quarta-feira, 28 de maio de 2014

QUANDO A ALMA ESTÁ ENGANADA (14)




Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas (Apocalipse 3:17).
O GRANDE DESAFIO DA GRAÇA:     Aconselho-te que de mim compres
         Caro leitor, que sejamos firmes em examinar cautelosamente essas relíquias espirituais mostradas por Cristo aos falsos crentes de Laodicéia. Eles achavam que eram ricos interiormente, mas não passavam de pessoas espiritualmente paupérrimas. Mas Cristo os desafia a usar as “riquezas” deles a fim de adquirir aquilo que Ele entrega graciosamente aos pecadores arrependidos. Já pudemos ver que OURO é uma figura de linguagem usada pelo nosso Senhor para referir a fé verdadeira. O Autor da nossa salvação (Hebreus 2:10) é também o Autor da nossa fé (Hebreus 12:2). Os pecadores arrependidos chegam a Cristo como mendigos espirituais (Mateus 5:2) e imediatamente se tornam herdeiros da glória. A fé no pecador é sinal de que a pessoa fora acordada, despertada por Deus; que seus olhos espirituais foram abertos e que seus ouvidos, outrora surdos, agora ouve o chamado dessa bendita voz (João 5:24).
         Mas não é isso o que ocorre com os falsos crentes, porque jamais foram humilhados; jamais foram postos no pó e na condição de réus e merecedores do inferno; jamais viram sua indignidade e completamente inúteis (Romanos 3:12). Mas os falsos crentes estão com seus corações insuflados de vaidades, por isso não conseguem ver quaisquer perigos ao derredor. A fé verdadeira é puro OURO do céu; a fé verdadeira não habita em elementos neutros no que diz respeito às coisas espirituais; não está em homens e mulheres relativistas, indecisos, inseguros e covardes. A fé verdadeira faz dos crentes homens e mulheres capazes de suportar o peso da verdade. O que vemos hoje é uma hoste de “evangélicos” encharcados de prazer pelo mundo e que querem curtir o mundo tanto dentro como fora da igreja. Os “evangélicos” modernos são aqueles que aceitam tudo; o que vier travestido de louvor, com o nome de Jesus, etc. tudo serve. Ora, que fé é essa? Não é a preciosa fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos; que é um tesouro, uma relíquia eterna, pela qual os crentes batalham com zelo e vigor. A igreja moderna é um palco de homens e mulheres que mais parecem ratos e baratas, os quais fogem quando brilha a luz do evangelho verdadeiro perante suas faces.
         Meu caro leitor, a fé verdadeira não é algo barato; não é para qualquer um. O chamado de Deus é para aquele que queira realmente comprar (Isaías 55:1), mas sem dinheiro e sem preço. Chega a Cristo porque é um tesouro tão valioso e que vale a pena enfrentar toda e qualquer dificuldade. A fé verdadeira é tão preciosa, mas é desprezada pelos mundanos, preguiçosos, avarentos e cheios de justiça própria. Nada o homem tem para dar a Deus; não há neste mundo ninguém que possa realmente crer, porque todo seu ser está em completa escuridão; todo seu ser está imobilizado pela morte. Nada, a não ser a compaixão de Deus para acordar o homem em seus pecados. Os dois ladrões que foram crucificados com Cristo, ambos tinham fé. Um cria do modo dele; cria conforme qualquer mundano crê; cria ao ponto de querer um cristo diferente, que pudesse fazer milagre e tirá-lo da cruz, a fim de que pudesse voltar ao seu antigo sistema de vida no pecado. Mas no outro ocorreu um milagre, pois de repente seus olhos foram abertos e de sua boca saiu confissão genuína e a invocação que o levou à eterna e segura salvação.
         Caro leitor, está você acomodado numa falsa fé? É você alguém que foi atraído por esse sistema enganoso, o qual mostra hoje um cristianismo frouxo e indolente? Ó que agora você seja acordado mediante essas verdades da visitação compassiva de Deus! Enquanto você pode ouvir a Palavra, agora é o momento de um sincero arrependimento e conversão a Cristo.
        

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