quarta-feira, 17 de setembro de 2014

MILAGRE DA GRAÇA NO HOMEM (12)



Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO A SI MESMO – TRANSFORMADO: “...que pratiques a justiça...”
         Caro leitor, minha esperança é que esse tema seja bem recepcionado em seu coração. Quando perante os olhos santos e justos do Senhor vemos nossa própria indignidade e imundície, certamente há de brilhar a preciosidade de Cristo perante nossos olhos. O Cordeiro Amado nada tem de valor para os corações endurecidos, porquanto o real valor do Seu glorioso ministério só é avaliado e aceito por homens e mulheres que já conheceram sua triste condição em Adão, conforme o testemunho visto nesse hino:
Minha condição tão triste conheceu meu Salvador.
Que do céu desceu à terra para ser meu Redentor.
Oh! Quão grande é o amor do meu Senhor!
         Caro leitor é impossível conhecer a Justiça perfeita do segundo Adão, sem que sejamos humilhados por nossa culpa, sujeira e merecida condenação. Ah! Que mudança gloriosa acontece quando Deus arranca nossos trajes tão imundos e nos cobre completamente dessa veste tão pura, tão alva! Caro leitor medite nesse Cordeiro perfeitamente aprovado pelo Pai! É cercado de nossa própria indignidade que Sua presença de amor, ternura e compaixão nos cerca! Tudo foi conquistado na cruz por Ele! Basta Seu sangue purificador e mais nada! Basta a obediência Dele na cruz para que sejamos revestidos de um viver obediente! Basta o Seu completo triunfo para que sejamos triunfantes em nossa jornada pelo caminho seguro!
         Ora, o que posso falar mais a respeito desse doce e meigo Cordeiro? Como um pobre como eu poderá descrever as riquezas infinitas da graça? Como poderá uma gotícula de miséria descrever um oceano de amor? O que posso fazer é convidar os meus leitores para que cheguem perto da cruz! Não há humilhação tão desejável! Não há melhor maneira de subestimar e desbaratar toda jactância! Basta pisar perto do território da cruz para que a alma seja cercada de uma atmosfera de glória! Enquanto as fogueiras desse mundo estiverem acesas, ah quanto desejamos mais festas terrenas! Ah! Como tudo parece tão desejável e belo ao nosso derredor, sem que percebamos quão pobres e miseráveis somos!
         Mas, o convite do evangelho é desprovido de qualquer satisfação carnal, quando comparado ao convite mundano. O convite do evangelho mostra um prato de hortaliça, enquanto o mundo exibe seu boi cevado (Provérbios 15:17, mas o simples prato de hortaliça é apenas o início do banquete de amor, enquanto o boi cevado deste mundo esconde a face cruel de satanás. A mensagem do evangelho é tão simples, pois convida o sedento: “Ah, vós que tendes sede, vinde às águas...!”.
         Caro leitor, avaliemos a justiça de Deus. Nossos padrões não servem; nossos princípios religiosos de nada valem porque a balança é de Deus. A santa lei já declarou e continua a declarar nossa culpa, maldição e condenação. O prumo de Deus já foi colocado e nossas almas foram vistas tortas. Mas, eis que a doce mensagem proclama em alto e bom som: “Cristo morreu pelos nossos pecados...”. Pode você ouvir essa verdade na alma? Pode você entender no íntimo o quanto essa declaração queima nosso orgulho próprio? Veja amigo, o que levou o Cordeiro amado à cruz? “...nossos pecados...”. Silenciemo-nos diante dessa sublime verdade!
         Será que você tem coragem de afastar-se? Será que está pronto a fugir como Caim e desprezar a entrada do paraíso? Será que você sozinho pode assumir toda culpa? Quanto você pensar que é o único que levou o Justo a sofrer e pagar pelos pelas suas culpas, eis que você saberá logo que não está sozinho, pois uma multidão proclamará com você em alta voz: “Cristo morreu pelos nossos pecados!”

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