sábado, 22 de fevereiro de 2014

MEDITAÇÃO DE SPURGEON



“O seu arco, porém, susteve-se no forte, e os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas mãos do Valente de Jacob.” (Gn 49:24)

A fortaleza que Deus dá aos seus Josés é uma fortaleza real. Não é uma coragem pessoal jactanciosa, uma ficção, uma coisa da qual os homens falam mas que termina em fumo. Ela é uma fortaleza verdadeira e divina. Por que é que José resistiu à tentação? Porque Deus o ajudou. Não há nada que possamos fazer sem o poder de Deus. Toda a fortaleza verdadeira vem do “Valente de Jacob.”
       Nota o modo tão ditosamente familiar como Deus dá esta fortaleza a José: “Os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas mãos do Valente de Jacob.” Assim Deus é representado como Se pusesse as Suas mãos sobre as mãos de José e colocasse os Seus braços sobre os braços do próprio José. Como um pai ensina os seus filhos, assim o Senhor ensina aos que O temem. Ele põe os Seus braços sobre eles. Maravilhosa condescendência! O Deus Todo-Poderoso, Eterno e Omnipotente inclina-Se do Seu trono e põe a Sua mão sobre a mão do filho, estendendo o Seu braço sobre o braço de José, para que ele possa ser forte! Esta fortaleza era além disso uma fortaleza do pacto, porquanto é atribuída ao “Valente de Jacob.”
       Então, em qualquer lugar da Bíblia onde leias sobre o Deus de Jacob, tens de recordar o pacto que Deus fez com ele. Todo o poder, toda a graça, todas as bênçãos, todas as mercês, todos os consolos, todas as coisas que temos, procedem para nós do grande manancial e por meio do pacto. Se não houvesse pacto teríamos de perecer de fato, porque todas as bênçãos procedem dele como a luz e o calor vêm do Sol. Nenhum anjo sobe ou desce por outra parte que não seja a escada que Jacob viu, em cujo topo está colocado um pacto de Deus. Cristão, pode ser que os arqueiros te tenham atormentado seriamente e te tenham acertado e ferido, mas o teu arco ainda subsiste em fortaleza; por isso, atribui, sem duvidar, toda a glória ao Deus de Jacob.
(extraído de NO CAMINHO DE JESUS)

Tradução de Carlos António da Rocha

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