“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino
dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus
7:21)
Caro
leitor estamos vendo o significado da verdadeira confissão “Senhor, Senhor”.
Certamente todos os salvos conheceram essa confissão; todos eles entenderam a
mensagem da cruz e foram a Cristo em humildade e santo temor; todos eles
passaram a viver diariamente nessa santa dependência desse Nome para viver dia
a dia, enfrentando este mundo hostil, vencendo a carne e esmagando o poderio de
satanás. Sim, habita nos corações dos verdadeiros santos de Deus esse culto de
adoração, essa solene atitude de contínua invocação.
Prossigo
afirmando que essa confissão “Senhor, Senhor” resulta em alegria e força. Os
santos de Deus não semeiam vento, não celebram vaidades; os santos de Deus
conquistam suas bênçãos eternas em plena sequidão desse deserto mundano; lutam
pela fé e no meio dos inimigos celebram suas vitórias. As alegrias banais e
passageiras deste mundo são desconhecidas nos corações daqueles que sabem o
quem têm crido e para onde estão sendo conduzidos nesta peregrinação. Ninguém
pode explicar o verdadeiro significado da vida daqueles que foram visitados de
forma salvadora pela graça; são mistérios de Deus que envolvem apenas Sua
família. Paulo e Silas na prisão arrancaram alegria e júbilo numa masmorra e
triunfaram erguendo a glória de Cristo, como se estivessem sendo retirados da
sepultura (Atos 16).
Há
também um poder no Nome que triunfará sobre toda perseguição, por essa razão os
verdadeiros crentes realmente invocam “Senhor, Senhor!”. Lembremos o que nosso
Senhor disse aos Seus discípulos: “...sereis perseguidos por causa do meu Nome”
(Mateus 24:9). O que marca o viver dos crentes neste mundo é que eles carregam
o bom Nome em Seus corações; é a bandeira dos santos, erguida no testemunho de
um caminho de justiça e retidão. Ora, o mundo não odeia as diferenças
religiosas, este mundo que jaz no maligno odeia sim o Nome glorioso e esse Nome
está estampado no viver de cada crente, por essa razão eles são perseguidos. O
mundo quer um Cristo morto; o mundo quer ostentar a cruz com um defunto; ousa
festejar essa memorável morte; não quer nem pensar na glória da Sua ressurreição.
Ó,
que pensemos seriamente nisso! Mentes e sentimentos renovados pela graça são
lâmpadas que brilham continuamente nessa escuridão mundana, atraindo o ódio
mortal dos inimigos do Senhor. Levou alguns dias para que a população religiosa
de Jerusalém realmente acreditasse que Saulo de Tarso tinha se convertido; eles
não estavam acreditando; podia ser que ele não estivesse sonhando e que logo
acordaria para a realidade. Mas, quando presenciaram os fatos, viram a
realidade da transformação efetuada na vida dele e que estava lançando a
semente santa do evangelho em Jerusalém, então foram mobilizados a tomar a
drástica medida de matá-lo (Atos 9).
Caro
leitor, você entende essas verdades? Noutras palavras nosso Senhor está
mostrando no texto lido de Mateus 7 que Ele requer a verdade no íntimo (Salmo
51:6). Por fora os homens são especialistas na arte religiosa. Por fora os
homens fazem barulho e gritam em torno de tudo o que podem usar como
instrumentos de superstição, inclusive o nome “Senhor”. Mas a verdade
prevalece, o Senhor conhece os que Lhe pertencem; o Senhor lida com aqueles que
O invocam de todo coração.
Veja
os santos! Veja aqueles cujos lábios foram purificados pela graça, porque seus
corações foram transformados (Sofonias 3:9); é o Senhor que pela graça faz
isso! O cenário da verdadeira adoração já foi planejado na eternidade e é
montado por Ele com o perfeito trabalho da nova criação (2 Coríntios 5:17).
Homens mundanos e perversos vão odiá-Lo; homens não santificados vão rejeitar
Sua Palavra no viver, porque são desobedientes. Mas, Sua obra gloriosa consiste
em salvar perdidos e fazer Deles Seu povo salvo, para adorá-Lo e exaltá-Lo
enquanto aqui vivem.
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