“Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga” (Isaías 59:15-18)
O PREPARO DO GRANDE CONQUISTADOR: “Vestiu-se de justiça, como de uma couraça…”
Amigo leitor, avancemos em conhecer o grande conquistador dos eleitos, porque tudo Ele fez para que Seu povo escapasse da perdição que envolvia suas almas. Como foi a história da cruz? Devemos saber que foi a mais bela história já contada. Essa história jamais envelhece e os remidos do Senhor amam ouvi-la sempre. “Contai-me a velha história do grande Salvador, de Cristo e Sua glória, de Cristo e Seu amor”. E nós temos em Isaías 59 uma linguagem que descreve em poucas palavras os detalhes dessa maravilhosa atuação do nosso bendito Salvador. Portanto convido a examinar comigo.
Primeiramente Ele tomou os instrumentos de defesa: A couraça da justiça: “Implantando a justiça”. É aqui que precisamos saber a diferença entre Jesus como homem e nós como homens. Ele jamais caiu, pois foi nascido sem pecado: “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que Nele fôssemos feitos justiça de Deus” (1 Coríntios 5:21). Veja bem que Ele tomou a couraça da justiça, mas de uma forma diferente de como os crentes usam a justiça no viver. Nós usamos a justiça Dele na defesa contra o diabo. Ele, entretanto tomou a couraça da Sua própria justiça. Ele é chamado pelo Pai de “Meu Servo, o Justo”. Cristo nunca precisou ser justificado, nós os crentes sim, pois precisamos da justiça para sermos aceitos perante Deus, conforme o ensino visto em Romanos 5.
Então, entendemos que nosso Senhor mostrou a força da Sua própria justiça ao enfrentar o mundo religioso, pois sempre confrontou com a verdade a hipocrisia dos que eram religiosos por fora, mas que por dentro eram elementos perigosos. Sempre nosso Senhor expôs a verdade de forma que todos pudessem saber os desígnios do reino de Deus. Ele jamais anulou Sua lei. Ele tirou os embaraços amarrados pelos homens soberbos, na boa, perfeita e justa lei de Deus. Além disso, Sua própria vida mostrou ser Ele aquele que cumpriu perfeitamente a lei. Sua vida foi santa e pura e jamais foi motivo para que alguém se escandalizasse vendo qualquer ato errado.
Nosso Senhor também mostrou Sua justiça definindo a verdade do ponto de vista da eternidade. Ignorando os desejos insanos e mundanos dos homens, nosso Senhor trouxe a verdade à lume e mostrou um Deus justo que requer justiça. Ele não inocentou ninguém, pois mostrou o pecado, mas sempre conduzindo o homem ao arrependimento, a fim de achar Seu perdão. Nosso justo Senhor enfrentou perigos mortais, pois fez com que todos encarassem sua culpa e não hesitou em ser um profeta leal na comunicação da verdade. Em sua vida nosso Senhor pôs de lado o conforto e se empenhou a seguir o caminho da cruz, enfrentando a superstição dos homens e mostrando nas Escrituras que tudo estava se cumprindo Nele.
Não esqueçamos que Ele entrou como homem para enfrentar toda oposição contra Si mesmo. Nosso Senhor pisou num mundo de injustiça e experimentou tais injustiças vindas contra Ele mesmo em violentos ataques. Seu caminho foi o caminho da justiça que Ele abriu para Seu povo e foi forte em Sua atuação, indo até à cruz. Nosso Senhor encarou satanás e seu mundo vindo contra Ele.
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