quinta-feira, 8 de maio de 2014

SALMO 23 (7) Spurgeon






Tu estás comigo. Conheces a doçura, a segurança, a força do “Tu estás comigo? Quando vemos vir a hora solene da morte, quando a alma está disposta a deter-se e perguntar: O que será?, podemos voltar-nos no afeto da nossa alma para Deus e dizer: “Não há nada na morte que possa danificar-me se o Teu amor não me deixar”. Podes dizer: “Oh morte!, onde está o teu aguilhão?
Diz-se que quando uma abelha deixa o seu ferrão em alguém já não tem mais poder para danificar. A morte deixou o seu aguilhão na humanidade de Cristo e já não tem poder para danificar o filho de Deus. A vitória de Cristo sobre o sepulcro é a vitória do Seu povo. “Neste momento estou contigo” -sussurra Cristo, “o mesmo braço que se mostrou forte e fiel com durante o caminho pelo deserto, que nunca falhou em nenhuma vez em que tu te apoiaste nele na tua debilidade.”
A tua vara e o teu cajado me consolam. Muitas pessoas dizem receber muito consolo da esperança de que não terão de morrer. Certamente haverá alguns que estarão “vivos e terão permanecido” até a vinda do Senhor, mas há tanta vantagem neste escapar da morte, para fazer disso o objeto do desejo do Cristão?
Um sábio pode preferir, entre os dois, o morrer, porque os que não tenham de morrer, pois que “arrebatados com o Senhor no ar”, vão pelo contrário perder mais que ganhar. Vão perder a real comunhão com Cristo no sepulcro, como fruem os santos que aqui morrem, e é-nos dito de modo expresso que não haverá preferência com respeito aos que estejam adormecidos.
Sejamos da opinião do Paulo e digamos que “o morrer é ganho”, e pensemos que “o partir e estar com Cristo é muito melhor”. Este Salmo 23 não está gasto, e é tão doce ao ouvido do Cristão agora como o era no tempo de David; que digam o que quiserem os amantes da novidade. C. H. S.
Não muito antes de morrer bendisse a Deus pela segurança do Seu amor, e disse que agora podia morrer tão facilmente como fechar os olhos; e acrescentou: “Aqui estou desejando o silêncio do pó e gozar de Cristo na glória. Desejo estar nos braços de Jesus. Não vale a pena que chorem por mim” Logo, recordando o quão ocupado com ele, tinha estado o diabo, que estava extremamente agradecido a Deus pela Sua bondade ao repreendê-lo..
Verso 4. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Quando a Sra. Hervey, a esposa de um missionário em Bombaim, estava morrendo, um amigo disse-lhe a ela, que ele esperava que o Salvador estaria com ela enquanto ela caminhasse pelo escuro vale da sombra da morte. “Se isto,” disse ela, “é o vale escuro, não há aqui pitada de escuridão; tudo é luz.” Ela teve, durante a maior parte da sua doença, visões brilhantes das perfeições de Deus. “A Sua sublime santidade,” disse ela, “pareceu-me ser o mais adorável de todos os Seus atributos.” Por algum tempo, ela disse que ela quis palavras para expressar as suas visões da glória e majestade de Cristo. “Parece,” disse ela, “que se toda aquela outra glória fosse aniquilada e nada ficasse, senão Ele só, seria suficiente; seria um universo de glória!”

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