"Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e
vede, perguntai pelas veredas antigas: qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas;
mas eles dizem: não andaremos." Jeremias 6:16.
A TRISTE DECISÃO
DO HOMEM (segunda)
A decisão natural do homem em relação ao caminho santo aparece bem definida no texto: “não andaremos”. Quão ignorantes somos em relação à condição do homem
no pecado! Quão facilmente esquecemos dos ensinos bíblicos concernentes a
atitude do homem em relação ao caminho de Deus! Enquanto as Escrituras afirmam
que “Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto...” (Jeremias 17:9), no
íntimo recusamos veementemente acreditar nessa verdade revelada por Aquele que
sonda e conhece as cogitações profundas do coração. Ocupamo-nos demasiadamente
com superficialidades da natureza humana; não raro vemos o ser humano como
vítima da situação em que se encontra e culpamos a Deus pelo desastre do
pecado. O rei Davi ficou cercado pelos aparatos lisonjeiros da iniqüidade
quando se dispôs a deitar com a mulher de Urias, seu fiel soldado (2 Samuel 11).
Mas, quando foi descoberto, imediatamente percebeu a loucura da sua decisão,
humilhou-se e correu para obter misericórdia do Senhor, como nos é narrado no
Salmo 51. Foi na presença do trono de misericórdia que confessou sua iníqua
condição: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo
51:5).
Enquanto estiverem caminhando pelo
perigoso caminho largo, os homens no pecado estarão sempre dizendo a Deus: “Não andaremos em teu caminho; não toleramos o teu reinado em nosso
viver; não temos qualquer prazer pelos teus ensinos e nem aceitamos as tuas
regras; acreditaremos sempre em nossos deuses, pois já experimentamos que eles
cuidam de nós; anelamos continuar seguindo nossas paixões e não acreditamos que
haverá qualquer juízo”. Eles podem até falar de Deus; sentir grandes emoções
religiosas e, até mesmo terão aparência de piedade cristã, mas o fato é que em
seus atos e pensamentos provarão que seus caminhos não são os caminhos do
Senhor, e seus pensamentos não são os pensamentos do Senhor (Isaías 55:8). Os
homens são extremamente religiosos em suas veredas malignas; acham que podem
manipular Deus; crêem que passam despercebidos aos olhos soberanos do Senhor. Balaão
estava convicto que era um profeta do Senhor, até que pode cheirar de perto a
tentadora oferta de ficar milionário, se somente amaldiçoasse o povo de Deus
(Números 22). Seu caminho foi provado ser o caminho tortuoso de um avarento,
amante dos prazeres. Aquele homem foi a Jesus querendo saber como poderia
herdar o reino de Deus (Lucas 18:18). Foi só tocar no seu ídolo secreto que era
sua riqueza, para descobrir que na prática estava dizendo “não andarei pelo teu caminho”.
Prezado leitor, qual é a vereda pela
qual você está andando? Saulo de Tarso era um inimitável religioso; achava que
seu caminho era o caminho certo de verdadeira justiça, porquanto fazia tudo que
era ordenado conforme a severidade da religião dos fariseus. Quando ficou
prostrado aos pés do Rei da Glória como um verme, pode reconhecer que descia
rumo à perdição, num caminho que aos seus olhos parecia direito. É muito
aprazível o caminho da perdição! A decisão do homem é por esse caminho desde
seu nascimento (Salmo 58:3). Afinal, quem decide pelo caminho bom? O que a Bíblia fala a respeito do curso natural do ser
humano no pecado? Eis a resposta: “Em seus caminhos há destruição e miséria e
não conheceram o caminho da paz” (Romanos 3:16-17).
O propósito desta mensagem é realçar a
misericórdia do Senhor em face da rebeldia do homem. Estaremos ocupados com tal
verdade na próxima lição.
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