“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino
dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus
7:21)
Caro
leitor, meu sincero desejo é que você realmente saiba no íntimo o verdadeiro
significado da confissão bíblica; que houve em sua vida esse inaudito
acontecimento realizado pelo Espírito de Deus. Não esqueça das trapaças do pai
da mentira; das mercadorias religiosas usadas por ele em manipular corações e
manter as almas sob suas manobras. Lembre-se que nosso Senhor afirma no texto
que pessoas podem dizer: “Senhor, Senhor” de forma enganosa e que muitos
enganos serão mostrados tardiamente no juízo.
Prossigo
em afirmar que há uma invocação ao Nome do Senhor para a salvação. Ora,
a bíblia deixa isso claro em Romanos 10:13, onde Paulo afirma que todo pecador,
em qualquer lugar que invocar o Nome do Senhor será salvo. Ora, é isso o que
acontece com toda alma que vai a Cristo em sincera confissão de fé e coração
arrependido. Na desesperada busca pela salvação homens e mulheres realmente
clamam: “Senhor, Senhor!” e o bendito Salvador está perto de todo aquele que
invocar Seu Nome.
Meras
decisões para salvação não partem de corações que invocam; almas que jamais
viram sua condição de réus, perdidas, condenadas e merecedoras da punição,
jamais abrirão suas bocas para invocar essa salvação. Cristo não tem Seu
chamado para aqueles cujos corações são frios e indiferentes para as realidades
eternas. Jamais haverá um encontro entre o Salvador e um coração que ainda está
enamorado do mundo e encantado com este reino aprazível à carne. Corações que
não foram cravejados pelas setas da lei de Deus e caídos pelos golpes da
misericórdia, jamais hão de querer o doce chamado da graça e sentir o abraço
gracioso e acolhedor Daquele que é pleno do amor divinal.
Caro
leitor posso assegurar com firmeza que quando há sincera manifestação desse
“Senhor, Senhor”, partindo pela fé de lábios arrependidos, certamente isso há
de ocorrer sempre. Quem um dia segurou na “corda de aço” da tão grande salvação
jamais soltará, porque pela fé está preso às amarras da graça. O pecador
arrependido já olhou para baixo e presenciou com desespero o juízo, por isso
agarrou-se à segurança da cruz, porque soube que seu Salvador é forte, que Seus
braços são eternamente portentosos para sustentar todas as Suas ovelhas.
Então,
essa música suave e contínua: “Senhor, Senhor” é entoada no coração; aparece
como canção de um amor grato e de uma alma que achou abrigo eterno nesse amor
que lhe atraiu para Si. Quando a caminhada na peregrinação parece difícil, eis
que o “Senhor, Senhor” é o brado do simples e frágil cristão, pois sente sua
incapacidade de andar, lutar e persistir por si mesmo. É nesse momento que o
“...socorro bem presente na tribulação” aparece como defesa, proteção e amparo
de Seus remidos.
Caro
leitor, não há dúvida que essa confissão “Senhor, Senhor” são palavras santas
ditas em louvor e adoração pelos santos. Ó, que maravilha! A fé brilha como
estrela nesta escuridão mundana! Os santos não estão apagados; não são como
fagulhas que brilha e logo vira cinza. Não! Olhe os santos de Deus, pois
verdadeiro louvor brota de seus lábios; eles estão certos da presença do
Senhor, por essa razão dizem sempre “Senhor, Senhor!”; essa fé que nasceu no
peito do salvo é eterna e atua sob o poder da graça. Os santos levam consigo
aquilo que ficou gravado em seus corações; por onde andam eles não estão
sozinhos, pois o Amigo invisível está perto.
Ó
leitor, o que realmente significa isso em sua vida? Um dia você foi achado pela
graça e seu coração foi mudado? A doce confissão “Senhor, Senhor” está marcada
em seu ser, não em meras palavras, mas sim em testemunho fiel de uma alma que
um dia foi salva? Você pertence a Cristo para sempre?
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