Tu estás comigo. Conheces a doçura, a segurança, a força do “Tu estás comigo?
Quando vemos vir a hora solene da morte, quando a alma está disposta a deter-se
e perguntar: O que será?, podemos voltar-nos no afeto da nossa alma para Deus e
dizer: “Não há nada na morte que possa danificar-me se o Teu amor não me
deixar”. Podes dizer: “Oh morte!, onde está o teu aguilhão?”
Diz-se
que quando uma abelha deixa o seu ferrão em alguém já não tem mais poder para
danificar. A morte deixou o seu aguilhão na humanidade de Cristo e já não tem
poder para danificar o filho de Deus. A vitória de Cristo sobre o sepulcro é a
vitória do Seu povo. “Neste momento estou contigo” -sussurra Cristo, “o mesmo
braço que se mostrou forte e fiel com durante o caminho pelo deserto, que nunca
falhou em nenhuma vez em que tu te apoiaste nele na tua debilidade.”
A tua vara e o teu cajado me consolam. Muitas pessoas dizem receber
muito consolo da esperança de que não terão de morrer. Certamente haverá alguns
que estarão “vivos e terão permanecido” até a vinda do Senhor,
mas há tanta vantagem neste escapar da morte, para fazer disso o objeto do
desejo do Cristão?
Um sábio
pode preferir, entre os dois, o morrer, porque os que não tenham de morrer,
pois que “arrebatados com o Senhor no ar”, vão pelo contrário
perder mais que ganhar. Vão perder a real comunhão com Cristo no sepulcro, como
fruem os santos que aqui morrem, e é-nos dito de modo expresso que não haverá
preferência com respeito aos que estejam adormecidos.
Sejamos
da opinião do Paulo e digamos que “o morrer é ganho”, e pensemos
que “o partir e estar com Cristo é muito melhor”. Este Salmo 23
não está gasto, e é tão doce ao ouvido do Cristão agora como o era no tempo de
David; que digam o que quiserem os amantes da novidade. C. H. S.
Não muito
antes de morrer bendisse a Deus pela segurança do Seu amor, e disse que agora
podia morrer tão facilmente como fechar os olhos; e acrescentou: “Aqui estou
desejando o silêncio do pó e gozar de Cristo na glória. Desejo estar nos braços
de Jesus. Não vale a pena que chorem por mim” Logo, recordando o quão ocupado
com ele, tinha estado o diabo, que estava extremamente agradecido a Deus pela
Sua bondade ao repreendê-lo..
Verso 4. Ainda que eu andasse pelo
vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua
vara e o teu cajado me consolam. Quando a Sra. Hervey, a esposa de um
missionário em Bombaim, estava morrendo, um amigo disse-lhe a ela, que ele
esperava que o Salvador estaria com ela enquanto ela caminhasse pelo escuro vale
da sombra da morte. “Se isto,” disse ela, “é o vale escuro, não há aqui
pitada de escuridão; tudo é luz.” Ela teve, durante a maior parte da sua
doença, visões brilhantes das perfeições de Deus. “A Sua sublime santidade,”
disse ela, “pareceu-me ser o mais adorável de todos os Seus atributos.” Por
algum tempo, ela disse que ela quis palavras para expressar as suas visões da
glória e majestade de Cristo. “Parece,” disse ela, “que se toda aquela outra
glória fosse aniquilada e nada ficasse, senão Ele só, seria suficiente; seria
um universo de glória!”
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