quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O AMOR DE CRISTO PELA SUA NOIVA (29)




“...ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz. Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Cantares 8:5)
O PERFIL DO AMOR DO NOIVO:
         Amigo leitor, o Pai e o Espírito asseguram que o amor do Noivo é forte. As Escrituras entram para documentar essa história e alicerçar nossa confiança no Amado de nossas almas. A Palavra eterna mostra o que Deus fez com Seu povo no decorrer da história; como em meio às manifestações de juízo o amor de Deus assegurou a proteção do Seu povo. Nenhuma faísca da Ira santa e justa atingiu qualquer santo. Enoque andou com Deus em meio a tanta prosperidade do pecado que gradativamente atraía a fúria de Deus. Mas Deus tomou Enoque para Si (Gênesis 5:24), um amor arrebatador que arrancou um santo do meio do fogo como se fosse um tição! O amor gracioso para com Noé e sua família fazendo com os amados navegassem sobre o dilúvio (Gênesis 6:9).
         A peregrinação de Abraão, Isaque e Jacó pela terra prometida estampa esse cuidado, com o Senhor indo à frente deles para repreender reis e outros elementos perigosos dizendo-lhes: “Não toqueis nos meus ungidos nem maltrateis os meus profetas” (Salmo 105:15). Como podemos ignorar a história de Israel? Não é uma história desse forte amor? Em nada foi prova de um povo grato, humilde e submisso, porquanto toda reação era de profunda maldade e de inconcebível rebelião. Não fosse o suave perfume da graça e o ativo braço de misericórdia, certamente aquele povo cairia na destruição. Note a linguagem tão descritiva dessa imensa longanimidade: “Se o Senhor não nos tivesse deixado remanescente seríamos como Sodoma e semelhante a Gomorra” (Isaías 1:9). Somente após setenta anos de aflição na Babilônia, quando pela graça retornaram para Jerusalém, a nação pode humildemente louvar a grandeza dessa paciência, bondade, disciplina e longanimidade de Deus, e confessar: “...estamos em grande angústia!” (Neemias 9:37).
         Amigo leitor veja essa história desse amor forte! Veja como foi que os braços do Onipotente carregaram seus santos em meio ao vendaval de maldade, ingratidão, ignorância e desprezo a tanta bondade. Como nosso coração é tão concitado a descer! Como no coração estamos dispostos a mentir contra nosso Senhor e até mesmo desafiá-Lo! Veja como esse amor “puxa nossa orelha”; põe barreiras de dificuldades à nossa frente; açoita nosso orgulho e humilha nosso ego!
         Ah! Quão insensatos somos no entendimento desse amor! Achamos que a linguagem que vem lá de cima é a mesma que aprendemos na escola mundana. Como podemos entender que a amor nessa linguagem: “Ele te humilhou, te deixou ter fome...” (Deuteronômio 8:3)? Queremos felicidade sem santidade! Queremos paz sem justiça! Queremos a glória sem ter antes a humilhação, etc. Encaremos nossas atitudes, inclinações e desejos naturais, veja como a carne ambiciona correr em busca da vaidade! Veja como é muito mais fácil descansar e confiar no braço humano do que confiar no Senhor!
         Diante de tudo isso, a conclusão clara é que somente o amor forte pode nos segurar. Na linguagem do Velho Testamento a perfeita lei de Deus proclama nossa maldição: “Maldito, maldito!”. Nossos corações só podem descansar e repousar no forte amor do Noivo ali na cruz. Dá para meditar no sofrer do Noivo, a fim atrair meu ser para Si?
                                               Que poderia em mim achar
                                               Prá tais afrontas suportar?
                                

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