“Uma
voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda carne é erva, e toda
a sua glória como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando
nelas o hálito do Senhor. Na verdade, o povo é erva; seca-se a erva, e cai a
sua flor, mas a Palavra de nosso Deus permanece eternamente”. (Isaías
40:6-8)
A
TRISTE E HUMILHANTE MENSAGEM: “Toda a carne é como a erva”.
Caro
leitor, entraremos a partir de hoje na segunda lição que o texto no mostra. Não
esqueçamos que o texto fornece a nós os mistérios de Deus revelados acerca da
grandeza de Deus. A passagem inteira do cap. 40 é um preparo para mostrar às
nações a tão grande e soberana salvação por meio do Messias – o Deus encarnado
que viria ao mundo. Somos convidados pela graça a entrar nesse cenário
maravilhoso, como se estivéssemos entrando no Santo dos santos.
Caro
leitor, é impossível entrar nesse cap. 40 de Isaías, sem que vejamos nossa
horripilante situação; sem que sejamos humilhados, sem que vejamos a triste
realidade a nosso respeito. Uma visão da grandeza e suficiência do Salvador é
ao mesmo tempo uma visão do estado depravado e vil de nossos corações e do
destino de sofrimento eterno que merecemos. O evangelho moderno visa manter
essa glória distante de nós; quer os homens sejam mantidos do lado de fora, sem
qualquer luz que vem da verdade que nos foi revelada na Palavra.
Mas,
nosso dever é aproveitar essa tão bendita oportunidade, a fim de que
humildemente conheçamos nosso grande e glorioso Salvador. O que ordena no
texto, a fim que preguemos aos homens? Ele diz: “...Toda carne é erva...”. Nós vemos os homens sempre na aparência;
somos vistos por todos por meio de nossos corpos. Somos condicionados a essa
visão externa, da aparência e damos extremo valor a isso. Foi pela visão física
do homem que Israel escolheu Saul como rei (1 Samuel caps. 9, 10). Foi pela
bela aparência de Absalão que Israel passou a segui-lo na esperança de levá-lo
ao trono (2 Samuel 15). Até mesmo homens de Deus, como Samuel tendem a fazer
escolhas tendo a aparência como base (1 Samuel 16). Nós somos assim porque
viemos do pecado e no pecado o que prevalece é aquilo que passa, que fenece e
que não tem qualquer valor para Deus.
Mas
quando contemplamos o texto vemos nas palavras de Deus, não somente o que Ele pensa
acerca do homem, como também o que deve ser pregado a todos: “...Toda carne é erva, e toda sua glória como a
flor da erva...”. Ao ouvir pela fé essas palavras oriundas da boca de Deus,
eis que tudo isso que tendemos a valorizar e buscar aqui, simplesmente
desaparece; toda desculpa, todo sofisma, todo sentimentalismo simplesmente
somem na terra como leite derramado. Quando nossos ouvidos são despertados
pelas santas Palavras de um Deus que não pode mentir, eis que as diferenças
físicas desaparecem, porquanto vemos que todos nós somos iguais; vemos que
viemos de um mesmo pai – Adão; vemos que somos de uma mesma família e que esse
véu da aparência é rasgado por Deus, como se rasga papel.
Posso
ir mais longe para afirmar que desaparecem as diferenças culturais, raciais e
sociais. É a visão de Deus acerca do homem que nos mostra que as “escadas” que
elevam os homens em sua soberba, são fabricadas por satanás; que é o pecado que
nos faz achar que somos melhores, mais capazes, mais fortes e dispostos a
denegrir e destruir nossos semelhantes, porquanto esquecemos que somos
provenientes do pecado. Note amigo o que Deus diz: “...toda carne...”. O cap. 40 de Isaías nos comprime nessa visão
global; faz-nos esquecer agora quem é judeu, grego ou outra raça qualquer. Deus
está lidando com a carne, por isso podemos nós dar um beliscão em nós mesmos;
que saiamos desse sono perigoso e vejamos assim o estado no qual o pecado nos
colocou e que milhares desses seres já partiram para o inferno; que nós estamos
aqui ainda e que há necessidade de volver nossos corações para essas poderosas
verdades, as quais Deus, em Sua compaixão nos revelou.
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