John Wesley
“Quando jejuardes,
não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com
o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já
receberam a recompensa. Tu , porém, quando jejuares, unge a cabeça e lava o
rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em
secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mateus 6:16-18)
CONCLUSÃO
5. ...Sim, que nossa tristeza, de espécie
piedosa, de espécie piedosa, opere em nós o mesmo arrependimento interno e
externo; a mesma inteira mudança de coração, renovado segundo a imagem de Deus,
em justiça e verdadeira santidade; e igual mudança de vida, até que sejamos
santos como Deus é santo, em toda maneira de conversação. Opera ela em nós o
mesmo cuidado de sermos achados no Senhor, sem mácula e sem culpa; a mesma
pureza, atentada menos por nossas palavras do que por nossas vidas, pela nossa
abstenção de toda aparência do mal; a mesma indignação, o u veemente
aborrecimento de todo pecado; o mesmo temor de nossos corações decepcionantes;
o mesmo desejo de em todas as coisas nos conformarmos à santa e aceitável vontade
de Deus; o mesmo zelo por tudo quanto possa ser instrumento de Sua glória e de
nosso crescimento no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo; e a mesma
oposição a Satanás e a todas as suas obras, contra toda corrupção da carne e do
espírito (2 Coríntios 7:9 e seguintes).
6. Juntemos ao jejum, em todos os tempos,
nossas orações fervorosas, derramando nossa alma inteira diante de Deus,
confessando nossos pecados em todas as suas agravantes, humilhando-nos debaixo
de Sua mão poderosa, pondo diante Dele todas as nossas lacunas, todas as nossas
culpas e toda a nossa desesperança. Essa é a época de alongarmos nossas
orações, em nosso proveito e o bem de nossos irmãos. Lamentemos agora os
pecados de nosso povo e clamemos forte pela cidade de nosso Deus, para que o
Senhor reconstrua Sião e faça de novo brilhar Sua face sobre suas desolações.
Assim – temo-lo observado – faziam os homens de Deus, nos velhos tempos, sempre
consorciando oração e jejum; assim fizeram os apóstolos, em todas as passagens
acima citadas; assim nosso Senhor os reúne no discurso presente.
7. Resta somente, para que nossa observância
de um tal jejum seja aceitável ao Senhor, que a ele adicionemos esmolas, obras
de misericórdia, segundo nossas posses, tanto em benefício do corpo, como em
proveito da alma de nosso próximo. “Com
tais sacrifícios” também “Deus se
agrada”. Assim o declarou o anjo a Cornélio, jejuando ele e orando em sua
casa: “Tuas orações e tuas esmolas
subiram para lembrança diante de Deus” (Atos 10:4). Assim o declara
expressa e francamente o próprio Deus: “Acaso
não é antes esse o jejum que eu escolhi? Rompe as ligaduras da impiedade,
desata os feixinhos que deprimem, deixa ir livres aqueles que estão
quebrantados, e rompe toda a carga. Parte o teu pão com o que tem fome, e
introduze em tua casa os pobres e os peregrinos; quando vires o nu, cobre-o e
não desprezes a tua carne. Então romperá a tua luz como a aurora, e a tua saúde
mais depressa nascerá, e a tua justiça irá diante de tua face, e a glória do
Senhor te recolherá. Então invocarás tu o Senhor, e Ele te atenderá; tu
clamarás, a Ele, e Ele te dirá: Eis-me aqui. Se”, quando jejuares, “esvaziares a tua alma para o faminto e
satisfizeres a alma aflita, então se levantará tua luz na obscuridade e tuas
trevas tornar-se-ão como o meio-dia. E o Senhor te guiará continuamente, e
encherá os teus ossos, e serás como um jardim de regadio, e como uma fonte de
águas, cujas águas jamais faltarão” (Isaías 58:6 e seguintes).
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