“Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga” (Isaías 59:15-18)
O GRANDE CONQUISTADOR TOMANDO POSIÇÃO DE ATAQUE.
Até agora o que vimos foi nosso Senhor usando os instrumentos de defesa. Mas o texto vai mais longe ao mostrá-lo:1. Assumindo a posição triunfante: “... e por vestidura pôs sobre si vestes de vingança…”. Que obra fantástica! O Senhor tudo fez sozinho para defender e salvar Seu povo. Ele entrou sozinho na arena bendita para enfrentar as terríveis hostes do inferno, do mundo e do diabo. O que Ele fez foi por sobre Si vestes de vingança. Ele amou Seu povo, pois foi o povo escolhido Nele pelo Pai (Efésios 1:4); Ele tinha no coração o amor eterno pelos escolhidos (Jeremias 31:3); Ele tudo fez para vir e conquistar os eleitos. Tinha inimigos à frente? Claro! Tinha satanás que tudo faria para não perder homens e mulheres que estavam em suas mãos (1 João 5:19); tinha a morte que trabalha em tomar as almas e lançá-las às goelas do inferno, além da justa ira de um Deus justo que exigia justiça perfeitamente cumprida.
O que o Senhor fez foi enfrentar e destruir satanás, derrotando-o por completo; se entregou na cruz para enfrentar a ira justa de Deus e o fez com perfeição, o Justo sofrendo sobre todas as malditas injustiças dos eleitos, sendo ali na cruz fuzilado pela ira de Deus, sentindo por determinado tempo as angústias do inferno que Seu povo sentiria e quebrou todos os grilhões da morte, desfazendo suas armas, anulando toda sua força que empreenderia contra os crentes.
Assim, o grande Conquistador dos eleitos venceu a morte e assentou-se ao lado do Pai. Que brado de triunfo foi ecoado no céu! Ele desceu em humilhação, dando a impressão que facilmente todo império das trevas o venceria para sempre. Mas o fato é que Sua batalha na humilhante jornada até à cruz e ressurreição abalou o reino inimigo para sempre. “Sozinho foi que o Salvador sofreu lá no jardim; o amargo fel ali bebeu, sofreu, penou por mim!”.
Após sua humilhação subiu ao céu proclamando no universo criado Sua eterna vitória e Sua conquista, de tal maneira que pode chegar ao céu e apresentar Sua perfeita obra: “Eis-me aqui e os filhos que tu me deste” (Hebreus 2:12). Assim assentou-se à direita do Pai, mostrando assim que Seu serviço foi consumado de forma perfeita e agradável ao Pai. Estava ali ao lado do Pai, em Seu lugar de glória que sempre teve, mas agora, em face de tamanha conquista, Deus o Pai fez com que o mundo e o universo ficasse ciente que o grande Conquistador dos eleitos tivesse Seu nome acima de todo nome: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome” (Filipenses 2:9). Perante esse nome santos e anjos prostram e o adoram, enquanto os inimigos estão apavorados.
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