quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

meditação de Spurgeon



Exaltei a um eleito do povo.” (Salmo 89:19)

       POR QUE foi Jesus eleito do povo? Fala, meu coração, pois os pensamentos do coração são os melhores. Não foi para que pudesse ser nosso irmão no bendito vínculo da consanguinidade? Oh, que parentesco há entre Cristo e o crente! O crente pode dizer: “Tenho um Irmão no Céu; eu posso ser pobre, mas tenho um Irmão que é rico e é Rei, e Ele deixar-me-á na necessidade estando Ele no Seu trono? Oh, não! Ele ama-me; Ele é meu Irmão.”
       Crente, usa este precioso pensamento em volta do pescoço da tua memória como se fosse um colar de diamantes; põe-no no dedo da lembrança como se fosse um anel de ouro e usa-o como o anel particular do Rei que sela as petições da tua fé com a segurança do êxito. Ele é um irmão que nasceu para a adversidade; trata-O como tal.
            Além disso, Cristo foi eleito do povo para que Ele conhecesse as nossas necessidades e Se compadecesse de nós. “Um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” Em todas as nossas aflições contamos com a Sua compaixão. Tentações, penas, desapontamentos, fraquezas, cansaço, pobreza — Ele conhece-as todas, porquanto Ele experimentou-as todas.
       Recorda isto, Cristão, e consola-te nisso. Por mais difícil e doloroso que seja o teu caminho, está marcado com as pegadas do teu Salvador; e ainda quando chegares ao escuro vale da sombra da morte e às águas profundas do Jordão transbordante, tu acharás aí as Suas pegadas. Em toda a parte, para onde quer que vamos, Ele foi o nosso mensageiro. Cada uma das cargas que tenhamos de levar, foram, outrora, postas sobre os ombros do Emanuel.
“O Seu caminho foi muito mais áspero e mais escuro do que o meu
O que fez Cristo, meu Senhor, sofrer, e eu devo lamentar-me?”
            Coragem! Os pés do Rei deixaram uma marca de sangue no caminho, consagrando para sempre a vereda espinhosa!

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