“Aconselho-te
que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças, e vestes
brancas, que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio
para ungires os teus olhos, a fim de que vejas” (Apocalipse 3:17).
O
GRANDE DESAFIO DA GRAÇA: “Aconselho-te
que de mim compres”
Caro leitor, que sejamos firmes em
examinar cautelosamente essas relíquias espirituais mostradas por Cristo aos
falsos crentes de Laodicéia. Eles achavam que eram ricos interiormente, mas não
passavam de pessoas espiritualmente paupérrimas. Mas Cristo os desafia a usar
as “riquezas” deles a fim de adquirir aquilo que Ele entrega graciosamente aos
pecadores arrependidos. Já pudemos ver que OURO é uma figura de linguagem usada
pelo nosso Senhor para referir a fé verdadeira. O Autor da nossa salvação
(Hebreus 2:10) é também o Autor da nossa fé (Hebreus 12:2). Os pecadores
arrependidos chegam a Cristo como mendigos espirituais (Mateus 5:2) e
imediatamente se tornam herdeiros da glória. A fé no pecador é sinal de que a
pessoa fora acordada, despertada por Deus; que seus olhos espirituais foram
abertos e que seus ouvidos, outrora surdos, agora ouve o chamado dessa bendita
voz (João 5:24).
Mas não é isso o que ocorre com os
falsos crentes, porque jamais foram humilhados; jamais foram postos no pó e na
condição de réus e merecedores do inferno; jamais viram sua indignidade e
completamente inúteis (Romanos 3:12). Mas os falsos crentes estão com seus
corações insuflados de vaidades, por isso não conseguem ver quaisquer perigos
ao derredor. A fé verdadeira é puro OURO do céu; a fé verdadeira não habita em
elementos neutros no que diz respeito às coisas espirituais; não está em homens
e mulheres relativistas, indecisos, inseguros e covardes. A fé verdadeira faz
dos crentes homens e mulheres capazes de suportar o peso da verdade. O que
vemos hoje é uma hoste de “evangélicos” encharcados de prazer pelo mundo e que
querem curtir o mundo tanto dentro como fora da igreja. Os “evangélicos”
modernos são aqueles que aceitam tudo; o que vier travestido de louvor, com o
nome de Jesus, etc. tudo serve. Ora, que fé é essa? Não é a preciosa fé que de
uma vez por todas foi entregue aos santos; que é um tesouro, uma relíquia
eterna, pela qual os crentes batalham com zelo e vigor. A igreja moderna é um
palco de homens e mulheres que mais parecem ratos e baratas, os quais fogem
quando brilha a luz do evangelho verdadeiro perante suas faces.
Meu caro leitor, a fé verdadeira não é
algo barato; não é para qualquer um. O chamado de Deus é para aquele que queira
realmente comprar (Isaías 55:1), mas sem dinheiro e sem preço. Chega a Cristo
porque é um tesouro tão valioso e que vale a pena enfrentar toda e qualquer
dificuldade. A fé verdadeira é tão preciosa, mas é desprezada pelos mundanos,
preguiçosos, avarentos e cheios de justiça própria. Nada o homem tem para dar a
Deus; não há neste mundo ninguém que possa realmente crer, porque todo seu ser
está em completa escuridão; todo seu ser está imobilizado pela morte. Nada, a
não ser a compaixão de Deus para acordar o homem em seus pecados. Os dois
ladrões que foram crucificados com Cristo, ambos tinham fé. Um cria do modo
dele; cria conforme qualquer mundano crê; cria ao ponto de querer um cristo
diferente, que pudesse fazer milagre e tirá-lo da cruz, a fim de que pudesse
voltar ao seu antigo sistema de vida no pecado. Mas no outro ocorreu um
milagre, pois de repente seus olhos foram abertos e de sua boca saiu confissão
genuína e a invocação que o levou à eterna e segura salvação.
Caro leitor, está você acomodado numa
falsa fé? É você alguém que foi atraído por esse sistema enganoso, o qual
mostra hoje um cristianismo frouxo e indolente? Ó que agora você seja acordado
mediante essas verdades da visitação compassiva de Deus! Enquanto você pode
ouvir a Palavra, agora é o momento de um sincero arrependimento e conversão a
Cristo.
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