"Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e
vede, perguntai pelas veredas antigas: qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas;
mas eles dizem: não andaremos." Jeremias 6:16.
A BENÇÃO DAS
ANTIGAS VEREDAS: (oitava)
Caro leitor, já pude mostrar que a paz achada no bom caminho é primeiramente o resultado da segura e eterna salvação
que dá início a uma nova vida; que ergue o homem da condição tão triste de
amaldiçoado, para ser doravante um alma bendita com toda sorte de bênção
espiritual (Efésios 1:3). Antes era empurrado pelos ventos do mal no caminho
largo, mas agora, tendo sido justificado e reconciliado com Deus, mediante o
sangue remidor, pode andar seguro e confiante rumo ao céu, tendo a Palavra de
Deus como lâmpada para seus pés e como luz nesse santo caminho (Salmo 119:105).
O que um salvo encontra nesse caminho certo
e seguro? Conforme o texto de Jeremias 6:16 ele acha ali descanso para sua
alma. Exatamente aquilo que inutilmente buscou andando no pecado, como diz um
antigo hino: “Bem longe de Deus eu andava; um pobre perdido fui eu”. Mais do
que tudo, o Senhor derrama num coração santificado a sua preciosa paz, a paz de Deus que os santos tanto necessitam em face das dificuldades
achadas durante sua peregrinação. Na mensagem de hoje vamos conhecer um pouco
mais a respeito da manifestação dessa paz, que pela Sua graça o
Senhor derrama com sabedoria à medida que os Seus santos vão precisando.
Obviamente, ela é derramada de forma
contínua em manifestações do amor de Deus pelo Seu povo: “... de maneira alguma
te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13:5). Nesta frase nosso
Senhor expressa seu contínuo amor em forma de presença e cuidado para Seu povo.
Por que Ele fala isso? Eis aí o mundo tentador procurando lançar sobre os
santos preocupações e cuidados com bens, comida e conforto, Mas eis que o
Senhor cerca o genuíno crente com seu contínuo amor o qual aparece na forma de
presença, proteção e suprimento. Ora, isso dá continua paz ao coração
que crê! O Senhor nunca concede ao Seu povo coisas além daquilo que eles
precisam para o dia a dia. Quando Moisés diz acerca do tratamento de Deus com o
povo de Israel, a frase: “Ele te humilhou e te deixou ter fome...” (Deuteronômio
8:3), dá a impressão de uma atitude cruel da parte do Senhor. Mas, pelo
contrário, nosso Senhor manifesta Sua sábia liderança que disciplina aqueles
que Ele toma como filhos (Hebreus 12:6). Aquela “fome” significa simplesmente,
que Deus permitiu que durante os quarenta anos da passagem pelo deserto, o povo
ficasse sem aquilo que tanto a natureza carnal acostumou a ter. A falta das
ricas iguarias do Egito para eles era sinônimo de “passar fome”, mas eis que o
Senhor lhes ensinava que a Sua provisão do maná era suficiente e que era para
render-Lhe graças.
Caro leitor, quanto precisamos saber
dessa verdade na prática! Especialmente hoje, quando vemos a propagação de uma
mensagem estranha àquilo que nos é ensinado nas Sagradas Letras. A mensagem de
satanás sempre foi de “mais pão e mais riquezas”! O mundo sempre acha que a paz se encontra
nas promessas ocas de prosperidades, as mesmas que satanás prometeu a Jesus por
ocasião da tentação (Mateus 4:4 e 8). Entretanto, o contentamento do salvo está
na presença amorosa do Senhor, que dia a dia leva nosso fardo; que arruma nossa
mesa diária e põe ali nosso pão de cada dia. Nunca o justo há de mendigar pão!
O mundo está sempre atormentado ante as armadilhas da economia mundial, mas,
aquele que anda pelo bom caminho desfruta dessa ocupação diária de Deus em zelar pela
provisão do Seu povo, enquanto eles estão dormindo (Salmo 127:3).
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