sexta-feira, 30 de maio de 2014

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (16)




Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
        Prezado leitor, que os olhos da alma sejam abertos com as preciosas revelações da Palavra de Deus! Não esqueçamos que não somos diferentes daqueles homens e mulheres cujas vidas estão relatadas nas Escrituras. O mesmo pecado daquele tempo é o que opera hoje; sua força é a mesma; seu domínio é total e seus efeitos são aterrorizantes. Carecemos do temor de Deus em nossos corações, porquanto o orgulho do pecado tem tornado os corações endurecidos e impulsionado os homens às práticas perversas.
         Voltemos à vida do rei Saul. O cap. 15 relata o acontecimento mais dramático do seu reino. O que parecia suprema vitória foi na realidade a mais fragorosa demonstração de humilhante derrota para aquele altivo rei. Por quê? Não há um teste de espiritualidade maior do que obedecer zelosamente às ordens de Deus. Apagar todos os amalequitas da face da terra e destruir tudo o que representava suas possessões era algo para ser feito caprichosamente. A ira de Deus fumegava anos a fio contra aquela nação e na agenda divina a data marcada era aquela. Era chegado o Dia do Senhor contra aquele povo perverso e Saul carregava consigo o privilégio de honrar o reino celestial cumprindo com responsabilidade item por item.    Aparentemente parecia que houve uma esplêndida vitória e que Saul tinha cumprido todas as ordenanças de Deus. O que ele fez de errado? Ele simplesmente tomou a guerra para si, como sendo sua e não de Deus. Ao fazer isso revelou a perversidade alojada em seu coração. Notemos o seu caminho no qual desonrou a Deus. Primeiramente Saul deixou vivo Agague, o rei dos amalequitas, por quê? Porque queria mostrar ao povo seu triunfo de guerra, e por detrás de tudo isso tinha o infame propósito de dar vida a um inimigo de Deus.
         Em segundo lugar, Saul tentou ludibriar Deus religiosamente. O que ele fez? Tomou todo gado para si, alegando posteriormente que tinha como propósito oferecer sacrifícios ao Senhor. Mentiroso! Frustrada tentativa de engambelar Deus com sacrifícios. Em terceiro lugar mostrou em seu regresso que tinha em mira apresentar ao povo seu nome, pois: “... e eis que levantou para si numa coluna...” (1 Samuel 15:12). Sua chegada foi maravilhosa, ruidosa e vitoriosa aos olhos do povo, mas não aos olhos de Deus. Aquele que fora enviado para julgar, punir um povo que se achava debaixo do furor da Ira divina, agora está debaixo da punição. Eis as palavras do Senhor: “Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir, e não cumpriu as minhas palavras” (15:11).
         Saul foi pego na rebelião do seu coração, na ousadia de tomar para si a glória que pertence ao Deus de Israel. Como escapar de Deus? Como fugir da radiante luz da verdade? Todas as suas palavras saem de sua boca, não como confissão; foi pego tentando jogar a culpa sobre seus soldados e precisou presenciar o profeta matando Agague para mostrar sua gritante falha em não obedecer a Deus. O culto que ele achava que oferecia a Deus não era culto. O culto verdadeiro parte de um coração obediente. Veja o que Samuel fala: “...Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar...” (verso 22). Agora chega a vez de Saul saber a quem oferecia ele o culto: ”Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar...”(verso23).
         Saul brincou com a Palavra de Deus, por isso seu foi visitado em seu pecado. De agora em diante a jornada daquele homem é de ciúmes, invejas e perversidades: “Sabei que o vosso pecado vos há de achar”. Saul nunca se arrependeu, porque o arrependimento vem de Deus. Meu amigo, que momento para um grande quebrantamento! Que momento para humilhação perante o Deus que se revelou nas Escrituras! Que momento para sincera confissão e entrega humilde ao Senhor Jesus!

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