“Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o
Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
Prezado
leitor, com alegria em meu coração comunico este tema aos corações que levam a
Palavra de Deus a sério. Mesmo que o mundo mudou e os homens estão cercados do
conforto tecnológico, o pecado, entretanto não mudou e o coração do homem
continua sendo enganoso e cruel desde sua queda em Adão. A revelação bíblica
não deixa que esse inimigo fique escondido sob os trajes desta época tão
sofisticada e culta.
Chamo
sua atenção para a vida do primeiro rei de Israel. Saul foi o homem escolhido
segundo o espírito democrático de Israel. A nação acabara de vencer o domínio
cruel dos filisteus com uma maravilhosa demonstração do absoluto poder de Deus
sobre esses inimigos (1Samuel 7). Respirando a liberdade tão almejada, eis que
os conselheiros da nação decidem não honrar o Senhor, não demonstrar humilde
gratidão e submissão ao Deus que os libertou da mão do inimigo, mas sim buscar
um rei segundo o molde das nações (1Samuel 8:5). Eles queriam a liderança
humana e não teocrática! Decisão insensata! Qual a resposta de Deus ao povo? O
que eles queriam era um rei humano e não o reinado do Deus que por tantos anos
provou Seu amor, cuidado e proteção. É essa a atitude do coração natural e
rebelde do ser humano contra o Deus da bíblia. Prefere a miséria a
subordinar-se ao reinado de Cristo, o Rei da Glória.
A resposta veio imediatamente para a alegria
da nação. Queriam um rei? Eis aí o homem! Quem?
“Dei-te um rei na minha ira, e tirei-o no meu furor”
(Oséias 13:11). Foi um homem segundo o coração de Deus?
Absolutamente, não! Eles olhavam para a aparência, não para o coração, por isso
Deus apresentou SAUL: “...jovem e tão belo que entre os filhos de
Israel não havia outro homem mais belo de que ele; desde os ombros para cima
sobressaía em altura a todo o povo” (1Samuel 9:2). Doravante vão curtir um
reinado maravilhoso? Não! Vão ter um homem de Deus à frente da nação? Não! No
início parecia que tudo seria belo e encantador nesse novo cenário político,
mas não demorou muito para que Saul revelasse que não passava de um ímpio. Em
seu coração não reinava o Senhor; seu amor não era obediente às ordens daquele
que do céu cuidava e zelava do Seu povo. Saul era segundo o coração do povo,
mas não segundo o coração de Deus.
No
princípio do reinado de Saul tudo funcionou maravilhosamente bem. O Espírito de
Deus o tomou para realizar grandes feitos contra os inimigos. Porém, aos poucos
Saul foi revelando seu coração rebelde, invejoso e acima de tudo ímpio. As
vitórias de Saul foram conquistadas por causa da presença de fé de um dos
filhos dele - Jônatas. Deus preservou na família de Saul uma testemunha fiel,
ali tinha um homem segundo o coração de Deus, e Jônatas provou isso na incrível
vitória conquistada contra os filisteus (cap.14). No reino de Deus as obras da
carne não funcionam. No serviço do Senhor somente a fé prevalece, porque a fé
milita conforme a força de Deus e Deus se agrada da fé. E onde a fé e a
incredulidade se cruzam o perigo imediatamente aparece, porque a incredulidade
não tolera a fé, nem a fé se curva perante a incredulidade. Não fosse a
intervenção divina Saul teria levantado a mão para matar seu próprio filho
(1Samuel 14:44). A partir dessa ocasião
o pecado da inveja e do ciúme começou a corroer a alma de Saul. O seu pecado
lhe perseguiu até a morte. Nunca houve um momento de um verdadeiro
quebrantamento, de subordinação perante Deus, mas o pecado de Saul levou-o de
roldão, de maldade a maldade, de erros após erros, de engano após engano e
finalmente deparou-se com um triste fim (1Samuel 31).
Prezado
amigo, bendito o homem que se achega a Deus humilhado, porque Ele é o Deus
houve corações quebrantados: “...mas eis para quem olharei: para o humilde e
contrito de espírito, que treme da minha palavra” (Isaías 66:2).
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