quinta-feira, 5 de agosto de 2021

FILHO DE DEUS OU FILHO DO DIABO? (3)


“Vós tendes por pai o diabo e quereis satisfazer-lhe aos desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44)

MOSTRAM PELA ORIGEM E PELOS ATOS: “Vós sois do diabo que é...”

        Pude mostrar a todos o quanto a preposição “ek” do grego mostra de onde procede o pecador – do diabo. Isso claramente mostra que no pecado não somos procedentes de Deus. Agora quero mostrar esse fato de um modo prático, porque a forma de vida dos ímpios há de revelar o que ele é. Uma vez que estamos diante de verdades eternas é bom que examinemos tudo à luz do que está escrito, e não da nossa forma de ver as coisas. Por exemplo, nós vemos o homem na aparência, na cultura, na idade, na educação que recebeu ou mesmo na religião. Essas coisas são boas, sem dúvida, mas do ponto de visto desta vida, assim como é desenhado o homem no livro de Eclesiastes.

        Olhemos o homem no coração, pois foi assim que Deus orientou Samuel na casa de Jessé, quando foi ungir um dos filhos para ser o rei de Israel: “O Senhor não vê a aparência, mas o coração” (1 Samuel 16). De onde o homem no pecado veio? De Deus? Claro que não! Ele não é autor do pecado! Qual é a natureza do homem? Não é pecaminosa e inclinada à mentira? Quando o homem nasce não é com toda disposição para odiar e mentir contra Deus? Afinal, já nasce com louvores ao Senhor e com toda disposição de santidade? Claro que não! Então sua procedência é do diabo. Vejamos a atitude daqueles judeus em relação ao Senhor. Eles amavam o Senhor? Honravam diante dos fatos vistos em suas obras? Foram gratos ao ouvir a verdade e eram aptos para avaliar os ensinos e pautar tudo à luz das Escrituras? Não!

        Olhemos aqueles que eram considerados os mais religiosos daquela época – os fariseus. Toda competência deles como mestres em Israel era cheia de dolo e sutileza, prontos estavam para amarrar o povo em seus costumes e tradições. Como Jesus os tratou? Chamou-os de servos de Deus? Tratou com respeito? Claro que não! Eles foram chamados de hipócritas, de víboras, perversos que aproveitavam da posição, a fim de escravizar religiosamente o povo. Eram aqueles mestres religiosos filhos de Deus? Claro que não! Eram meticulosos filhos do diabo.

        É fato que ali tinham pessoas simples, religiosos, trabalhadores, pessoas que lutavam para seu sustento e anelavam que viesse o rei de Israel tão prometido, a fim de livrá-los para sempre da tirania dos romanos. Mas seus desejos eram naturais e não espirituais. Queriam liberdade política e não desejavam em nada estar livres da escravidão do pecado. A mensagem do Senhor era ofensiva, porque mexia com seus costumes, os quais lhes deixavam arrogantes e não humilhados perante o Deus de Abraão. Eles eram filhos de Deus? Claro que não! Eram filhos do diabo.

        Outro detalhe é que eles recusavam a verdade: “Mas, porque vos digo a verdade, não me credes”. Então, essa ligação intrínseca com a mentira revelava o fato que o homem, por mais simples que for, por mais religioso que pareça revela que é filho do diabo e não de Deus. A verdade que Cristo trazia vinha do céu como água puríssima; a verdade brilhava como a luz do sol, sem qualquer sombra e isso eles odiavam. Eles queriam a verdade terrena, política e religiosamente traçada pelos homens. Eles amavam o que podiam ver, ouvir, sentir e tocar, mas nada que é visto somente pelos que creem. Por essa razão o Senhor deixou claro: “...porque eu digo a verdade, vós não me credes”.

        Será que isso ficou claro ao seu coração, meu amigo? Veja se não temos nós a mesma natureza, os mesmos interesses e as mesmas disposições que tinham aqueles judeus.


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