sexta-feira, 19 de setembro de 2014

ACERCA DO JEJUM (12 de 12)



John Wesley     
Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu , porém, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mateus 6:16-18)
CONCLUSÃO
         5.      ...Sim, que nossa tristeza, de espécie piedosa, de espécie piedosa, opere em nós o mesmo arrependimento interno e externo; a mesma inteira mudança de coração, renovado segundo a imagem de Deus, em justiça e verdadeira santidade; e igual mudança de vida, até que sejamos santos como Deus é santo, em toda maneira de conversação. Opera ela em nós o mesmo cuidado de sermos achados no Senhor, sem mácula e sem culpa; a mesma pureza, atentada menos por nossas palavras do que por nossas vidas, pela nossa abstenção de toda aparência do mal; a mesma indignação, o u veemente aborrecimento de todo pecado; o mesmo temor de nossos corações decepcionantes; o mesmo desejo de em todas as coisas nos conformarmos à santa e aceitável vontade de Deus; o mesmo zelo por tudo quanto possa ser instrumento de Sua glória e de nosso crescimento no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo; e a mesma oposição a Satanás e a todas as suas obras, contra toda corrupção da carne e do espírito (2 Coríntios 7:9 e seguintes).
         6.      Juntemos ao jejum, em todos os tempos, nossas orações fervorosas, derramando nossa alma inteira diante de Deus, confessando nossos pecados em todas as suas agravantes, humilhando-nos debaixo de Sua mão poderosa, pondo diante Dele todas as nossas lacunas, todas as nossas culpas e toda a nossa desesperança. Essa é a época de alongarmos nossas orações, em nosso proveito e o bem de nossos irmãos. Lamentemos agora os pecados de nosso povo e clamemos forte pela cidade de nosso Deus, para que o Senhor reconstrua Sião e faça de novo brilhar Sua face sobre suas desolações. Assim – temo-lo observado – faziam os homens de Deus, nos velhos tempos, sempre consorciando oração e jejum; assim fizeram os apóstolos, em todas as passagens acima citadas; assim nosso Senhor os reúne no discurso presente.
         7.      Resta somente, para que nossa observância de um tal jejum seja aceitável ao Senhor, que a ele adicionemos esmolas, obras de misericórdia, segundo nossas posses, tanto em benefício do corpo, como em proveito da alma de nosso próximo. “Com tais sacrifícios” também “Deus se agrada”. Assim o declarou o anjo a Cornélio, jejuando ele e orando em sua casa: “Tuas orações e tuas esmolas subiram para lembrança diante de Deus” (Atos 10:4). Assim o declara expressa e francamente o próprio Deus: “Acaso não é antes esse o jejum que eu escolhi? Rompe as ligaduras da impiedade, desata os feixinhos que deprimem, deixa ir livres aqueles que estão quebrantados, e rompe toda a carga. Parte o teu pão com o que tem fome, e introduze em tua casa os pobres e os peregrinos; quando vires o nu, cobre-o e não desprezes a tua carne. Então romperá a tua luz como a aurora, e a tua saúde mais depressa nascerá, e a tua justiça irá diante de tua face, e a glória do Senhor te recolherá. Então invocarás tu o Senhor, e Ele te atenderá; tu clamarás, a Ele, e Ele te dirá: Eis-me aqui. Se”, quando jejuares, “esvaziares a tua alma para o faminto e satisfizeres a alma aflita, então se levantará tua luz na obscuridade e tuas trevas tornar-se-ão como o meio-dia. E o Senhor te guiará continuamente, e encherá os teus ossos, e serás como um jardim de regadio, e como uma fonte de águas, cujas águas jamais faltarão” (Isaías 58:6 e seguintes).





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