“Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o
Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
Prezado
amigo é quando a Espada do Espírito corta o coração e revela o reinado cruel do
pecado, que os homens correm em busca do Salvador bendito. Quando os homens
conhecem a profundidade do poço da perdição onde o peso da iniqüidade os detém,
então eles clamam e invocam o Nome do Senhor para serem salvos. Onde o Rei da
Glória entra cessa o reinado maligno do pecado no coração, porquanto Cristo
jamais se associará com a iniqüidade abrigada no coração orgulhoso e rebelde.
Visto
que tudo o que dantes fora escrito, para nosso ensino foi escrito, prossigamos
vendo como foi que o pecado cometido por Ruben dominou-o o resto da sua vida,
trazendo amargura e abatimento. Seu delito corrompeu toda capacidade de liderar
com vigor, amor e coragem seus irmãos e o respeito que seu pai deveria ter por
ele. Tudo foi jogado fora como lixo, por causa de um prazer momentâneo: “Sabei
que vosso pecado vos há de achar!”.
Prossigamos
vemos até onde Ruben curtiu os tristes resultados de sua vida; onde a sua
transgressão o lançou. A sua função de chefe, responsável pela família perante
seu pai caiu em descrédito e isso é visto quando deixou Simeão preso no Egito e
voltou com os outros para Canaã. Como enfrentaria a face do seu velho pai? Como
explicar-lhe que o governador do Egito requeria que eles voltassem trazendo o
irmão mais novo? Ruben estava encrencado, porque sabia que enfrentaria tremenda
oposição do seu pai. Benjamin era o preferido de Jacó, o que agora ocupava o
lugar de José. Ruben estava aprisionado entre duas muralhas, atrás dele estava
o governador do Egito – José; à sua frente estava seu velho e sofrido pai. O
que fazer?
Quando
os 9 homens postaram perante seu pai puderam ver em que encrenca estavam
metidos. Como fazer aquele homem acreditar que Benjamin seria trazido de volta?
Quem entraria como fiador? Agora a voz do primogênito entra em ação, mas quem
estava perante Jacó? Que tipo de homem era aquele? Ele fora alguém de
confiança? Não! A lembrança da sua atitude abominável pairava sobre a mente de
Jacó. Eis as palavras que saíram da boca de Ruben: “...Mata os meus
dois filhos, se eu to não tornar a trazer; entrega-o em minha mão, e to
tornarei a trazer” (Gênesis 42:37). Palavras de um verdadeiro covarde, de um
perfeito egoísta, indigno de qualquer confiança! Como Jacó poderia confiar num
homem como esse? Foi nesse momento que Judá entrou para ser o homem certo,
alguém que gerou confiança imediatamente em seu pai: “Eu serei fiador por ele;
da minha mão o requererás. Se eu to não trouxer, e o não puser diante de ti,
serei réu de crime para contigo para sempre” (Gênesis 43:9).
Por
fim, chegou o momento mais amargo, que mostra como o pecado humilha e avilta o
homem. Era o momento final para Jacó, a morte o tiraria da companhia de seus
filhos. Ele assenta-se em seu leito e começa a dar as bênçãos aos 12 filhos.
Obviamente começa por Ruben, mas terá alguma benção para ele? Eis as palavras
que saem da boca daquele homem de Deus: “Rúben, tu és meu primogênito...
Descomedido como a água, não reterás a preeminência; porquanto subiste ao leito
de teu pai; então o contaminaste. Sim, ele subiu à minha cama” (Gênesis
49:3,4). Que momento atroz para Ruben! Seu pecado o perseguiu terrivelmente!
Ele agora ficou sabendo que seu ato era conhecido e odiado! “Sabei que o vosso
pecado vos há de achar!”.
Meu
amigo, não esconda suas iniqüidades! Não fique brincando de religioso, achando
que o tempo e as atividades vão apagar a maldade! Confesse tudo ao Senhor em
profundo quebrantamento, assim você terá o perdão mediante o sangue purificador
do Filho de Deus! Do contrário, certamente ouvirá Dele naquele dia:
“Apartai-vos de mim!”.
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