terça-feira, 30 de setembro de 2014

DECISÃO DEFINIDA (30)



"Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas: qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: não andaremos." Jeremias 6:16.
A TRISTE DECISÃO DO HOMEM (segunda)
            A decisão natural do homem em relação ao caminho santo aparece bem definida no texto: “não andaremos”. Quão ignorantes somos em relação à condição do homem no pecado! Quão facilmente esquecemos dos ensinos bíblicos concernentes a atitude do homem em relação ao caminho de Deus! Enquanto as Escrituras afirmam que “Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto...” (Jeremias 17:9), no íntimo recusamos veementemente acreditar nessa verdade revelada por Aquele que sonda e conhece as cogitações profundas do coração. Ocupamo-nos demasiadamente com superficialidades da natureza humana; não raro vemos o ser humano como vítima da situação em que se encontra e culpamos a Deus pelo desastre do pecado. O rei Davi ficou cercado pelos aparatos lisonjeiros da iniqüidade quando se dispôs a deitar com a mulher de Urias, seu fiel soldado (2 Samuel 11). Mas, quando foi descoberto, imediatamente percebeu a loucura da sua decisão, humilhou-se e correu para obter misericórdia do Senhor, como nos é narrado no Salmo 51. Foi na presença do trono de misericórdia que confessou sua iníqua condição: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5).
         Enquanto estiverem caminhando pelo perigoso caminho largo, os homens no pecado estarão sempre dizendo a Deus: “Não andaremos em teu caminho; não toleramos o teu reinado em nosso viver; não temos qualquer prazer pelos teus ensinos e nem aceitamos as tuas regras; acreditaremos sempre em nossos deuses, pois já experimentamos que eles cuidam de nós; anelamos continuar seguindo nossas paixões e não acreditamos que haverá qualquer juízo”. Eles podem até falar de Deus; sentir grandes emoções religiosas e, até mesmo terão aparência de piedade cristã, mas o fato é que em seus atos e pensamentos provarão que seus caminhos não são os caminhos do Senhor, e seus pensamentos não são os pensamentos do Senhor (Isaías 55:8). Os homens são extremamente religiosos em suas veredas malignas; acham que podem manipular Deus; crêem que passam despercebidos aos olhos soberanos do Senhor. Balaão estava convicto que era um profeta do Senhor, até que pode cheirar de perto a tentadora oferta de ficar milionário, se somente amaldiçoasse o povo de Deus (Números 22). Seu caminho foi provado ser o caminho tortuoso de um avarento, amante dos prazeres. Aquele homem foi a Jesus querendo saber como poderia herdar o reino de Deus (Lucas 18:18). Foi só tocar no seu ídolo secreto que era sua riqueza, para descobrir que na prática estava dizendo “não andarei pelo teu caminho”.
         Prezado leitor, qual é a vereda pela qual você está andando? Saulo de Tarso era um inimitável religioso; achava que seu caminho era o caminho certo de verdadeira justiça, porquanto fazia tudo que era ordenado conforme a severidade da religião dos fariseus. Quando ficou prostrado aos pés do Rei da Glória como um verme, pode reconhecer que descia rumo à perdição, num caminho que aos seus olhos parecia direito. É muito aprazível o caminho da perdição! A decisão do homem é por esse caminho desde seu nascimento (Salmo 58:3). Afinal, quem decide pelo caminho bom? O que a Bíblia fala a respeito do curso natural do ser humano no pecado? Eis a resposta: “Em seus caminhos há destruição e miséria e não conheceram o caminho da paz” (Romanos 3:16-17).
         O propósito desta mensagem é realçar a misericórdia do Senhor em face da rebeldia do homem. Estaremos ocupados com tal verdade na próxima lição.

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