“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que
é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a
benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO A SI MESMO – TRANSFORMADO:
“...que pratiques a
justiça...”
Prezado
leitor estamos vendo como a salvação bíblica resulta num viver de justiça. Por
favor, não me entenda mal. Não estou afirmando que um viver justo produzirá
salvação. É exatamente o contrário, porque a salvação bíblica resulta num viver
justo. É essa a lição que se destaca em Romanos. Paulo não muda de assunto;
Paulo está afirmando que a justificação obtida pelo sangue opera um viver justo
e santo. Os crentes não procuram um viver justo e reto porque pretendem alcançar
a salvação. Eles não estão elaborando uma conquista do céu por meio de um viver
diferente aqui.
Os
verdadeiros crentes sabem que tudo já foi conquistado perfeitamente na cruz;
que a obra do Filho foi perfeita e que todos os salvos estavam na morte, sepultamento
e ressurreição do Senhor. A conquista da cruz e da ressurreição produziu homens
e mulheres que agora podem andar em novidade de vida. Antes viviam a serviço da
iniquidade; antes eram servos da injustiça; antes usavam os membros de seus
corpos a serviço da injustiça; antes todo sistema de vida era ofensivo a Deus;
antes eram servos da maldade, porque em Adão tinham oferecidos seus corpos a
serviço da iniquidade; antes avançavam da maldade para a maldade (Romanos
6:19). Agora tudo é diferente, porque foram colocados em Cristo, portanto “...nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1).
Caro
leitor tenho dado muita ênfase a esse tema, porque o viver do crente procede da
perfeita justiça de Cristo nele. Deus convoca os justos para brilhar a
justiça de Cristo neste mundo. São os salvos neste mundo que sofrem perseguição
por causa da justiça (Mateus 5:10). Os que ainda vivem no pecado não podem
exibir justiça; os que estão na carne não podem agradar a Deus (Romanos 8:8).
Não há igreja que possa produzir verdadeira justiça; não há feitos religiosos
que possam produzir justiça. Fora do sangue remidor o homem só consegue
produzir maldade, por meio de seus atos, palavras e pensamentos.
Então,
diante dessa solene e gloriosa verdade, a exigência de Deus na lei, vista em
Miquéias 6:8 é mostrada pela graça, porque todos os santos de Deus; todos os
que foram salvos por Cristo podem praticar a justiça. Deus é glorificado por
meio do viver dos Seus santos! São eles os únicos que neste mundo podem
anunciar as grandezas Daquele que lhes chamou das trevas para a Sua maravilhosa
luz (1 Pedro 2:9).
Quero
completar a meditação de hoje tornando-a bem prática. Caro leitor devemos saber
que todas as exortações dadas aos crentes em Cristo são sustentadas na justiça
de Cristo neles. Santidade no viver é justiça porque o crente está dando a Deus
no viver a glória que só pertence a Deus. A prática do amor bíblico é justiça.
Amar a justiça e odiar a iniquidade é o prazer do crente. Na justiça não há lugar
para receber honras e exaltação deste mundo. Ninguém é presenteado por praticar
a justiça; ninguém é elogiado nem parabenizado porque pratica a justiça.
Mas,
a justiça de Cristo nos salvos é a exposição da vida como deveria ser! A
justiça de Cristo nos santos faz com que o mundo possa respirar a atmosfera
verdadeira. No amor derivado dessa perfeita justiça, Cristo é glorificado nos
lares, onde os maridos podem amar suas esposas; as mulheres submetem aos seus
maridos; filhos honram seus pais; pais tratam seus filhos com disciplina e na
admoestação do Senhor; a honestidade, honras e respeito são presenciados e um
ambiente de segurança e alegria cerca a sociedade.
A
vida de José no Egito exemplifica essa justiça de Cristo (Gênesis 39). Sua
honestidade, retidão e respeito foram atitudes marcantes para que Potifar
pudesse sentir a verdadeira prosperidade de Deus em sua casa. Quando foi
assediado pela esposa de Potifar, José mostrou que a honra e a glória de Deus
estavam acima de suas paixões. Injustamente foi atirado à prisão, mas não
demorou muito para que todo Egito e mundo pudessem conhecer a justiça que
realmente brilha e que é de verdadeira utilidade ao mundo.
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