“Sabemos
que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no maligno” (1 João 5:19) O MUNDO EM CONTRASTE COM O POVO DE DEUS: “...e que
o mundo inteiro jaz no maligno”.
Caro
leitor, somente o conhecimento cada vez maior da Palavra é que nos habilita a
conhecer esse cenário regido pelo príncipe deste mundo. Mesmo os que são
crentes carecem de mais luz, caso contrário hão de ser ludibriados pelos ardis
daquele que se transfigura em anjo de luz. Sem a visão gloriosa e real das
coisas, conforme a verdade revelada, tendemos a acreditar que o mundo é um belo
lugar e que os homens não são tão maus assim. Vemos isso acontecendo em nossos
dias, especialmente com o avanço das forças ecumênicas e o evangelho socialista
e pragmático penetrando nos arraiais que antes eram defensores da fé cristã.
Mas o fato
é que enquanto a igreja de Deus não reconhecer a diferença entre o mundo e o
povo crente, o perigo certamente há de nos cercar. Satanás é habilidoso em suas
táticas para destruir o testemunho da igreja de Deus na face da terra. Mas a
Palavra de Deus mostra a distinção de maneira bem clara e sem qualquer chance
de equívoco. A linguagem das Escrituras mostra essa verdade desde o Velho
Testamento, usando palavras que exibem esse contraste, como: trevas e luz,
trigo e joio, ovelhas e bodes, verdade e mentira, inferno e céu, santidade e
impiedade, etc. Quando o povo salvo não se separa do mundo, este certamente há
de misturar e jorrar seus venenos religiosos onde deveria haver santidade,
pureza, humildade e adoração. A graça de Deus jamais abre espaços para que o
povo santo venha a se corromper. Nossa liberdade não é sinônima de libertinagem
(Gálatas 5:1), pois somos um povo de um Deus santo, por essa razão devemos ser
santos (1 Pedro 1:15-17).
Caro
leitor, munidos da luz que vem do céu conheçamos este mundo. Entremos nessa
santa faculdade a fim de olhar esta vida do ponto de vista celestial e não
terrena. Que venhamos a lançar fora toda mentalidade secular, mundana e carnal
que abriga em nossa carne; que nossos pensamentos sejam celestiais, cheios da
esperança da glória! Que vejamos este mundo como um local de guerra, penumbra
de tristeza, maldades e destruição. Que não paremos aqui; que sejamos
caprichosos em permanecer marchando na nossa jornada rumo ao céu. Que fujamos
das atrações perigosas que tanto prendem e arruínam milhares de almas; que
sejamos capazes de conhecer as mil formas utilizadas por satanás para manter-se
disfarçado; que sejamos como Abraão, cujo coração jamais foi curtido de amor
apaixonante por essa vida passageira, pois mesmo tendo toda prosperidade, não
rendeu seu coração àquilo que passa como fumaça; que sejamos como Moisés, o
qual decidiu passar a vida aqui, unido ao povo de Deus e sofrendo com esse
povo, porquanto ansiava obter o verdadeiro e eterno galardão (Hebreus 11).
Meu caro
leitor, o mundo sempre foi e será o que é agora, até que Cristo volte e ponha
um ponto final nesse regime de terror e impiedade. Nosso Senhor sempre
denunciou esse sistema maligno; nem sequer orou pelo mundo pervertido e
corrompido: “...não rogo pelo mundo...” (João 17:9). Nosso Senhor mostrou no
cap. 16 de João que o mundo que jaz no maligno será assim odiador de Deus, do
Filho de Deus, e que por essa razão odiará o povo crente (João 15:19). Não há
como unir o mundo maligno com o povo santo. A igreja de Deus são os vivos na
terra, enquanto o mundo são os mortos. O primeiro grupo foi alvo da redenção,
enquanto o segundo grupo está condenado. O primeiro grupo é formado daqueles
que creem, enquanto o segundo grupo é constituído de que não creem no Senhor
(João 16:9).
Termino
esta página para afirmar que não há meio termo; ou pertence a Cristo, ou é do
mundo; ou é da luz e segue a luz, ou é das trevas e tropeça na escuridão deste
império. Somente Cristo pode libertar o homem desse covil maligno; somente
Cristo pode arrancar pecadores desse reino homicida e cruel.
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