quarta-feira, 21 de maio de 2014

“A SINCERA PETIÇÃO DA ALMA” (2)




E acrescentou: Senhor, lembra-te de mim quando vieres no teu reino” (LUCAS 23:42)
UMA PETIÇÃO CHEIA DE CONHECIMENTO
         Caro leitor, minha introdução foi breve, porque realmente precisamos ver o que aprendemos na petição desse homem? Hoje, no evangelho cheio das luzes da nova era nada vemos de petição vinda de corações arrependidos. Quando miramos a história contada por Lucas acerca desse ladrão, simplesmente esquivamo-nos, porque no fundo acreditamos que não somos tão maus assim. Em nossos corações tão soberbos acreditamos que somos diferentes; que Deus tem um método todo especial para tratar conosco de forma diferente como tratou o ladrão na cruz. Tudo isso porque o homem da pós-modernidade desconhece o real significado do pecado, de onde viemos, o que somos e nosso total merecimento do mesmo castigo que caiu sobre o outro ladrão que morreu no pecado.
         Caro leitor examinemos com a luz bíblico essa petição: “...Jesus, lembra-te de mim...”. Vemos que foi uma petição carregada de santo conhecimento. A verdadeira fé normalmente transita à luz de um verdadeiro conhecimento da verdade, conforme o evangelho bíblico. Achamos hoje que as pessoas não precisam de tanto conhecimento assim. Os teólogos modernos lutam para tirar o que eles intitulam de “tropeços” para que as pessoas cheguem à fé salvadora. Até mesmo lutam para que as linguagens usadas nas Escrituras sejam modernas e adaptadas aos homens modernos. Mas ao longo do meu ministério tenho visto que as coisas são completamente diferentes, pois a fé que impulsiona o pecador a Cristo é sempre banhada da luz celestial.
         Por quê? É simples. O trabalho é feito pelo Espírito de Deus no coração daquele que realmente crê. É claro que devemos levar a mensagem a todos, mas nunca devemos mudar e adaptar as Escrituras para uma linguagem melhor para o povo. Os pregadores que devem ser simples e claro na abordagem da verdade. O caminho da fé sempre será o caminho simples. Aquele moço na cruz trouxe com sua confissão a verdadeira teologia que banha o coração de qualquer alma atraída por Deus. Muitos que almejam a salvação estão querendo que pregadores cheguem e tirem qualquer embaraço que ainda tem em seus olhos. Lembramos aqui daquele Eunuco (Atos 8), pois ele lia Isaías 53. Seu coração ardia por entender o texto e conhecer aquele Servo de Jeová, tema central daquele capítulo. Foi então que Filipe entrou e foi usado pelo Espírito para fazer a luz da verdade brilhar perante os olhos daquele homem que ali foi salvo.
         Caro leitor, o que ocorreu com aquela alma que ali na cruz sentiu-se abatida perante o Salvador? Notemos que suas solícitas palavras estão carregadas da verdadeira luz, porque seus olhos foram abertos, então ali aquele moço arrependido viu o Salvador que veio do céu. Notemos que o Espírito Santo lhe concedeu o conhecimento de Cristo como verdadeiro salvador, pois ele O chamou de “Jesus”? “...Jesus, lembra-te de mim...”. Que trabalho maravilhoso e inaudito opera o Espírito de Deus nos corações atraídos por Ele! Estou entendendo que aquele moço era um judeu, portanto era conhecedor do seu idioma.
         O que aconteceu ali? Assim que seus olhos espirituais foram abertos eis que ele imediatamente reconheceu que era Ele o Salvador prometido. O nome “Jesus” é do hebraico e significa “Jeová é o salvador”. Ora, esse fato só pode ser reconhecido no coração por obra do Espírito de Deus. O outro ladrão via Nele um salvador, mas era exatamente o tipo de salvação que os homens no pecado esperam. Sua petição foi altamente motivada pelo seu coração egoísta e mundano. Ele queria que Jesus efetuasse uma salvação física, tirando-o da cruz e o fazendo retornar para seu mundo e seu estilo maligno de vida. Foi pura decepção vendo que nada disso acontecia; foi desanimador ver esse “Jesus” ali derrotado e vencido pela dor e pela eventual morte. Sua petição era carregada de ambição e de desejos por prosperidade mundana e carnal.

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