terça-feira, 23 de setembro de 2014

A DIFERENÇA ENTRE A IGREJA E O MUNDO (16 de 17)



Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no maligno” (1 João 5:19) O MUNDO EM CONTRASTE COM O POVO DE DEUS: “...e que o mundo inteiro jaz no maligno”.
         Caro leitor, tendo mostrado o quanto Deus faz diferença entre o mundo e o povo Dele, creio que devemos avançar um pouco mais no entendimento dessas verdades. Quando o povo de Deus desconhece a verdade acerca do grande e soberano Senhor, tudo fica embaraçado e essa distinção entre a família de Deus e este mundo mergulhado em trevas e morte não é vista. Ora, o próprio texto mostra essa diferença e negar isso é sinal de calamitosa apostasia e consequente negação da verdade. Claramente vemos que a Palavra de Deus mostra um povo salvo e o outro povo condenado; mostra um povo vivo e o outro povo morto; mostra um povo comprado e resgatado para Deus, enquanto o outro povo vive sob os grilhões do pecado; mostra um povo que ama a Deus, enquanto o outro povo odeia o Senhor e Sua mensagem santa. Por essa razão que me concentro agora em expor esse texto, a fim de ajudar meus leitores a fazer essa distinção, com corações cheios de santo temor. Um falso evangelho tomou o compartimento secreto no coração de homens e mulheres e ali se alojou, levando consigo a mais perigosa paz que existe – a paz com o pecado. O evangelho chega para fazer com que essa aliança secreta com o mal seja desmanchada e que homens e mulheres sejam humilhados, a fim de que venham a conhecer o verdadeiro Senhor e Salvador.
         Caro leitor nossa compreensão do mundo ganha mais luz quando encaramos as palavras usadas pelo Espírito Santo no próprio texto: “...o mundo inteiro jaz no maligno”. Peço que sua atenção seja despertada agora para o termo mundo. Especialmente no evangelho de João vemos com o Espírito de Deus mostra que dois tipos de mundo. Um é o mundo que Deus amou (João 3:16), enquanto que o outro é o mundo que Deus jamais amou. O primeiro trata-se do mundo despertado por Deus e pela mensagem salvadora, a fim de crê no Filho de Deus: “...para que todo o que Nele crê...”, enquanto o outro mundo há de perecer. O amigo leitor deve estar disposto a ver essa real distinção, porquanto a Bíblia mostra essa diferença. Por exemplo em 2 Coríntios Paulo fala acerca do evangelho que ele prega e mostra como a mensagem apresentada por ele tinha para alguns o cheiro de vida, enquanto para outros cheiro de morte para a morte (2 Coríntios 2:16).
         Note bem caro leitor, que é Deus quem faz essa real distinção; que há plena concordância em toda Escritura com o fato que neste mundo há um povo tirado do mundo pela redenção e que agora pertence a Deus, enquanto há um povo deixado no mundo, entregue às paixões e carregado de ódio contra Deus e contra o povo de Deus. Vemos em 1 João que João deixa os crentes em cautela contra aqueles que sorrateiramente penetram nas fileiras cristãs, a fim de destruir a igreja do Senhor, são elementos que jamais nasceram de novo e que por isso não conseguem se abster do mundo e da contaminação da carne.
         Caro leitor, fujamos de encarar este mundo segundo as normas da carne; fujamos de viver sob sentimentalismos baratos e coloquemos nossos pés sobre a Rocha dos séculos e ali firmemos nossa fé. O mundo é constituído de pessoas que espiritualmente estão mortas, por essa razão homens e mulheres jazem no maligno. Mesmo que milhares pareçam religiosos, trabalhadores, honestos e amigos; mesmo que milhares pareçam até mesmo melhores nas atitudes do que muitos crentes, mas o fato é que é Deus quem faz a diferença. Eles não foram justificados; eles não estão em Cristo; eles estão ligados em Adão; eles estão sob condenação; eles estão sob o poder do pecado; eles não foram chamados pelo evangelho, por essa razão estão no mundo e amam o mundo. Mais vale um simples crente; mais importante para Deus é um dos Seus pequeninos servos, do que qualquer mundano, mesmo que pareça muito bom e cheio de aparatos religiosos; mesmo que seja amado e favorecido pelo mundo. O mundo ama o que é do mundo, mas há de odiar o que é de Deus.

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