"O que
encobre as suas transgressões, jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa
alcançará misericórdia." Provérbios 28:13
Amigo
leitor, ontem falei sobre prosperidade que não é aquela prosperidade que vem de
Deus. O texto de Provérbios 28:13 afirma que a pessoa que encobre as suas
transgressões, jamais prosperará. Como disse ontem, há uma prosperidade
verdadeira, desejada, almejada por corações que de fato tem sede do Deus vivo.
O verso lido está tratando dessa prosperidade. Desejo atrair teu coração,
exatamente para aquilo que Deus deixou escrito, para que jamais nos afastemos
nem sejamos levados pelo engano, paixão e ludíbrio deste mundo que jaz nas mãos
do maligno.
Em primeiro
lugar, a verdadeira prosperidade, aquela que vem de Deus para a alma que
confessa e deixa seus pecados, prospera os passos da pessoa em direção ao céu.
Amigo, neste mundo somos apenas caminhantes; estamos vislumbrando esta vida
aqui apenas por pouco tempo, e vamos em direção à morada eterna. Ou tu estás
indo para habitar nas régias mansões com Cristo, ou tu estás indo em direção
contrária, descendo para as prisões eternas. Não há meio termo. Quando o
pecador encontra a salvação em Cristo; quando Deus usa de misericórdia para com
a pessoa perdoando seus pecados e lhe purificando seu coração, aquela pessoa
passa a trilhar o caminho em direção ao céu. Isso é verdadeira prosperidade,
porque a cada momento ele está perto do seu verdadeiro lar.
Posso
ilustrar isso. Abraão pensava em termos de prosperidade assim, não obstante ser
um homem cheio de possessões materiais. Vê como Moisés preferiu também essa
prosperidade quando rejeitou ser chamado filho da Filha de Faraó, preferindo
sofrer com o povo de Deus do que gozar privilégios ocos passageiros do Egito. Os
Santos de Deus vivem assim neste mundo atravessando este vale do pecado dizendo
sempre adeus. É essa a mensagem básica da primeira carta de Pedro. Cristo
definiu o propósito de Sua perene missão ao declarar em Lucas 19:10 que veio ao
mundo buscar e salvar perdidos. E se veio buscar, o alvo do Mestre não era
deixar seu povo aqui. Ele afirma categoricamente sua intenção de tirar o povo
Dele deste mundo quando afirmou em João 14 que estava indo para a casa de Seu
Pai a fim de preparar moradas.
Todo verdadeiro
crente é consciente desse fato, e vê o mundo com os olhos da fé, aguardando o
momento de sua despedida eterna. Então, verdadeiramente há uma prosperidade,
porquanto à medida que o tempo passa, mais perto o salvo fica do lar, e mais
próximo de receber sua herança eterna, que está reservada no céu. Mas, quando a
alma ainda está carregando sobre seus ombros o feixe de seus pecados, tal alma
escorrega na descida para o abismo. Se há uma prosperidade no pecado, é que
aumenta mais o peso à cada dia; avoluma-se ainda mais, tornando vida natural do
homem aqui mais insuportável, em angústia na alma e aflição no espírito.
O rei
Herodes podia pensar que estava havendo mais prosperidade para ele e para o
reino dele ao matar João Batista, mas a culpa aumentou ainda mais e a
consciência culpada começou a lhe chicotear, e o medo surgiu quando aquele
homem pensou que Jesus era o próprio João Batista que havia ressuscitado dentre
os mortos. Digo mais que há uma prosperidade real e genuína, quando o pecador é
salvo por Cristo, tendo seus pecados perdoados. Quando Deus opera salvação numa
pessoa, aquela pessoa passa a produzir fruto para a glória de Deus. Aí está o
covarde Pedro que de agora em diante tem coragem para testemunhar e sofrer pela
causa de Cristo.
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