“Antes de tudo, vos entreguei o que também
recebi, que Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras”
(1 Coríntios 15:3)
A CONFISSÃO DESSA MENSAGEM: “...Cristo morreu
pelos nossos pecados...”
Prezado
amigo vamos juntos perscrutar a profundidade dessa impressionante declaração do
apóstolo aos gentios. Toda essa ênfase tem em vista mostrar a grandeza,
suficiência e poder do evangelho da glória de Cristo. Todo ataque de satanás é
contra esse evangelho. Ele não tem receio de um evangelho misturado, mesmo que
tenha toda pintura externa da Palavra de Deus. Aliás, ele há de enfatizar esse
evangelho adocicado; ele vai incentivar que a verdade seja pregada, mas que
contenha pitadas de suas venenosas mentiras. Ele vai junto aos cultos e
participa da felicidade vã de milhares que curtem uma paz que não vem de Deus,
mas sim do mundo.
Agora
entraremos na terceira lição vista nesse verso que trata da confissão dessa
mensagem. Vou sempre reiterar o fato que a comunicação do homem com Deus é
na base da confissão e não do mero falar. Digo isso porque é muito fácil
conquistar as pessoas por meio de declaração de fé, ou mesmo de uma aceitação
verbal. A meu ver, a verdade do evangelho quando não atinge o coração, nunca
produzirá confissão ou invocação. Quando isso acontece, a luz fica do lado de
fora da casa. Ora, milhares admiram a luz do evangelho do lado de fora de suas
vidas, mas estarão resistindo ao Senhor enquanto esse facho de glória não
iluminar, por assim dizer, a sala, a cozinha, os quartos, gavetas, todos os
recônditos de sua vida. Milhares conseguem ser crentes na aparência; conseguem
aprender profundas doutrinas; muitos são se tornam dogmáticos em algumas
doutrinas; participam dos cultos, e muitos se tornam pastores. Mas o fato é que
jamais tiveram a verdade desse evangelho chegando ao coração. Ao meu ver essa é
uma condição espiritual de extremo perigo, porquanto Deus requer a verdade no
íntimo e não na aparência (Salmo 51:6).
Então,
quando tomamos uma frase como essa: “...Cristo morreu pelos nossos pecados...,
devemos examiná-la profundamente, procurando saber quem está falando, por que
está falando isso e se de fato essa é uma sincera confissão de meu viver. Um
exemplo disso está no uso constante do Salmo 23:1: “O Senhor é meu Pastor, nada me
faltará”. Acontece que aprendemos isso de cor e salteado; falamos nos
cultos, ou noutras ocasiões, mas o que acontece é que nem sequer sabemos quem é
esse Senhor, chamado de Pastor, bem como ignoramos se somos ovelhas Dele ou
não. Então, com toda esperança de levar essa verdade aos corações de meus
leitores, almejo mostrar que essa frase é uma confissão de fé. Então, jamais
será verdadeira quando não parte de um coração sincero, onde brilha
constantemente essa verdade. Por essa razão procurarei aqui deixar isso bem
esclarecido aos leitores atentos.
Digo
e afirmo que um coração arrogante, ímpio e perverso terá sua boca tapada, por
isso jamais conseguirá confessar: “Cristo morreu pelos meus pecados”. Pode
até falar porque decorou a frase, ou mesmo aprendera desde sua infância; ou
porque usa a frase como uma cerca protetora, a fim de encobrir suas maldades.
Note bem caro leitor, mesmo que por fora a pessoa tenha toda aparência de
crente, o fato é que a ausência dessa verdade no íntimo; da plena e clara
certeza de sua segura e real salvação, certamente impedirá que essa frase saia
de sua boca como uma real e genuína confissão. A
segurança externa jamais fortificará um coração irregenerado. A luz da
segurança eterna deve brilhar de dentro para fora, não ao contrário.
Então,
caro leitor, a mensagem da cruz vem como martelo para quebrar a dureza, a
obstinação e fazer tombar a soberba do velho homem. A mensagem da cruz vem
fazer tombar a muralha da revolta e da incredulidade contra Deus. A mensagem chega
como espada para ferir todo esse exército do coração armado contra Deus.
Enquanto isso não acontece, a confissão do coração é um amor latente ao mundo,
visto no andar, no falar e em todo procedimento.
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