“Por isso, quem crê no
filho tem a vida eterna; o que todavia, se mantém rebelde contra o filho, não
verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”. João 3:36.
Na meditação anterior
procurei esclarecer o que não é a verdadeira fé. O texto em João afirma que é
aquele que crê que tem a vida eterna. A pergunta é esta: “Quem é a pessoa que
possui a nova vida, vida gerada nele por obra do Espírito Santo e da Palavra? A
resposta é esta: “É aquele que crê”. Essa pessoa é uma nova criatura; possui a
vida celestial. A vida cristã tem início na fé e continua na fé. É
completamente incoerente alguém afirmar: “Eu era crente, mas agora não sou
mais”; não existe tal linguagem nas Escrituras. Ora, um peixe nasce dentro da
água e vai viver na água, pois ali é seu habitat. Um filhote de águia nascerá
como uma águia, terá asas de águia e logo terá que aprender a sobrevoar as
alturas, pois isso é normal para as águias.
Amigo,
a verdadeira fé dá início à vida cristã, e o que será depois disso? Vai
continuar a viver a viver na fé. Deu-se início a vida cristã, e aquela pessoa é
chamada de crente, ela nasceu do alto. No meio desse caos, dessa confusão que
hoje existe, é mister que o amigo entenda qual é a verdade sobre a fé
verdadeira. No estudo de ontem afirmei que a fé é algo natural, isto é, não
produzida pela natureza humana. Alguém pode afirmar: “Eu sempre fui uma pessoa
que teve muita fé”, mas não é a verdadeira. Na carta de Judas, o penúltimo
livro, o Espírito Santo afirma: “A fé que de uma vez por todas foi entregue aos
Santos”. Em Hebreus 12, o Espírito Santo fala a respeito do Senhor Jesus, que
Ele é o Autor e Consumador da fé.
Você
meu amigo, pode afirmar ser uma pessoa de muita fé porque nasceu numa família
de crentes, porque freqüenta uma igreja, porque foi batizado, porque ora, ou
mesmo porque sente a presença de Deus. Essa não é a fé que está pautada nas
Escrituras. Tal fé é uma escritura que não tem a assinatura do todo poderoso.
Essa fé mantém o pecador ainda longe, afastado da glória de Deus, na dúvida,
segurando em galhos podres, sem paz no íntimo. A sua fé não tem base, não tem
alicerce e logo a casa vai desmoronar. É um barco que está furado. Sua
confiança estará sempre depositada no homem, e maldito o homem que confia no
homem. A sua fé é apenas algo produzido por sua natureza. É do homem, então
morrerá com o homem; “o que é da terra é terreno”.
É
importante examinar-se a si mesmo à luz das Escrituras Sagradas. Diante dessa
realidade, é importante saber o que é a fé verdadeira. Em primeiro lugar é bom
frisar que a fé genuína que introduz o pecador na vida cristã, é operada no
coração do pecador pelo Espírito Santo e pela Palavra. Em Efésios 2:8 é dito
que a fé é um dom de Deus. Se sua fé não foi produzida pelo ministério conjunto
do Espírito Santo e da Palavra, então a sua fé não é fé, mas incredulidade. Em
Romanos 10:17. O Espírito Santo afirma: “A fé vem pelo ouvir da Palavra”. Vamos
pois deixar o assunto bem esclarecido. Quando é que o pecador possui a fé
Celestial deixar o assunto bem esclarecido. Quando é que o pecador possui a fé
Celestial oras, começa logicamente com o arrependimento. É quando o pecador se
vê a si mesmo como um condenado. Quando ele vê o seu pecado; a grandeza de sua
culpa; a realidade de sua miséria. A corda da misericórdia de Deus só é atirada
ao pecador que se vê afundando no pecado. E é quando o homem se vê perdido é
que anseia por salvação.
