queda, mas Deus não mudou e nem pode mudar. Antes de Esaú nascer Deus afirmou que o odiava. Deus não perguntou a Rebeca ou Isaque qual era a opinião deles. Deus ignorou os sentimentos dos pais, porque isso não interessa a Deus. Nós sempre achamos no íntimo que somos melhores. Nós não entendemos o que a bíblia diz: “... mas Deus que é riquíssimo em misericórdia...” (Efésios 2:4).
        Precisamos voltar para essas verdades, porque enquanto não soubermos desses fatos, eis que seremos pegos pelas armadilhas do pecado ao longo do caminho e milhares têm partido para a destruição eterna devido à ignorância das verdades expostas na palavra de Deus.

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