sexta-feira, 26 de setembro de 2014

FILHOS DA LUZ NAS TREVAS, FILHOS DAS TREVAS NA LUZ (8 de 23)



         Quem há entre vós que tema ao Senhor e que ouça a voz do seu Servo? Aquele que andou em trevas, confie em o nome do Senhor e se firme sobre o seu Deus. Eia! Todos vós que acendeis fogo e vos armais de setas incendiárias, andai entre as labaredas do vosso fogo e entre as setas que acendestes; de mim é que vos sobrevirá isto, e em tormentas vos deitareis” (Isaías 50:10,11).
FILHOS DA LUZ ANDANDO NAS TREVAS.
         Caro leitor, ao tratar desse tema aparentemente tão contraditório, lembro aos que são genuínos crentes em Cristo que os filhos da luz enfrentam as trevas mundanas. Porém, não são as trevas da escravidão do pecado, de onde fomos tirados. Acontece que por falta do verdadeiro conhecimento da graça salvadora, muitos santos ficam atormentados em meio aos desesperos e dificuldades que enfrentam na peregrinação.
         No meio dessa generalizada apostasia surgiram vários ensinos que parecem bíblicos, porém perigosíssimos. Muitos estão sendo engodados pelo ensino sobre “maldição de família”, por isso realizam cultos e trabalham em oração para que essas “maldições” sejam retiradas. Mas, desejo aqui salientar bem que para aqueles que foram salvos não há qualquer maldição, pois nosso Senhor veio ao mundo justamente para nos arrancar de toda e qualquer manifestação amaldiçoante do pecado, da lei e deste sistema maligno.
         Caro leitor, não podemos esquecer que ao lidar com a raça caída o Senhor mostra que viemos de uma família que tombou no Éden; foi ali que em nossos pais caímos e todos juntamente estão na mesma condição. Olhemos a vida do ponto de vista de Romanos 3 e Romanos 5. A maldição do pecado está estampada em nossa fronte, em nossos corpos mortais, em nossa miséria aqui e no desespero da perdição eterna. Cristo Jesus veio para libertar definitivamente Suas ovelhas desse aterrorizante poder do pecado; da morte eterna que nos empurraria para as goelas do inferno, deste presente século perverso e da tirania do príncipe deste mundo. Ora, a Palavra de Deus deixa bem salientado, que não há mais condenação para os salvos (Romanos 8:1); que estamos livres da maldição da lei (Gálatas 3:10); que todos os crentes estão para sempre livres da Ira vindoura, mediante o poder remidor do sangue (João 3:36); que o objetivo da salvação em Cristo é para que nenhum dos eleitos de Deus venha a perecer (2 Pedro 3:9).
         No texto em Isaías vemos que o Espírito da glória mostra que, da mesma maneira que nosso Senhor e Salvador trilhou nesse caminho tenebroso até à cruz, os santos também hão de enfrentar essas trevas. Foi o Senhor que abriu essa trilha firme e segura para que Seus santos marchassem para o céu. Mas devo afirmar que ao passar por este vale sombrio, perigoso e cercado de terrores inimigos, os santos devem estar conscientes que em nada, absolutamente o amor de Deus mudou. O Sol do amor eterno de Deus jamais há de apagar; o oceano da graça não diminuirá, nem sequer uma gotícula no que tange aos cuidados, a segurança eterna e ao fato que os santos entrarão no Reino.
         Caros santos do Senhor, andando por este vale escuro e amedrontador, não estamos sozinhos, desamparados, o Senhor vai à frente, nosso Guia fiel. Visto que estamos tão envolvidos por promessas inúteis, batizadas com pitadas de versos bíblicos chamo sua atenção, para que fujamos dessa distração satânica. Não percamos de vista o reino que nos espera; ponhamos toda confiança na firme e segura herança que nos aguarda; ponhamos nossos pés espirituais sobre a Rocha dos séculos, a fim de que não caiamos na areia movediça dessas promessas ocas deste sistema maligno e passageiro. Nada temos de promessas para este sistema passageiro. Temos sim as advertências de que aqui teremos aflições, perseguições e ódio.
         Então, nada de medo! Nada de fuga em busca de refúgio aqui! Não tiremos os olhos do Pastor que vai à nossa frente! Logo chegaremos lá e veremos que na jornada que parece tão longa nada perderemos, pois o Senhor prometeu que nada há de faltar para Seus santos.

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