segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A DIFERENÇA ENTRE A IGREJA E O MUNDO (15 de 17)



Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no maligno” (1 João 5:19) O MUNDO EM CONTRASTE COM O POVO DE DEUS: “...e que o mundo inteiro jaz no maligno”.
         Caro leitor, somente o conhecimento cada vez maior da Palavra é que nos habilita a conhecer esse cenário regido pelo príncipe deste mundo. Mesmo os que são crentes carecem de mais luz, caso contrário hão de ser ludibriados pelos ardis daquele que se transfigura em anjo de luz. Sem a visão gloriosa e real das coisas, conforme a verdade revelada, tendemos a acreditar que o mundo é um belo lugar e que os homens não são tão maus assim. Vemos isso acontecendo em nossos dias, especialmente com o avanço das forças ecumênicas e o evangelho socialista e pragmático penetrando nos arraiais que antes eram defensores da fé cristã.
         Mas o fato é que enquanto a igreja de Deus não reconhecer a diferença entre o mundo e o povo crente, o perigo certamente há de nos cercar. Satanás é habilidoso em suas táticas para destruir o testemunho da igreja de Deus na face da terra. Mas a Palavra de Deus mostra a distinção de maneira bem clara e sem qualquer chance de equívoco. A linguagem das Escrituras mostra essa verdade desde o Velho Testamento, usando palavras que exibem esse contraste, como: trevas e luz, trigo e joio, ovelhas e bodes, verdade e mentira, inferno e céu, santidade e impiedade, etc. Quando o povo salvo não se separa do mundo, este certamente há de misturar e jorrar seus venenos religiosos onde deveria haver santidade, pureza, humildade e adoração. A graça de Deus jamais abre espaços para que o povo santo venha a se corromper. Nossa liberdade não é sinônima de libertinagem (Gálatas 5:1), pois somos um povo de um Deus santo, por essa razão devemos ser santos (1 Pedro 1:15-17).
         Caro leitor, munidos da luz que vem do céu conheçamos este mundo. Entremos nessa santa faculdade a fim de olhar esta vida do ponto de vista celestial e não terrena. Que venhamos a lançar fora toda mentalidade secular, mundana e carnal que abriga em nossa carne; que nossos pensamentos sejam celestiais, cheios da esperança da glória! Que vejamos este mundo como um local de guerra, penumbra de tristeza, maldades e destruição. Que não paremos aqui; que sejamos caprichosos em permanecer marchando na nossa jornada rumo ao céu. Que fujamos das atrações perigosas que tanto prendem e arruínam milhares de almas; que sejamos capazes de conhecer as mil formas utilizadas por satanás para manter-se disfarçado; que sejamos como Abraão, cujo coração jamais foi curtido de amor apaixonante por essa vida passageira, pois mesmo tendo toda prosperidade, não rendeu seu coração àquilo que passa como fumaça; que sejamos como Moisés, o qual decidiu passar a vida aqui, unido ao povo de Deus e sofrendo com esse povo, porquanto ansiava obter o verdadeiro e eterno galardão (Hebreus 11).
         Meu caro leitor, o mundo sempre foi e será o que é agora, até que Cristo volte e ponha um ponto final nesse regime de terror e impiedade. Nosso Senhor sempre denunciou esse sistema maligno; nem sequer orou pelo mundo pervertido e corrompido: “...não rogo pelo mundo...” (João 17:9). Nosso Senhor mostrou no cap. 16 de João que o mundo que jaz no maligno será assim odiador de Deus, do Filho de Deus, e que por essa razão odiará o povo crente (João 15:19). Não há como unir o mundo maligno com o povo santo. A igreja de Deus são os vivos na terra, enquanto o mundo são os mortos. O primeiro grupo foi alvo da redenção, enquanto o segundo grupo está condenado. O primeiro grupo é formado daqueles que creem, enquanto o segundo grupo é constituído de que não creem no Senhor (João 16:9).
         Termino esta página para afirmar que não há meio termo; ou pertence a Cristo, ou é do mundo; ou é da luz e segue a luz, ou é das trevas e tropeça na escuridão deste império. Somente Cristo pode libertar o homem desse covil maligno; somente Cristo pode arrancar pecadores desse reino homicida e cruel.

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