“Mas
os ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas
lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus”
(Isaías 57:20,21)
Caro leitor
perscrutemos juntos essa declaração do Senhor acerca da condição do ímpio: “Para
os ímpios, diz o meu Deus, não há paz”. Não esqueçamos que o pano de
fundo desse texto é um povo judeu carregado de religiosidade humanista e
carnal, cheia de atividade proveniente de um judaísmo sem base, equivocado e
bem elaborado por homens pervertidos, usando a lei de Deus insensatamente. É
nesse ambiente de rebelião e de enganoso do pecado que Deus afirma: “...para
os ímpios, diz o meu Deus, não há paz”.
Caro leitor as coisas
não mudaram com o tempo, pois os ímpios são os mesmos, especialmente em nossos
dias quando vemos o comando da apostasia nos corações de homens e mulheres
dentro e fora da igreja. Meu esforço nesses comentários tem como propósito
mostrar como se processa uma busca pela paz por aqueles que são religiosos. Não
há um ambiente mais favorável para que os ímpios montem seus equipamentos de
paz. Assim como uma ave busca o lugar
próprio para montar seu ninho, assim os ímpios acham na religião o lugar mais
favorável na tentativa de erguer uma fortificação da paz em torno do seu
coração. É numa igreja, num caloroso ambiente aparentemente espiritual que os
ímpios procuram lavar suas mãos e seu seus pés com as sujas águas da justiça
própria (Isaías 64:6), assim como na Índia homens e mulheres tentam em vão
purificar de seus pecados no imundo rio Ganges.
Como posso ajudar
leitores enganados, a fim de que fujam desse perigo tão letal às suas almas?
Estou certo que minhas tentativas não serão frustradas, pois almejo que meus
leitores encarem a verdade como a Palavra de Deus nos mostra. Ó, quão venenosa
é essa paz! É melhor uma picada de víbora do que ser iludido no coração por uma
paz fomentada pelo mundo e trabalhada pela arte de um coração tão enganoso e
enganado! Caro leitor, não há pluralidade de paz nas Escrituras; não há opções
de escolhas, não é algo facultativo. Só há uma paz, a paz com Deus, fora dessa
real plenitude que deriva do coração gracioso do Senhor tudo é venenoso e
salgado com o tempero do diabo e da morte.
Então, a justiça
própria manifesta-se decentemente bem trajada nas atividades religiosas. Ela
aparece dinâmica, forte, espiritual, zelosa e disposta a sacrificar-se. Essa
paz tão bem vestida e tão bem decorada com os adornos de oração e versos
bíblicos consegue manter o coração oculto e suas disposições para o mal, bem
guardados no íntimo. Por fora parece estar em paz com Deus, mas a realidade é
que está em paz com os homens e há uma felicidade nessa paz, porquanto será
vista pelos homens como algo real. Haverá também muitos que cimentarão essa paz
e fortalecerão ainda mais algo que não foi proveniente da cruz.
Caro leitor, como
posso ajudar-lhe a compreender melhor, que essa paz não passa de ser uma
impressão de bem-estar? Se a paz não tiver o firme fundamento da cruz, baseada
na fé que confessou seus pecados e que invocou o Nome do Senhor para a salvação
(Romanos 10:13), certamente não suportará as pressões do mundo e da carne. No
íntimo as águas turbulentas do coração fazem com que as paredes externas
comecem a entrar em colapso; por fora os ventos mundanos ameaçam destruir tudo
aquilo que fora construído pelos homens e não por Deus; do alto vêm as águas da
ira de Deus que a tudo inundam, trazendo os terrores eternos.
Como posso dar calma
ao tumultuoso e catastrófico coração do ímpio? Como posso esconder alguém que
tenta correr de Deus, porque quer manter-se preso àquilo que o Senhor tanto
odeia – seus pecados? Ora, o ímpio rei Acabe tentou ludibriar Deus, mas
esqueceu-se que o Senhor é Herói de guerra (1 Reis 22). Não há paz fora do
sangue remidor! Não há felicidade, bem-aventurança e real descanso fora da obra
propiciadora do Filho de Deus! Portanto, eis que o Rei dos reis e Senhor dos
senhores anuncia a todos, homens e mulheres que agora mesmo venham reconciliar
com Ele! Tudo foi feito pelo Filho de Deus ali na cruz; tudo foi conquistado
para dar alívio eterno à alma conturbada pelo pecado!
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