Moody,
um dos grandes evangelistas do passado, estava visitando uma prisão de 50
celas, e todas as celas estavam ocupadas. Ele foi passando cela por cela, e em
cada uma perguntava: “Amigo, por que você está preso?” A resposta era sempre a
mesma: “Eu não sei porque estou, nada fiz de errado”. Aquele homem de Deus orou
ao Senhor: “Ó Deus, permita que eu ache pelo menos um pecador culpado”. Quando
chegou à última cela, estava ali um homem completamente arrasado, deprimido,
angustiado. O servo de Deus perguntou-lhe: “Amigo, por que está preso?” Aquele
homem nem ousava olhar no rosto do evangelista. Sua resposta foi: “Eu estou
aqui porque mereço, porque sou culpado; minhas mãos estão manchadas...”. Moody,
naquele momento, orou ao Senhor agradecendo-lhe: “Ó Deus, obrigado por ter
achado um pecador arrependido. Em seguida, pedindo permissão, entrou na cela e
ali, pôde levar aquele homem aos pés do
Salvador.
Amigo,
a fé nasce com o arrependimento. O arrependimento é como a dor e a fé é a
atitude de buscar o remédio para solucionar o problema da dor. Essa é a fé que
é apresentada nas escrituras. Meu amigo, você nunca jamais entenderá a
linguagem das Escrituras enquanto não experimenta a obra do arrependimento. O
arrependimento proveniente de Deus prostra o pecador completamente. Ele vê a si
mesmo através da lei, pois a lei de Deus condena o melhor entre os homens. Ele
clama no íntimo: “Miserável homem que eu sou; quem me livrará do corpo desta
morte?”. Ah meu amigo! Enquanto não houver arrependimento, o pecador é o que é,
a velha criatura, o velho homem, amante de si mesmo, cheio de si, carregado de
paixões, inimigo do Deus Vivo, seguindo o seu próprio caminho, é uma ovelha sem
pastor, extraviada.
A
pessoa que nunca conheceu o genuíno arrependimento para a vida, jamais verá a
atuação da graça salvadora. Ele vai tentar formular os seus próprios meios; vai
tentar fabricar a sua própria salvação. A sua religiosidade será apenas um meio
de encobrir a sua culpa. Ele vai querer estar num lugar onde ele poderá fazer
alguma coisa para tentar chegar ao céu. Nunca jamais entenderá o que é salvação
da condenação eterna; poderá até abraçar a idéia de receber Jesus, e vai até
dizer que tem Jesus, que Jesus lhe salvou, mas vai depender de seus esforços
para tentar segurar tal salvação com receio de perder.
Amigo
leitor, qual o propósito desta meditação, senão que você conheça a sua
situação. É dramática a situação do pecador, longe do Deus Vivo, sem a
verdadeira vida. Em profunda atitude de humildade, agora mesmo procure conhecer
a sua real situação. Não fique se escondendo atrás de suas desculpas; permita
que o Espírito Santo derrube as muralhas da arrogância, da religiosidade. Qual
é a sua situação, meu amigo? Já foi visitado pelo Espírito Santo? Já foi
convencido de sua miséria, de seu total desamparo? Já soube no íntimo que é
merecedor do inferno e do lago de fogo? Já foi levado aos pés do Salvador, ali
prostrado e recebeu o seu perdão; bebeu da água da vida; foi feito uma nova
criatura? Teve nojo do caminho da perdição no qual estava andando mesmo que não
tivesse cometido horrorosos pecados, mas estava ciente de seu caminho, apesar
de aparentemente ser bonito e atraente, era o caminho da perdição, o caminho no
qual milhares estão andando.
Veja
agora a sua situação diante Daquele que não se deixa ser levado pela aparência
de homem nem pelo engano do coração. Se realmente sente agora o vazia, o medo,
a falta de paz, está convicto que ainda não foi salvo, então, o Espírito Santo
está operando a verdadeira fé no seu íntimo. A graça de Deus pode te alcançar
agora mesmo; é somente pedir que o Senhor lhe salve agora. Sim, agora mesmo
peça ao Senhor que apague as suas transgressões. Essa é a pessoa que o Senhor
veio buscar e salvar.
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