“Sua
mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre.”
Jó 2:9.
Uma
cascavel jamais fará dano a qualquer pessoa se não for molestada, assim também
é a incredulidade que habita num coração não regenerado. A perversa incredulidade
do coração pode permanecer por muito tempo encoberta pela prosperidade
material. Foi assim com a mulher de Jó. Durante o período de conforto e abastança,
nada indicava que ela não participava também da fé de seu marido. Era uma
crente enquanto sua crença era regada pelos favores provenientes de Deus. A
incredulidade parece ser crente, que ama e adora a Deus. Mas isso somente
enquanto sente a tranqüilidade e a calma de um viver sossegado e bom neste
mundo. Quando a tempestade sobrevém, a incredulidade aparece para atacar a fé
genuína e revelar seu desprezo a Deus no Seu sistema sábio de governar o viver
dos Seus santos.
Notemos
o insidioso ataque da incredulidade daquela mulher, desferido contra a fé
genuína do seu marido, o qual sofria tremendamente ante as tragédias ocorridas
na perda de seus bens, filhos e saúde. Primeiramente, ela ataca a fé de Jó tentando
derribá-la da sua fidelidade a Deus: “... Ainda conservas a tua
integridade?...”. A fé natural nunca pode chegar ao patamar onde somente aquele
que é espiritual chega. A fé natural fica lá em baixo contemplando o gigante e
inabalável crente lá em cima.
Satanás
chegou para empurrar com violência a integridade do homem de Deus, mas sem
qualquer êxito. A esposa de Jó estava sendo uma arma a mais, nas mãos do tentador,
na tentativa de ver fracassada a obra da Graça na vida daquele, em cujo coração
Deus começou Sua Grande obra e estava apenas aperfeiçoando. Todos os
verdadeiros crentes enfrentam as perseguições provenientes daqueles que não
foram salvos. O mundo inteiro se abriga num só coração incrédulo para desferir
seu ódio mortal contra um santo de Deus.
Em segundo
lugar vemos o ataque da incredulidade contra a piedade de Jó: “... Amaldiçoa a
Deus...”. A fé provada e aprovada manterá sua atitude de adoração a Deus. Há de
glorificá-Lo em toda e qualquer situação. A incredulidade, entretanto, odeia a
glória de Deus. O homem natural gosta dos favores de Deus naturais de Deus;
gosta do conforto proveniente de Sua bondade. Pode orar, mas sempre
direcionando na busca de mais e mais prosperidade, de uma mesa farta. Mas não
pode adorar a Deus. Adoração não é mero levantar as mãos e sentir emoções em cultos. Aquela
mulher estava irada contra Deus. O aperto do sofrimento redundou num veneno
mortífero e ela almejava que seu marido estivesse participando com ela de sua
revolta contra Deus. Ela queria realizar o culto da revolta, não de ações de
graças como o crente Jó.
Finalmente,
a incredulidade daquela mulher mostrou seu desejo de apagar a fé de uma vez
para sempre: “... e morre...”. Não é assim que pensa e age o homem natural? Ela
mesma não queria morrer. A fé daquele homem de Deus brilhava demais para ela;
era uma luz mui gloriosa que cegava sua visão terrena e egoísta. Era preciso
apagar a fé que cultuava a Deus e que trazia a honra e a glória de Deus para o
mundo naqueles dias. A incredulidade queria quebrar aquela lâmpada que estava
brilhando muito no meio daquela escuridão de sofrimento e aparente incerteza.
Amigo
leitor, aquilo que você fala que é fé e confiança em Deus, é revelado no meio
das provas, a fim de que seja revelado se veio de Deus ou é apenas algo de um
coração rebelde e ganancioso.
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