“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino
dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus
7:21)
Caro
leitor, o que realmente significa a verdadeira confissão? Como podemos fazer
diferença entre a falsa e a genuína confissão? Se somos da verdade, certamente
não ficaremos satisfeitos com aparências; buscaremos sim o conhecimento daquilo
que é o puro ouro da graça. Estamos peregrinando nesse deserto mundano e vemos
como satanás manipula as mentes com suas miragens religiosas, por isso os
verdadeiros crentes não dizem “amém” para tudo; os verdadeiros santos de Deus
examinam todas as coisas, a fim de reter o que é bom, assim como fazem aqueles
que procuram ouro.
Na
tentativa de deixar bem claro sobre a verdadeira confissão, mostro que há uma
confissão “Senhor, Senhor” a qual norteia o salvo onde ele estiver. Os santos
de Deus tem seu refúgio e socorro “...bem presente na angústia” (Salmo 46:1),
por essa razão Daniel pode achar mais descanso no meio dos leões, do que o rei
Dario que passou a noite sem dormir, no palácio. Não vivemos da euforia do
momento, nem das circunstâncias agradáveis; nosso culto é proveniente da fé e
não das vertentes mundanas; nossa alegria tem sua base na consolidada obra da
cruz e nosso navio tem sua âncora presa lá em cima, firmada nas promessas de um
Deus que não pode mentir.
Também
há uma confissão “Senhor, Senhor”, a qual leva o justo da depender do Nome
do Senhor em oração e petição secreta. Os crentes são os sacerdotes de Deus
na terra; o templo deles é o coração, por isso oram sem cessar (1
Tessalonicenses 5:17) e faz isso muitas vezes secretamente. A voz dos santos
não silencia, porque quem fala é o homem interior, como Ana que em pleno desejo
de glorificar seu Deus, falava aquilo que Eli não compreendia. Seu balbuciar
era entendido pelo Senhor, por isso obteve resposta (1 Samuel 1). Ah! Não há
quem possa prender, nem amordaçar esse santo serviço! Eis aquela irmã simples e
aparentemente frágil, ora lavando roupas, ora lavando os pratos, etc., mas as
atividades não desarticulam suas orações em favor dos filhos, do marido, da
igreja, dos vizinhos e outros. Veja aquele simples e frágil crente, o qual no
serviço está sendo empurrado para pecar contra Deus. Mas, seus inimigos não
percebem que no íntimo ele está em contato com seu Senhor e buscando Nele
recursos infinitos da graça. Não foi assim com José no Egito? Como um jovem
poderia escapar das mandíbulas da sedução sexual? O Senhor estava com José e
este encontrou refúgio e proteção contra uma mulher perversa (Gênesis 39).
Muitas
vezes os crentes ficam assustados, porque são visitados por inesperadas
provações! Mas eles são fortalecidos naquele momento para conhecer o Senhor que
está tão perto! As marcas da verdadeira confissão estão nos corações dos santos
de Deus e eles sabem que o Pastor está perto e que Ele é o perfeito Guia até a
morte. Não há quem possa apagar a verdadeira confissão, porque ela tem as asas
da fé e sobe as alturas da confiança em Deus.
Digo
e afirmo que nosso Senhor tornou-se o perfeito modelo da confissão dos santos,
pois Ele mesmo foi tentado e em todas as circunstâncias sobremaneiras difíceis
Ele jamais falhou. Nosso Senhor chegou à mais profunda humilhação e até mesmo
sentiu-se como um verme ao ser levado à cruz (Salmo 22). Esse perfeito Homem
soube ser “Homem de dores, que sabe o que é padecer”, por isso jamais ignora as
lutas e o sofrimento de Seus santos. Além disso, o Espírito de Deus habita no
crente e faz desse santuário móvel Seu lugar de incrível trabalho sacerdotal,
pois carrega nossa fraqueza e se coloca no lugar do crente para sentir as dores
e as humilhações que os santos de Deus sentem em seus corpos mortais (Romanos
8:26).
Caro
leitor, você agora pode dizer que conhece por experiência a verdadeira
confissão: “Senhor, Senhor” em seu viver?
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