quinta-feira, 8 de maio de 2014

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (3b)




Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
Prezado leitor, continuemos examinando como a Palavra de Deus mostra o pecado como um perseguidor implacável. Que esse ensino venha prostrar nossos corações em santo temor perante o Deus santo. Vivemos numa época semelhante à de Isaías, quando a nação de Israel estava endurecida pelo engano do pecado e nada percebia das maldades de seus corações corrompidos e irregenerados. Precisamos de uma visitação de Deus neste momento, quando as trevas do orgulho, da mentira e do desprezo à verdade tem ocupado todos os lugares, até mesmo dentro das igrejas. Quando a maldade prevalece quase nada vemos de humilhação e invocação ao Nome do Senhor.
         Hoje ocuparemos com a vida de Jacó. Boa parte do livro de Gênesis ocupa-se em falar a respeito desse patriarca de Israel. Por meio dele Deus ensina Sua soberana salvação aos eleitos: “Como está escrito: Amei a Jacó, e aborreci a Esaú” (Romanos 9:13) e é na história desse homem que brilha intensamente a preciosíssima graça de Deus,  porquanto a ação salvadora e disciplinadora de Deus está em contínuo exercício sobre aqueles que Ele amou antes da fundação do mundo (Efésios 1:4). É na imensidão do domínio do pecado que sobrepuja a graciosa graça, prevalecendo sobre toda maldade e fraqueza, transformando Seus escolhidos e habilitando-os para servi-Lo melhor. Obviamente não trataremos dos detalhes maravilhosos da graça de Deus na vida desse que se tornou príncipe de Israel, porquanto nossa intenção aqui é mostrar como o pecado foi um assombroso perseguidor na vida de Jacó.
         O nome “Jacó” designa exatamente como e onde o pecado dominou a vida dele desde seu nascimento. O nome hebraico “Jacó” significa “levar vantagem, colocar alguém debaixo de seus pés”. Foi exatamente esse o filme da vida desse moço que fora alvo da misericórdia de Deus. O momento mais impressionante de sua ação foi quando se aliou à sua mãe para enganar Isaque, seu pai e roubar a bênção que seria dada por direito a Esaú (Gênesis 28). Pelas promessas de Deus a bênção seria de Jacó, mas Isaque simplesmente esqueceu e porque tinha muita afeição por Esaú seguiu o curso natural que o primogênito tinha.
         Qual foi o pecado de Jacó e Rebeca? Não confiaram em Deus no cumprimento de Suas promessas, por isso tomaram o caminho carnal a fim de buscar os direitos. Notemos bem que Deus permitiu, porém os resultados foram desastrosos. Rebeca recebeu aquilo que ela mesma pedira: “Meu filho, sobre mim caia essa maldição...”. Ora, aquela mamãe morreu sem ver seu filho de estimação que partira para ficar vinte anos na companhia de Labão irmão dela. Jacó usou sua habilidade em enganar, e foi assim que ele mentiu para seu velho pai que estava cego: “Eu sou Esaú, teu primogênito; tenho feito como me disseste; levanta-te, pois, senta-te e come da minha caça, para que a tua alma me abençoe” (Gênesis 28:19). Além disso, profanou o Nome de Deus: “Perguntou Isaque a seu filho: Como é que tão depressa a achaste, filho meu? Respondeu ele: Porque o Senhor, teu Deus, a mandou ao meu encontro.
         Sabei que o vosso pecado vos há de achar”, e achou Jacó imediatamente, porquanto o ambiente de ira e de vingança veio sobre a família quando Esaú ficou sabendo: “Vêm chegando os dias de luto por meu pai; então hei de matar Jacó, meu irmão”. Notemos bem como o pecado chega com uma perseguição cruel. Daquele momento o espírito de medo e de fuga ocupou o ambiente na família de Isaque e dominou o coração de Jacó.
         Meu amigo, não esqueça que o pecado é muito mais poderoso e cruel do que você pensa. O que você tem feito contra seu próximo, qualquer maldade praticada, pode estar certo que esse tirano inimigo não lhe deixa, ele há de perseguir, com perseguição cruel e açoites no íntimo. Somente o sangue remidor do Cordeiro de Deus para tratar com o pecado em todas as suas maldades. Somente uma alma arrependida e humilhada vai a Cristo em busca de perdão e purificação!

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