sexta-feira, 23 de maio de 2014

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (13)




Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
        Prezado amigo leitor, meu trabalho hoje consiste em mostrar que mesmo onde o pecado parece querer reinar, dominar e causar destruição, eis que surge a preciosa graça para irradiar a luz do coração maravilhoso e terno desse Deus. A graça nunca será conhecida como realmente ela é, se o pecado não for exibido em seus terrores, assim como a luz é vista em sua preciosidade em lugar das trevas. Ninguém dará valor aos cuidados médicos se a dor não for sentida em sua tormentosa manifestação.
         Os dez filhos de Jacó experimentaram por longos anos a cruel perseguição do pecado em suas vidas. Enganosamente eles pensaram que o mal cometido seria esquecido e que a vida seguiria em sua normalidade. Semearam tormenta e acharam que não colheriam tempestade. Que engano! “... sabei que o vosso pecado vos há de achar!”, e quando os achou, o pecado multiplicou-se dentro deles, trazendo tormento aos seus corações corrompidos. Pensaram que podiam reinar e agora são vistos como pobres escravos, dominados pelo medo e subjugados aos ditames dos homens, pois agora estão quedados aos pés daquele que eles tanto odiaram. Agora não passam de Office boys, levando recado do Egito para Canaã e de Canaã para o Egito.
         Foi nesse cenário de humilhação e quebrantamento que a Mão graciosa agiu para o bem do Seu povo e para Sua glória. Deus ergueu José não para destruir sua família, mas para que fosse um tipo de Cristo, conferindo aos seus irmãos o verdadeiro perdão. Obviamente veio após usar de sabedoria e prudência. José queria saber se seus irmãos eram homens arrependidos ou se eram aqueles covardes de anos atrás; se houve arrependimento ou estavam prontos a fazer Benjamin e Jacó sofrerem. Precisava de um fiador, de apenas um entre aqueles dez homens que estivesse disposto a pagar o preço para que Jacó, Benjamin, os irmãos e toda família pudessem ter a liberdade.
         Foi aí que entrou Judá! Deus havia preparado esse homem para essa ocasião! Ele foi trabalhado na forja divina, a fim de que o verdadeiro caráter de fé e coragem marcasse sua alma. Um só agora estava ocupado em sofrer as conseqüências, que maravilha! Quando tudo parecia perdido, que o governador tomaria Benjamin como escravo, eis que o cenário mudou, um homem toma a frente; não um covarde, não um atrevido, não um bandido, mas sim um homem disposto a sofrer para ver seu pai alegre e seu irmão mais novo livre. Era isso o que José queria! Todo aquele rigor, dureza e obstinação tinham em mira alcançar isso! Ele não odiava seus irmãos, não tinha vingança em seu coração, mas queria apenas um que entrasse no meio para ser o mediador. Bastava um! Quem foi esse? Judá! Eis suas palavras: “Agora, pois, fique teu servo em lugar do menino como escravo de meu senhor, e que suba o menino com seus irmãos. Porque, como subirei eu a meu pai, se o menino não for comigo? para que não veja eu o mal que sobrevirá a meu pai” (Gênesis 43:33,32).
         Querido leitor, temos em Cristo Jesus o grande mediador. Ele veio ao mundo para livrar os pecadores da maldição da lei, da escravidão de satanás, da poder tirano do pecado no coração e das graves conseqüências eternas no inferno e lago de fogo. Deus o Pai enviou ao mundo Seu imaculado cordeiro, o qual se entregou a Si mesmo a fim de livrar culpados como nós e livrar-nos do furor da Ira divina.
         Dirijo-me a você amigo, para mostrar o poder do sangue remidor do Filho de Deus. Quão maravilhoso é saber que a verdade tem humilhado você, tem revelado a maldade do seu coração e tem mostrado até onde o homem pode chegar  em corrupção e destruição neste mundo, mas eis que para a alma aflita surge a luz da graça, revelando a preciosidade do perdão e da purificação que há em Cristo Jesus.

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