sexta-feira, 2 de maio de 2014

A SOBERANA SALVAÇÃO (12)




Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
         A NECESSIDADE DA SOBERANIA (continuação) “Ninguém pode vir a mim...”
         Prezado leitor é no cap. 5 de João que estamos vendo o dinâmico ensino a respeito do homem morto em seus pecados. Estou certo que se o leitor atento entender essa verdade, certamente compreenderá que a salvação do perdido é milagre. Cristo havia curado aquele enfermo em pleno sábado, o que ocasionou a ira dos judeus, mas o Senhor afirma no verso 17: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”. Os judeus estavam perante o grande Criador, o grande e glorioso Verbo divino, por meio de quem todas as coisas vieram à existência: “...sem Ele, nada do que foi feito se fez” (João 1:2). Cristo mostra aos arrogantes e supersticiosos judeus que Ele veio ao mundo enviado pelo Pai a fim de exibir os feitos da nova criação; agora o grande Eu Sou, pela graça está destruindo o mais terrível e trágico efeito do pecado sobre a raça e sobre toda criação – a morte. Veja os argumentos do Senhor. Na primeira criação os anjos faziam festas, glorificavam os atos poderosos do Todo Poderoso. Mas agora, na nova criação o Senhor está exibindo perante os olhos dos homens os tremendos atos resultantes da força da graça: “...porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama ao Filho, e mostra-lhe tudo o que ele mesmo faz; e maiores obras do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis” (versos 19,20).
         Querido leitor, que sua alma fique fascinada perante as maravilhas apresentadas nesse cap.! Vemos nele que a salvação realizada por Deus é um ato realizado soberanamente pelas duas pessoas da divindade; é algo maravilhoso, inaudito! Ele chama a atenção dos judeus para essa atividade soberana; Ele afirma que veio ao mundo para isso, que essa foi a vontade do Pai e que veio cumprir essa vontade. Focalizemos nossa atenção no verso 25: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”. Eis aí amado leitor, o real significado do evangelho. É ou não é milagre? Pode o homem participar disso? Pode o homem colaborar com Deus para a salvação de sua alma? Preste atenção, nosso Senhor não está referindo à Sua atividade futura como Juiz. A ressurreição final aparece nos versos 26 a 29. A lição que aparece no verso 25 trata-se daquilo que nosso Senhor está fazendo exatamente agora neste mundo. O que acontece quando alguém vai a Cristo? O que acontece quando uma alma volta-se para a verdade bíblica? O que acontece quando um pecador dá as costas para o mundo e corre em direção ao Salvador bendito? Eis a resposta: “...os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”!
         Querido leitor percebeu o que acontece na salvação? Pode reconhecer que nada tem a ver o poder de uma igreja? Com o poder de uma oração? Com uma bênção material recebida? Estamos perante aquilo que somente o poderoso evangelho da glória de Cristo pode produzir! Mortos podem ouvir? Sim! Quando entra em atividade a poderosa pregação; quando homens cheios do Espírito Santo proclamam a verdade que glorifica a Deus; quando homens chamados por Deus ousam publicar como verdadeiros arautos do céu a mensagem que humilha os pecadores, o que acontece? Deus entra nesse imenso cemitério onde só vemos homens e mulheres inertes no pecado, cadáveres espirituais completamente frios, insensíveis para Deus. O Autor da vida entra ali para conceder vida aos mortos.
          Que saibamos caro leitor, que sem a vida que há no Filho nada, absolutamente nada de valor tem o homem para Deus. É no pó, no desespero, na angústia, num coração quebrantado que o Filho de Deus aparece para erguer o homem pela graça! Seus ouvidos agora estão apurados para ouvir o doce chamado do Senhor?

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