sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A PACIENCIA DE DEUS (6 de 22)




Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 PEDRO 3:9)
A LONGANIMIDADE DE DEUS:
         Caro leitor, como um Deus santo, que odeia o pecado e que não tolera o mal pode ser tão longânimo e suportar por tanto tempo as maldades, injúrias e blasfêmias dos homens? Ora, o texto acima nos foi entregue a fim de que conheçamos a atuação constante de um Deus que está ativo, trabalhando neste mundo, a fim de realizar no meio dos homens sua compassiva obra de vivificar homens e mulheres mortos em seus delitos e pecados. É esse o ensino claro de todo cap. 5 do evangelho de João.
         Caro leitor, somente a misericórdia de Deus é capaz de segurar Sua ira e impedir que Sua cólera seja despejada sobre a multidão de pecadores. Por essa razão é que o Senhor tem neste mundo homens santos que podem orar. Notemos no cap. 18 de Gênesis que antes de destruir Sodoma e Gomorra o Senhor comunica a Abraão que de fato vai destruir Sodoma e Gomorra (Gênesis 18:22-33). Por que isso? Por que Deus foi falar a um mero mortal acerca de Seus soberanos atos? A resposta é clara e simples – a misericórdia Dele. Por esse fato Ele buscou alguém que um dia foi chamado pela doce compaixão de Deus; Deus foi falar com alguém que um dia lhe tirou da maldade e perversidade, de sistema carregado de idolatria, a fim de servi-Lo. Abraão foi assim e sabia bem que em nada era melhor do que aqueles moradores pervertidos de Sodoma. Deus comunicou Seus santos intentos a um servo assim, que humildemente se aproximou do Senhor e soube interceder.
         A experiência de Moisés foi circunstancialmente diferente da de Abraão, mas Moisés teve a mesma atuação e ainda mais dinâmica e forte (Êxodo 32). Moisés presenciou um Deus com a arma em mão, pronto para descer do monte e desfechar toda fúria contra a multidão que o provocou com grandes blasfêmias ao fazer o bezerro de ouro e adora-lo.  Foi ali que Moisés mostrou o quanto sabia acerca do seu Deus; sabia bem que o Santo de Israel tinha um coração cheio de ternas misericórdias, por esse fato ele foi e com palavras carregadas de conhecimentos conquistou a compaixão de Deus e livrou a multidão da Ira de Deus. A história bíblica é cheia dessa constante atuação de Deus, mostrando o quanto Ele é tardio em irar-Se, mas grande em poder fazer isso. A grandeza dessa longa história está na beleza de sua longanimidade; como Ele demora anos e anos para executar Sua Ira, porque é Seu prazer demonstrar neste mundo Sua visitação de amor aos homens.
         Se o amigo é conhecedor da história bíblica, verá como podemos aprender acerca desse Deus; verá o quanto nossos corações duros e obstinados ficam derretidos diante de tanto amor e bondade. Mas toda essa filmagem santa só pode ser narrada pelos remidos, pois somente eles entendem que o Deus da bíblia é bom e Sua misericórdia dura para sempre: “Digam-no os remidos do Senhor, os que Ele resgatou da mão do inimigo” (Salmo 107:2). O evangelho anuncia essa misericórdia; o evangelho agora conta o que Deus faz com ímpios e pervertidos, tirando-os da condição tão vil e degradante onde o pecado nos colocou: “Mas Deus que é riquíssimo em misericórdia...” (Efésios 2:4).
         Eis aí amigo, como posso simplificar a paciência de Deus! Ele não perdeu Sua força; Ele não curvou-se diante dos longos anos que já passaram; Ele não abandonou Seus planos eternos. O mesmo Senhor que atuou quatro, cinco ou seis mil anos passados é o mesmo Senhor agora. A história dos homens é uma triste história de nossa queda, de nossa triste decisão em Adão, mas por outro lado brilha neste mundo esse refulgente sol da justiça de um Deus forte, poderoso! Agora mesmo Ele está salvando perdidos e arrancando-os das trevas, a fim de torná-los herdeiros dos céus!

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