“Mas
os ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas
lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus”
(Isaías 57:20,21)
Caro
leitor, quão profundas e reveladoras são as palavras do Senhor! Suas palavras
revelam Sua Onisciência, o quanto o Senhor, não somente a tudo conhece como
também traz a lume o que está oculto. Ele mostra o quão vastíssimo é o campo do
orgulho, do engano e da maldade do pecado no coração do ímpio. Não sou capaz de
vasculhar tudo, mas tenho empreendido todo esforço na tentativa de ajudar meus
leitores no caminho do verdadeiro arrependimento e sincera conversão a Cristo
Jesus. Os verdadeiros crentes sabem de onde vieram e como lutavam contra Deus
quando viviam no pecado.
A
falsa paz também aparece trajada com as bugigangas religiosas e elas são
úteis para ocultar as artimanhas do coração; elas revestem bem as ferrugens do
mal; elas funcionam como cortinas e outros elementos usados na decoração de uma
casa, a fim de esconder as feiuras. Muitos espertamente apoderam de costumes
religiosos, como vestes e coisas semelhantes ligados à aparência. São costumes
que realmente satisfazem a carne, dando um aparato de vanglória e de justiça.
Milhares sentem o conforto de uma paz extraída desses ambientes. Ah! Nem sequer
querem pensar em sair desse ambiente tão perigoso, pois tudo foi feito para dar
essa impressão da presença e dos favores divinos. Afinal, quem há de duvidar se
tudo por fora está tão arrumado? Por que dissipar tudo isso se a casa externa
do ímpio está religiosamente adornada? Ah! O enganoso coração crê que a
divindade está apontando seu sinal de satisfação, que tudo é positivo e de que
precisa manter a assim esse cenário.
Aqueles
que são manipulados por essa paz tão enfeitiçadora estão certos que esse
ambiente de paz consigo mesmo é tão bom e tão desejável que satanás nem sequer
ousa tocá-los. Afinal é nessa manobra sutil dessa paz que o ímpio se sente
destacado e elevado espiritualmente, passando a abominar toda luz que chegar
para descobrir as farsas de um coração malicioso e pervertido.
Meu
caro leitor será que minhas palavras podem acordar o dormente? Será que está
assim tão curtido no azedume do pecado que faz parte desse ambiente, ao ponto de
sentir-se perturbado e incomodado quando alguém ousa tirá-lo de lá? Quão
perigoso é mexer com essa falsa paz! Quando o evangelho eclodiu em Jerusalém,
havia uma classe de religiosos desse tipo. Eram eles a suntuosidade de
Jerusalém; eram eles as estrelas religiosas que tanto brilhavam; eram eles o
foco do prestígio, da fama e do orgulho religioso. Mas, assim que a verdade
irradiou pelas ruas e praças de Jerusalém sob o comando do Espírito de Deus,
imediatamente essa paz tão assassina que dormitava nos corações daqueles homens
se levantou e fortemente armada avançou contra os santos do Senhor, a fim de
matá-los e extirpá-los da face da terra (Atos 4).
Caro
leitor trago comigo essa luz da Palavra, e que luz gloriosa é! Saulo de Tarso
tinha paz e um coração calmo e sossegado, até que se deparou com o evangelho da
glória de Cristo, então foi descoberto que seu coração era um verdadeiro poço
da perdição; ficou claro que tinha uma plumagem religiosa que tanto enfeitava
seu ego, mas, o que realmente tinha por detrás de toda essa aparência era o
poderoso domínio do pecado; ali estava um verdadeiro assassino, apto para
enfrentar o próprio Senhor da glória (Atos 9).
Ó
caro amigo, veja bem se a paz que habita em seu ser é a paz que vem do sangue
remidor! Veja se você já recebeu da graciosa graça a perfeita justiça do Filho!
Veja se habita em você a paz com Deus e que toda guerra acabou; que as armas
empunhadas contra Deus foram quebradas e lançadas longe (Salmo 46)! Veja bem se
sua alma goza o calmo e tranquilo repouso, sabendo foi aceito pela misericórdia
e que agora vive diariamente dessa bondade e graça que lhe conduz no caminho
certo, em plena luz que irradia mais e mais até ser dia perfeito!
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