“Curai enfermos, ressuscitai mortos,
purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça daí”
(Mateus 10:8).
CURAI OS ENFERMOS:
Amigo leitor, já passei pelas
considerações em torno do assunto. Quero agora que vejamos as coisas do ponto
de vista do evangelho santo, da mensagem que foi entregue aos mensageiros do
Senhor. Não estamos interessados na cura física, ela tem sua importância, mas
não é tão relevante assim. Precisamos abrir o “baú” dos mistérios desse santo
evangelho, a fim de que os olhos da fé contemplem, vislumbrem as glórias que
hão de vir. Precisamos olhar além do véu, além dos interesses passageiros e
carnais dos mundanos; precisamos ver o reino de Deus e suas promessas que
ultrapassam qualquer entendimento. A fé verdadeira está aliada de coração a
essas maravilhas; o verdadeiro cântico dos santos envolve esse louvor e
respiramos essa atmosfera santa, longe de qualquer contaminação mundana.
Veja a ordem do Senhor dada aos
apóstolos: “curai os enfermos...”. Notemos como
o Senhor se ocupa com essa premente necessidade. Afinal, Ele é o criador que
entrou neste mundo para carregar em Seu corpo todas as nossas dores e as nossas
enfermidades. Ali estava o Varão de dores, que soube o que é sofrer, mas que
não se ocupava com suas dores e aflições físicas. Ali estava Alguém
distribuindo Sua bondade aos pecadores aflitos, sofredores e sem qualquer
socorro da parte deste mundo. Ali estava alguém que trazia aos homens aquilo
que o governo romano ou judaico, ou mesmo qualquer outro governo poderia
oferecer. Sua ordem era para ser cumprida: “Curai os enfermos”. Eles não deveriam sair ao campo para buscar os
bens dessas sofredoras criaturas; eles iriam levar graciosamente e
gratuitamente aquilo que eles também haviam recebido: “...de graça recebestes, de graça daí”.
Caro leitor, aquilo que os discípulos
do Senhor fariam era apenas um ensaio, ou mesmo uma demonstração física daquilo
que eles deveriam levar ao mundo, conforme Atos 1:8, após a descida do Espírito
Santo: “...e sereis minhas testemunhas...”.
Aquela atividade que eles receberam em Mateus 10 seria apenas aquilo que viria
em parte, até que viesse a cura perfeita para corações aflitos. Caro leitor, os
pregadores foram enviados a pregar o evangelho: “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos
16:15). Foi essa mensagem que encheu o coração de Paulo, a tal ponto que Paulo
chamou tal evangelho de “poder de Deus” (Romanos 1:16), com qual objetivo? “...para a salvação de todo aquele que crê...”.
Esse é o principal objetivo da
mensagem. Se não houver esse objetivo, mesmo havendo milagres físicos, não
passa de outro evangelho. O trabalho do evangelho visa o homem em sua
totalidade, atinge o coração e isso significa mudança completa. A mensagem do
evangelho e seu poder de chamar e salvar perdidos vai infinitamente além
daquilo que o mundo pensa e imagina, porque o evangelho são os utensílios
santos e eternos do Senhor, os quais Ele confiou aos Seus santos servos.
Então, a mensagem santa chega para “curar os enfermos”, sim! Mas estamos
indo além do véu, estamos chegando a um Zaqueu, o qual em nada mostrou que
tinha enfermidade. Estamos chegando para lidar com o verdadeiro homem e que
homem é esse? O homem do coração! Não estamos interessados na casca, mas sim na
realidade, naquilo que realmente faz diferença e que sinaliza esperança eterna.
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