“E acrescentou: Senhor, lembra-te de mim
quando vieres no teu reino” (LUCAS 23:42)
UMA PETIÇÃO CHEIA DE CONHECIMENTO
Caro
leitor, minha introdução foi breve, porque realmente precisamos ver o que aprendemos
na petição desse homem? Hoje, no evangelho cheio das luzes da nova era nada
vemos de petição vinda de corações arrependidos. Quando miramos a história
contada por Lucas acerca desse ladrão, simplesmente esquivamo-nos, porque no
fundo acreditamos que não somos tão maus assim. Em nossos corações tão soberbos
acreditamos que somos diferentes; que Deus tem um método todo especial para
tratar conosco de forma diferente como tratou o ladrão na cruz. Tudo isso
porque o homem da pós-modernidade desconhece o real significado do pecado, de
onde viemos, o que somos e nosso total merecimento do mesmo castigo que caiu
sobre o outro ladrão que morreu no pecado.
Caro
leitor examinemos com a luz bíblico essa petição: “...Jesus, lembra-te de mim...”.
Vemos que foi uma petição carregada de santo conhecimento. A verdadeira
fé normalmente transita à luz de um verdadeiro conhecimento da verdade,
conforme o evangelho bíblico. Achamos hoje que as pessoas não precisam de tanto
conhecimento assim. Os teólogos modernos lutam para tirar o que eles intitulam
de “tropeços” para que as pessoas cheguem à fé salvadora. Até mesmo lutam para
que as linguagens usadas nas Escrituras sejam modernas e adaptadas aos homens
modernos. Mas ao longo do meu ministério tenho visto que as coisas são
completamente diferentes, pois a fé que impulsiona o pecador a Cristo é sempre
banhada da luz celestial.
Por
quê? É simples. O trabalho é feito pelo Espírito de Deus no coração daquele que
realmente crê. É claro que devemos levar a mensagem a todos, mas nunca devemos
mudar e adaptar as Escrituras para uma linguagem melhor para o povo. Os
pregadores que devem ser simples e claro na abordagem da verdade. O caminho da
fé sempre será o caminho simples. Aquele moço na cruz trouxe com sua confissão
a verdadeira teologia que banha o coração de qualquer alma atraída por Deus.
Muitos que almejam a salvação estão querendo que pregadores cheguem e tirem
qualquer embaraço que ainda tem em seus olhos. Lembramos aqui daquele Eunuco
(Atos 8), pois ele lia Isaías 53. Seu coração ardia por entender o texto e
conhecer aquele Servo de Jeová, tema central daquele capítulo. Foi então que
Filipe entrou e foi usado pelo Espírito para fazer a luz da verdade brilhar
perante os olhos daquele homem que ali foi salvo.
Caro
leitor, o que ocorreu com aquela alma que ali na cruz sentiu-se abatida perante
o Salvador? Notemos que suas solícitas palavras estão carregadas da verdadeira
luz, porque seus olhos foram abertos, então ali aquele moço arrependido viu o
Salvador que veio do céu. Notemos que o Espírito Santo lhe concedeu o
conhecimento de Cristo como verdadeiro salvador, pois ele O chamou de “Jesus”? “...Jesus,
lembra-te de mim...”. Que trabalho maravilhoso e inaudito opera o
Espírito de Deus nos corações atraídos por Ele! Estou entendendo que aquele
moço era um judeu, portanto era conhecedor do seu idioma.
O
que aconteceu ali? Assim que seus olhos espirituais foram abertos eis que ele
imediatamente reconheceu que era Ele o Salvador prometido. O nome “Jesus” é do
hebraico e significa “Jeová é o salvador”. Ora, esse fato só pode ser
reconhecido no coração por obra do Espírito de Deus. O outro ladrão via Nele um
salvador, mas era exatamente o tipo de salvação que os homens no pecado
esperam. Sua petição foi altamente motivada pelo seu coração egoísta e mundano.
Ele queria que Jesus efetuasse uma salvação física, tirando-o da cruz e o
fazendo retornar para seu mundo e seu estilo maligno de vida. Foi pura decepção
vendo que nada disso acontecia; foi desanimador ver esse “Jesus” ali derrotado
e vencido pela dor e pela eventual morte. Sua petição era carregada de ambição
e de desejos por prosperidade mundana e carnal.
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