“Aconselho-te
que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças, e vestes
brancas, que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio
para ungires os teus olhos, a fim de que vejas” (Apocalipse 3:17).
O
GRANDE DESAFIO DA GRAÇA: “Aconselho-te
que de mim compres”
Caro leitor, já pude mostrar a todos
que Cristo usa uma figura de linguagem que de OURO. Vemos que o ouro simboliza
a fé genuína, pura, testada, chamada de “santíssima fé” e que foi entregue aos
santos de uma vez por todas (Judas 3). Essa verdade destrói de uma vez por
todas a falsa fé, transforma em cinzas as esperanças achadas no homem e abala
as estruturas desse movimento humanista que tanto se agigante em nossos dias
usando o nome de “evangélico”.
Mas quero agora passar para aquilo que
Cristo apresenta em seguida: VESTES BRANCAS: “...e vestes brancas para te vestires...”.
Veja bem, caro leitor, como nosso Senhor apresenta essas maravilhas da graça em
ordem. Primeiro vem o OURO, depois as VESTES BRANCAS, e em seguida vem O
COLÍRIO. É óbvio que nosso Senhor continua usando a mesma linguagem figurativa
e que nessa comunicação Ele está anulando a confiança vã dos falsos crentes, a
fim de mostrar a verdadeira mensagem do evangelho. Noutras palavras, nosso
Senhor está declarando que os produtos deles não têm qualquer valor; que na
tentativa de ludibriar a Deus eles caíram nas suas próprias armadilhas. Nosso
Senhor está mostrando que tudo aquilo que eles estão exibindo encheu o coração
deles de orgulho próprio; por fora parecem justos, salvos, mas por dentro eles
têm suas almas completamente tortas no pecado.
Quando nosso Senhor apresenta as VESTES
BRANCAS, Ele está declarando o que mesmo? Está dizendo que a fé que eles
afirmam ter não lhes conduziu à verdade da salvação. Ele está declarando aos
falsos crentes que eles continuam em seus pecados; que eles continuam sujos,
que seus trajes religiosos não vieram de Deus, foram feitos pelos homens. Nosso
Senhor está com Seus olhos perscrutadores mostrando para eles que estão na
condição de imundos, condenados. Por fora eles pensam que estão justificados,
que foram aceitos, mas nosso Senhor lhes mostra a verdade que eles estão, à
semelhança de qualquer outro pecador, indo para o inferno.
Caro leitor, quero que você compreenda
essa figura de linguagem usada nas Escrituras: “VESTES BRANCAS”. Sempre
refere-se à perfeita justiça. No Velho Testamento é a maneira como Deus
comunica Sua perfeita Justiça dada aos pecadores mediante o resgate por sangue.
Quando Davi sentiu profundamente seus pecados, por ter deitado com a esposa de
Urias e depois mandado derramar sangue inocente, eis que o Salmista viu sua
condição no íntimo de tal maneira que foi forte sua lamentação e confissão
perante Deus: “...Lava-me e ficarei mais alvo que a neve” (Salmo 51:7). VESTES
BRANCAS são os resultados da conquista de Cristo na cruz para os pecadores,
porque Ele, o Cordeiro puro e sem mácula conquistou perfeita justiça para os
salvos, de tal maneira que todos os santos estão vestidos dessas VESTES BRANCAS
– perfeita e imaculada justiça.
Caro leitor, quantas almas iludidas! É
triste ver o quanto a igreja de Laodicéia tem crescido e prosperado em nossos
dias! Muito conforto carnal, muita fé vã; muito culto misturado com o sistema
mundano! Quase não se vê mais pecadores, pois todos estão sentindo “bem com
Deus”. O que vemos, entretanto, não é ouro, mas sim bijuteria; as vestes estão
manchadas pelo pecado e homens e mulheres hipnotizados pelo ambiente de soberba
religiosa. A mensagem do evangelho não mudou e jamais há de mudar. Cristo não
veio buscar religiosos, boas pessoas, aquelas que mais podem dar de oferta ou
de dízimo, aquelas que mais têm conhecimento teológico ou que sentem a presença
de Deus na vida e nos cultos. Cristo veio buscar perdidos, pecadores, almas
culpadas e que em seus corações estão humilhadas, arrependidas. São essas almas
por quem Cristo morreu!
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