sexta-feira, 19 de setembro de 2014

TRABALHO PERFEITO DO EVANGELHO NA SALVAÇÃO (2)




Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça daí” (Mateus 10:8).
INTRODUÇÃO (continuação)
         Caro leitor, meu trabalho consistirá em provar a todos os que amam a Palavra de Deus, que nesse texto de Mateus 10:8, nosso Senhor mostra o quanto o evangelho executa no homem um trabalho irretorquível e insofismável, quando opera na salvação dos pecadores. Eu sei que nosso Senhor, enquanto peregrinou rumo à cruz, sempre procurou fazer o bem. Nosso Senhor sempre orientou Seus discípulos à prática do amor ao próximo em todos os aspectos das necessidades físicas e psicológica das pessoas.
         Ora, estamos envolvidos com um texto que aparentemente nos comissiona a fazer exatamente aquilo que tanto as multidões esperam ver acontecendo da parte de Deus. Entretanto, o fato que nosso Senhor fez essas coisas, não significa que elas são necessárias no ministério dos servos do Senhor. Ele mesmo deixou de operar muitos milagres. Aqueles que Ele realizou tinham como objetivo aliviar as multidões dos problemas resultantes do pecado, mostrar que Ele veio de Deus e que era o Filho de Deus e também através desses milagres, mostrar como eles podem ilustrar o serviço glorioso e eternal feito na salvação dos pecadores. A meu ver este é o propósito principal de todos os quatro milagres patentes em Mateus 10:8.
         Acrescento nesta parte introdutória que precisamos ver essas coisas sempre do ponto de vista eterno e não passageiro. Nosso Senhor censurou os judeus, porque depois de ver o milagre da multiplicação dos pães, a multidão foi pressurosa e sacrificial à busca do Senhor. Veja amigo, na leitura do cap. 6 de João como nosso Senhor recusou mostrar ao povo mais espetáculos de milagres. Note essas palavras exortativas, mas esclarecedoras do Senhor: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna...” (verso 27). Ele poderia fazer milagres e mais milagres perante aquele povo, mas é claro que Ele contemplava a verdadeira necessidade deles. Ali estavam almas perdidas, caminhando para o inferno e era preciso avisar-lhes que Ele veio ao mundo para libertá-las da condenação.
         Também, nosso conceito de milagre é baseado mais em espetáculos do que na verdade que habitamos no meio dos milagres. A criação, a existência de todas as coisas, a nossa manutenção e a provisão de Deus, todas essas coisas e muito mais indica que estamos cercados de milagres da parte de Deus. Basta que encaremos melhor a vida do ponto de vista da misericórdia atuante de Deus, para que vejamos que a poderosa mão de milagre está estendida, dando-nos tudo aquilo que realmente precisamos e que jamais podem vir da parte dos homens. A existência de remédios, médicos e outros meios, além da comida, água e outros recursos, prova que tudo vem de um Deus bondoso, sábio, justo e fiel.
         Mas quando entramos na zona de impacto do evangelho, eis que tudo deve ser visto do ponto de vista da eternidade, e a linguagem de nosso Senhor, conforme vemos em Mateus 10:8, é uma figura de linguagem. Seu ministério é eterno, Sua salvação é eterna, porque Ele “...veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10). Qualquer tentativa de mudar isso pode acarretar em prejuízos terríveis; pode ser o caminho para heresias. A persistência nisso pode ser o caminho para a chegada do pai da mentira com seus recursos mundanos, na tentativa de enganar os incautos e desobedientes.

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