quarta-feira, 28 de maio de 2014

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (14)




Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
        Prezado leitor, com alegria em meu coração comunico este tema aos corações que levam a Palavra de Deus a sério. Mesmo que o mundo mudou e os homens estão cercados do conforto tecnológico, o pecado, entretanto não mudou e o coração do homem continua sendo enganoso e cruel desde sua queda em Adão. A revelação bíblica não deixa que esse inimigo fique escondido sob os trajes desta época tão sofisticada e culta.
         Chamo sua atenção para a vida do primeiro rei de Israel. Saul foi o homem escolhido segundo o espírito democrático de Israel. A nação acabara de vencer o domínio cruel dos filisteus com uma maravilhosa demonstração do absoluto poder de Deus sobre esses inimigos (1Samuel 7). Respirando a liberdade tão almejada, eis que os conselheiros da nação decidem não honrar o Senhor, não demonstrar humilde gratidão e submissão ao Deus que os libertou da mão do inimigo, mas sim buscar um rei segundo o molde das nações (1Samuel 8:5). Eles queriam a liderança humana e não teocrática! Decisão insensata! Qual a resposta de Deus ao povo? O que eles queriam era um rei humano e não o reinado do Deus que por tantos anos provou Seu amor, cuidado e proteção. É essa a atitude do coração natural e rebelde do ser humano contra o Deus da bíblia. Prefere a miséria a subordinar-se ao reinado de Cristo, o Rei da Glória.
          A resposta veio imediatamente para a alegria da nação. Queriam um rei? Eis aí o homem! Quem?  Dei-te um rei na minha ira, e tirei-o no meu furor” (Oséias 13:11). Foi um homem segundo o coração de Deus? Absolutamente, não! Eles olhavam para a aparência, não para o coração, por isso Deus apresentou SAUL: “...jovem e tão belo que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo de que ele; desde os ombros para cima sobressaía em altura a todo o povo” (1Samuel 9:2). Doravante vão curtir um reinado maravilhoso? Não! Vão ter um homem de Deus à frente da nação? Não! No início parecia que tudo seria belo e encantador nesse novo cenário político, mas não demorou muito para que Saul revelasse que não passava de um ímpio. Em seu coração não reinava o Senhor; seu amor não era obediente às ordens daquele que do céu cuidava e zelava do Seu povo. Saul era segundo o coração do povo, mas não segundo o coração de Deus.
         No princípio do reinado de Saul tudo funcionou maravilhosamente bem. O Espírito de Deus o tomou para realizar grandes feitos contra os inimigos. Porém, aos poucos Saul foi revelando seu coração rebelde, invejoso e acima de tudo ímpio. As vitórias de Saul foram conquistadas por causa da presença de fé de um dos filhos dele - Jônatas. Deus preservou na família de Saul uma testemunha fiel, ali tinha um homem segundo o coração de Deus, e Jônatas provou isso na incrível vitória conquistada contra os filisteus (cap.14). No reino de Deus as obras da carne não funcionam. No serviço do Senhor somente a fé prevalece, porque a fé milita conforme a força de Deus e Deus se agrada da fé. E onde a fé e a incredulidade se cruzam o perigo imediatamente aparece, porque a incredulidade não tolera a fé, nem a fé se curva perante a incredulidade. Não fosse a intervenção divina Saul teria levantado a mão para matar seu próprio filho (1Samuel 14:44).  A partir dessa ocasião o pecado da inveja e do ciúme começou a corroer a alma de Saul. O seu pecado lhe perseguiu até a morte. Nunca houve um momento de um verdadeiro quebrantamento, de subordinação perante Deus, mas o pecado de Saul levou-o de roldão, de maldade a maldade, de erros após erros, de engano após engano e finalmente deparou-se com um triste fim (1Samuel 31).
         Prezado amigo, bendito o homem que se achega a Deus humilhado, porque Ele é o Deus houve corações quebrantados: “...mas eis para quem olharei: para o humilde e contrito de espírito, que treme da minha palavra” (Isaías 66:2).

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