“Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o
Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
Prezado
amigo leitor, meu trabalho hoje consiste em mostrar que mesmo onde o pecado
parece querer reinar, dominar e causar destruição, eis que surge a preciosa
graça para irradiar a luz do coração maravilhoso e terno desse Deus. A graça
nunca será conhecida como realmente ela é, se o pecado não for exibido em seus
terrores, assim como a luz é vista em sua preciosidade em lugar das trevas.
Ninguém dará valor aos cuidados médicos se a dor não for sentida em sua
tormentosa manifestação.
Os
dez filhos de Jacó experimentaram por longos anos a cruel perseguição do pecado
em suas vidas. Enganosamente eles pensaram que o mal cometido seria esquecido e
que a vida seguiria em sua normalidade. Semearam tormenta e acharam que não
colheriam tempestade. Que engano! “... sabei que o vosso pecado vos há de
achar!”, e quando os achou, o pecado multiplicou-se dentro deles, trazendo
tormento aos seus corações corrompidos. Pensaram que podiam reinar e agora são
vistos como pobres escravos, dominados pelo medo e subjugados aos ditames dos
homens, pois agora estão quedados aos pés daquele que eles tanto odiaram. Agora
não passam de Office boys, levando recado do Egito para Canaã e de Canaã para o
Egito.
Foi
nesse cenário de humilhação e quebrantamento que a Mão graciosa agiu para o bem
do Seu povo e para Sua glória. Deus ergueu José não para destruir sua família, mas
para que fosse um tipo de Cristo, conferindo aos seus irmãos o verdadeiro
perdão. Obviamente veio após usar de sabedoria e prudência. José queria saber
se seus irmãos eram homens arrependidos ou se eram aqueles covardes de anos
atrás; se houve arrependimento ou estavam prontos a fazer Benjamin e Jacó
sofrerem. Precisava de um fiador, de apenas um entre aqueles dez homens que
estivesse disposto a pagar o preço para que Jacó, Benjamin, os irmãos e toda
família pudessem ter a liberdade.
Foi
aí que entrou Judá! Deus havia preparado esse homem para essa ocasião! Ele foi
trabalhado na forja divina, a fim de que o verdadeiro caráter de fé e coragem
marcasse sua alma. Um só agora estava ocupado em sofrer as conseqüências, que
maravilha! Quando tudo parecia perdido, que o governador tomaria Benjamin como
escravo, eis que o cenário mudou, um homem toma a frente; não um covarde, não
um atrevido, não um bandido, mas sim um homem disposto a sofrer para ver seu
pai alegre e seu irmão mais novo livre. Era isso o que José queria! Todo aquele
rigor, dureza e obstinação tinham em mira alcançar isso! Ele não odiava seus
irmãos, não tinha vingança em seu coração, mas queria apenas um que entrasse no
meio para ser o mediador. Bastava um! Quem foi esse? Judá! Eis suas palavras: “Agora, pois,
fique teu servo em lugar do menino como escravo de meu senhor, e que suba o
menino com seus irmãos. Porque, como subirei eu a meu pai, se o menino não for
comigo? para que não veja eu o mal que sobrevirá a meu pai” (Gênesis 43:33,32).
Querido
leitor, temos em Cristo Jesus o grande mediador. Ele veio ao mundo para livrar
os pecadores da maldição da lei, da escravidão de satanás, da poder tirano do
pecado no coração e das graves conseqüências eternas no inferno e lago de fogo.
Deus o Pai enviou ao mundo Seu imaculado cordeiro, o qual se entregou a Si
mesmo a fim de livrar culpados como nós e livrar-nos do furor da Ira divina.
Dirijo-me
a você amigo, para mostrar o poder do sangue remidor do Filho de Deus. Quão
maravilhoso é saber que a verdade tem humilhado você, tem revelado a maldade do
seu coração e tem mostrado até onde o homem pode chegar em corrupção e destruição neste mundo, mas eis
que para a alma aflita surge a luz da graça, revelando a preciosidade do perdão
e da purificação que há em Cristo Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário