“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que
é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a
benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO A SI MESMO – TRANSFORMADO:
“...que pratiques a
justiça...”
Caro
leitor, na meditação de ontem procurei mostrar que o justo é infinitamente mais
valioso do que o melhor dos homens mundanos. O mundo traz consigo suas
recompensas para aquilo que produz e que parece tão belo e cheio da santidade
mundana. Os salvos são guardados e protegidos por Deus. Os que foram lavados e
purificados pelo sangue remidor do Cordeiro são vistos por Deus sem qualquer
culpa legal que os condene, mesmo que o mundo os cerque com ferrenhas
acusações. O fato é que a justificação é o fundamento eficazmente eterno que
faz do povo salvo um povo guardado e protegido no amor de Deus. É essa lição
que o Espírito de Deus traz para todos os santos em todos os lugares em Romanos
cap. 8.
Gastei
tempo para explicar essa verdade tão preciosa e oportuna aos meus leitores que
amam verdadeiramente a Palavra de Deus. Estou certo que, quando o evangelho
puro e cristalino é pregado, os homens são retirados dessa atmosfera de engano,
vaidade e escuridão onde o pecado lhes colocou. A verdade do evangelho atrai
homens e mulheres à sobriedade. O mundo é o império das trevas (Colossenses
1:13) e é nesse império que satanás realiza todas as suas façanhas religiosas.
É no mundo que ele consegue encher os corações das multidões de seu tremendo
orgulho e elevar os homens aos pináculos da vanglória.
Caro
leitor, estamos vendo as lições que o Espírito de Deus, por meio da Sua Palavra
nos mostra em Miquéias 6:8. Vemos o que a somente a graça soberana faz no
homem, transformando-o e mostrando os atos da justiça de Cristo em seu viver:
“...que
pratiques a justiça...”. O leitor atento há de perceber que a vida
cristã é pautada na justiça recebida na salvação. O pecador é salvo e
justificado, a fim de exibir no mundo essa perene e gloriosa justiça recebida.
Na figura de linguagem bíblica a justiça aparece como veste de linho
finíssimo (Apocalipse 19:8). Notemos bem que na salvação retiram-se os
trajes imundos do pecador (Isaías 64:6) e o homem é aceito na pura e cândida
justiça de Cristo (2 Coríntios 5:21). Mas, veja bem que na linguagem figurada
de Apocalipse 19:8: “e foi-lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro; pois
o linho fino são as obras justas dos santos”, aparecem as obras justas
dos santos.
É nesse ponto que quero destacar o fato
que a base do viver do crente está na cruz. É quando o pecador conheceu seu
Salvador e Senhor; quando entendeu sua miséria e condenação merecida; quando
soube que foi ali na cruz que Cristo pagou o preço dos nossos pecados,
recebendo ali as torrentes da Ira de Deus em nosso lugar; quando invocou o Nome
do Senhor para ser salvo (Romanos 9:13), então ocorreu a grande mudança. O
velho homem em Adão morreu e nasceu o novo homem em Cristo. Tudo ali ocorreu,
tendo como base a Rocha da salvação. Tudo ali já aconteceu, porquanto foi
selado pelo Espírito (Efésios 1:13); passou a habitar nele o Espírito de Deus
(Atos 11:17); tornou-se filho de Deus pelo novo nascimento (João 1:12) e foi
santificado para viver em santidade. Agora pode andar rumo ao céu!
Digo mais que tudo começou pela fé:
“...de
fé em fé...” (Romanos 1:17). Como toda provisão veio da conquista
suprema e eterna de Cristo na cruz, até mesmo a fé é dada ao pecador. Seus
olhos são abertos pela graça e o perdido passa a ver o que jamais vira. A paz
derivada da cruz toma posse de seu coração (Romanos 5:1), porquanto a culpa foi
retirada; seus olhos espirituais enxergam o caminho livre rumo à glória; o
poder foi dado para andar triunfantemente em plena vitória contra o mundo, a
carne o diabo.
O novo homem nascido do céu (1Pedro
1:3) cheio da justiça de Cristo é exibido perante o mundo. Não há lugar para
hipocrisia, porquanto foi descoberto pela graça. Não há lugar para soberba,
porque foi achado pela misericórdia. Não há lugar para qualquer vaidade, porque
anda em temor, em santa dependência de Deus sob a direção do Pastor (Salmo
23:1).
E você, caro leitor está plenamente
certo que houve esse encontro com o Salvador bendito? Você está plenamente
certo que um dia foi salvo e justificado? Está convicto da paz com Deus
mediante o sangue e não mediante suas obras?
Nenhum comentário:
Postar um comentário