quinta-feira, 29 de junho de 2017

MORTOS ESQUADRINHANDO AS ESCRITURAS (4)




“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas quem testificam de mim” (João 5:39,40).
QUANDO MORTOS ESQUADRINHAM A BÍBLIA: “Examinais as Escrituras...”
        Vou mais adiante a mostrar, mediante a atitude dos judeus incrédulos, o quanto os homens mundanos, mortos em seus pecados, são eufóricos em esquadrinhar as Escrituras.
        4.     Eles procuravam uma divindade que pudesse elevar seu orgulho e criar barreiras contra outros povos, então acharam satanás no bezerro de ouro (Êxodo 31) pensando que tinham achado o Deus verdadeiro. Foi o que ocorreu naquele episódio dramático narrado por Moisés. O povo judeu nos dias do Senhor não foi diferente, porque mesmo sendo religiosos, conhecedores dos fatos antigos narrados nas Escrituras do Velho Testamento, eram eles idólatras no coração. Provaram isso pela maneira como tratavam o Senhor Jesus; como eram cegos, não vendo naquele Nazareno todas as provas que veio de Deus e que era de fato o Messias prometido. Por mais que brilhasse a bondade, a justiça e a glória do Senhor perante seus olhos, eis que eles se tornavam ainda mais arrogantes, mas dispostos a assassinar o bondoso Jesus. A vida que eles queriam era o estilo de vida que todos os homens têm em todos os lugares, por essa razão odiavam a vida santa e pura do Filho de Deus, o qual estava ali perante seus olhos.
        5.     Eles procuravam músicas para realizar suas festas religiosas; eram eles zelosos em imitar os cantores e usavam os salmos para seus cultos nas sinagogas, mas não passavam de hipócritas, porque por foram pareciam verdadeiros adoradores, quando no coração odiavam e detestavam a verdade revelada. Eles eram zelosos pela tradição, pelos seus costumes, mas no íntimo não passavam de servos do diabo. Suas melodias, seus instrumentos em nada agradavam a Deus. Cristo, o Filho de Deus enfrentou a hostilidade desses elementos, porque eles não desejavam atribuir-lhe os louvores e adoração que todo salvo dá ao Filho de Deus.
        6.     Eles procuravam aquilo que pudesse enchê-los de esperança para ser uma nação vitoriosa e acharam nos profetas, mas de forma enganosa, pois usavam os escritos dos santos servos de Deus com suas mentes estreitadas em seus costumes; lidavam com as Escrituras com a finalidade de santificar sua religião, ao invés de purificar seus corações. Em tudo eles eram guiados na direção contrária do viver bíblico, porque o Deus dos profetas estava ali perante eles, sem que eles pudessem enxerga-lo. Eles queriam um reino diferente, um Messias diferente, como um político milagroso. Eles interessavam nos bens mundanos, na comida, na saúde e no prestígio mundano. Eles queriam o mundo e não o céu; anelavam a melhora do reino daqui e não as perfeições do reino de Deus. Em suma, aqueles religiosos judeus não passavam de eram mortos espirituais, eram espiritualmente cegos, mudos, surdos, tinham seus pés prontos para derramar sangue e suas mãos eram aptas para pegar pedras para atirar contra o Filho de Deus.
        7.     Eles usavam as Escrituras porque acreditavam que tinham a vida eterna; que os judeus eram os grandes favorecidos do Deus de Abraão e que todos caminhavam para o mesmo lugar – o paraíso onde papai Abraão se encontrava. Mas ali estava aquele que veio abrir o caminho para o céu; aquele que chamou Abraão e o salvou. Ali estava perante eles o único que podia lhes conduzir à glória eterna, assim como fez com aquele ladrão que foi salvo na cruz. Mas quem disse que esses mortos espirituais queriam o céu? Os homens no pecado querem e anelam por um paraíso do pecado. Se eles não queriam Jesus, como poderiam querer o verdadeiro Paraíso, onde o Senhor da glória será a luz que ali brilhará? Então, é certo que eles esquadrinhavam as Escrituras com interesses malignos e perversos, sem perceber que estavam condenados.

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